É do mundo exterior que o conhecimento precisa vir a nós, pela leitura, audição e contemplação. Wendy Beckett
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segunda-feira, 29 de novembro de 2010
A mesma loucura que lhe causava tormentos era também a que dava alegria
Instável, Vicent van Gogh vivia ao sabor de seus humores e estados de alma. Nem sempre sua pintura fluía alegre e tão pasteis, como em Campo de trigo com cipreste. Em geral, seus Céus eram assombrosos, assustadores e assim vivia uma alma sofrida. Até então, o figurativo persistia, sempre mencionando o tormento. Nesse caso, o vento sobre o cipreste.
A maior crítica que se faz ao pintor holandês é o fato de que nunca foi bom desenhista. Isso acontece mesmo no período em que a sanidade já não era tão acentuada e nem o impedia de pintar retratos, como os Comedores de batata, experiência não muito feliz de convivência com pessoas de origem humilde.
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Vicent van Gogh
domingo, 28 de novembro de 2010
Diga a ela que vá com a canção nos lábios
Foto: Marcus Peixoto |
ENVOI (1919)
Vai, livro natimudo,
E diz a ela
Que um dia me cantou essa canção de Lawes:
Houvesse em nós
Mais canção, menos temas,
Então se acabariam minhas penas,
Meus defeitos sanados em poemas
Para fazê-la eterna em minha voz
Diz a ela que espalha
Tais tesouros no ar,
Sem querer nada mais além de dar
Vida ao momento,
Que eu lhes ordenaria: vivam,
Quais rosas, no âmbar mágico, a compor,
Rubribordadas de ouro, só
Uma substância e cor
Desafiando o tempo.
Diz a ela que vai
Com a canção nos lábios
Mas não canta a canção e ignora
Quem a fez, que talvez uma outra boca
Tão bela quanto a dela
Em novas eras há de ter aos pés
Os que a adoram agora,
Quando os nossos dois pós
Com o de Waller se deponham, mudos,
No olvido que refina a todos nós,
Até que a mutação apague tudo
Salvo a Beleza, a sós.
(tradução de Augusto de Campos
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Poesia
domingo, 21 de novembro de 2010
Hannah Arendt nunca fala palavras pequenas
Divulgação |
Poesia de Hannah Arendt:
Palavras de amor
Não sei se falo
Palavras pequenas
Porém não agüenta
O peso que arrola
Meu coração
À distância nos trás
Reações que não sabemos
Descrever
Mas sim senti-las
A solidão que nos leva
A entender loucas razões
E não há distâncias
Metros de ti
Pois pulsa calado e abandonado
A declaração
Palavras não são
O todo e o inteiro
Pra poder expressar
Que em silêncio
Te amo
tradução: Geraldo Neto e Hanna Beatriz
Palavras de amor
Não sei se falo
Palavras pequenas
Porém não agüenta
O peso que arrola
Meu coração
À distância nos trás
Reações que não sabemos
Descrever
Mas sim senti-las
A solidão que nos leva
A entender loucas razões
E não há distâncias
Metros de ti
Pois pulsa calado e abandonado
A declaração
Palavras não são
O todo e o inteiro
Pra poder expressar
Que em silêncio
Te amo
tradução: Geraldo Neto e Hanna Beatriz
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quinta-feira, 18 de novembro de 2010
Orquestra é atração em festival no Maciço de Baturité
O munipício de Baturité acolhe, nesta sexta-feira, 19 de novembro, uma grande festa da música instrumental. Oito atrações vão se revezar no palco do I Encontro Regional Música para Todos. A Orquestra de Câmara Eleazar de Carvalho tem presença garantida, levando ao público um repertório consagrado da música de concerto e o elevado nível técnico de seus integrantes.
As apresentações acontecem na Quadra General Mário Ramos, a partir das 19h. A regência da Orcec estará a cargo do maestro Paulo Leniuson.Completam a noite a Orquestra de Flautas Cidadania como Arte e Cultura, Orquestra de Aracoiaba, Orquestra de Aratuba, Big Band de Guaramiranga, Banda de Música de Baturité, Tambores de Guaramiranga e o violonista Marcos Leonel Fukuda.
A Orquestra de Câmara Eleazar de Carvalho é uma ação da Associação Artística de Concertos do Ceará, com o apoio do Governo do Estado, por meio da Secretaria da Cultura.
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
Primeiro número da Revista L!terAção será lançado dia 22
O Projeto Revista L!teração, de Apoio às Práticas Leitoras e às Disciplinas de Editoração, Normalização e Teoria e Prática da Leitura do Curso de Biblioteconomia da Universidade Federal do Ceará, lança no próximo dia 22 a Revista L!terAção. Será no Auditório Raquel de Queiroz, no Centro de Humanidades, às 17h30.
O projeto de extensão é coordenado pela Profª Fátima Maria Alencar Araripe, da disciplina Teoria e Prática da Leitura e coordenadora do Curso de Biblioteconomia da UFC. Foi criado este ano e agora lança a revista, nas versões impressa e eletrônica, para divulgar suas atividades de extensão. A revista entrevista a escritora Ana Miranda, expoente da Literatura, que aborda a Feira do Livro Infantil do Ceará, assim como projetos de extensão do Curso de Biblioteconomia.
Traz ainda artigos das professoras Eliane Yunes e Ana Maria Sá de Carvalho, bem como textos de alunos e professores da Universidade.
Fonte: Profa. Fátima Maria Alencar Araripe, Coordenadora do Curso de Biblioteconomia da UFC - (Fone: 85 3366 7700 / 3366 7699)
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segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Projetos levam cultura, lazer e informação para o Antônio Bezerra
Os projetos Cinema nos Bairros, Jogos de Tabuleiro e Procon Itinerante levarão, no próximo dia 17, cultura, lazer e informação para os moradores da Comunidade do Buraco da Gia, no Antônio Bezerra. A iniciativa faz parte da 6ª edição do Projeto Cinema nos Bairros, parceria entre a Secretaria Executiva Regional (SER) III e a Endesa-Fortaleza, que leva sucessos do cinema nacional para comunidades periféricas da Cidade. Nesta ocasião, serão exibidos o longa-metragem Sal de Prata, do diretor Carlos Gerbase; e o curta Ilha das Flores, de Jorge Furtado. O longa retrata o relacionamento entre Cátia (Maria Fernanda Cândido), uma bem-sucedida economista, e Veronese (Marcos Breda), um mal-sucedido cineasta. No filme, os personagens não se interessam pela vida profissional do outro e depois de reviravoltas se vêem obrigados a conhecer melhor o trabalho de ambos. O segundo é um documentário que mostra como a economia gera relações desiguais entre os seres humanos. No curta, o autor aborda a evolução social do indivíduo em todos os sentidos. Antes da sessão de cinema, das 14 às 17 horas, os moradores terão o atendimento do Procon Itinerante. O Projeto da Secretaria de Defesa do Consumidor (Procon Fortaleza) levará serviços à comunidade, onde profissionais auxiliarão em negociações de dívidas e resoluções de problemas com fornecedores, além de encaminharem reclamações e orientarem sob o aspecto jurídico. Para o atendimento, são necessárias cópias e originais do comprovante de endereço, procuração (em casos de terceiros), nota fiscal, fatura ou recibo do produto ou serviço, além de RG e CPF. Para os interessados em diversão, a partir das 15 horas, a Secretaria de Esporte e Lazer (Secel) levará as atrações do projeto Jogos de Tabuleiro com dama, xadrez e sinuca. |
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domingo, 14 de novembro de 2010
Exposição leva em conta relações de intensidade entre homem, cidade contemporânea e espaço público
Centro Cultural Banco do Nordeste-Fortaleza (rua Floriano Peixoto, 941 - Centro - fone: (85) 3464.3108) abrirá a exposição individual "Espaçonaves: a cidade não mora mais aqui", do artista visual baiano Gaio Matos, no próximo dia 17 (quarta-feira), às 18 horas. Com entrada franca, a mostra ficará em cartaz até o dia 31 de dezembro deste ano(horários de visitação: terça-feira a sábado, de 10h às 20h; e aos domingos, de 10h às 18h).
A exposição de Gaio Matos, 39 anos, mestre em Artes Visuais pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia, problematiza a construção do espaço e seus desdobramentos, levando em questão as relações de intensidade entre o homem, a cidade contemporânea e o espaço público. "Penso que os trabalhos da mostra aludem a este espaço movente e fora da lei territorial fixa que rege a arquitetura de projeto, ao mesmo tempo em que por cadeia apontam de forma sutil para uma política habitacional desigual, deficitária e exclusória", afirma o artista.
Como situar os que habitam ou cruzam fronteiras, refugiados de guerra, população de rua, trabalhos migrantes e "nômades"? Como reterritorializar uma população em trânsito que perdeu suas amarras a lugares definidos? De que forma os sentidos espaciais se estabelecem, e quem tem o poder de tornar lugares os espaços?
"Estas questões se evidenciam quando vivemos uma condição generalizada de "sem teto", em um mundo sem fronteiras onde as identidades estão se tornando, cada vez mais, senão totalmente desterritorializadas, ao menos territorializadas de forma diferente. Neste jogo, ficam borrados limites familiares entre o "aqui" e o "lá", o centro e a periferia, a colônia e a metrópole", visualiza Gaio Matos.
É desta perspectiva que se torna possível uma interpretação alternativa do lugar e da sua arquitetura; o que dá ao lugar sua especificidade é o fato de que ele se constrói a partir de uma constelação de relações sociais que se encontram e se entrelaçam em um ponto particular que novamente se abre.
Assim, em vez de pensar em um lugar com fronteiras ao redor, "posso imaginá-los como momentos arquitetônicos estruturados e articulados em redes de relações e entendimentos sociais. Isso, por sua vez, permite um conceito de lugar extrovertido e progressista que inclui a consciência de suas ligações com um mundo mais amplo. Em primeiro lugar, eles não estão estáticos. Se os lugares podem ser conceituados em termos das interações sociais que agrupam, essas interações em si mesmas não são inertes: elas são processos", destaca Gaio Matos.
O artista visual baiano prossegue com seu raciocínio: "talvez se deva dizer isso dos lugares, que eles também são processos. Em segundo lugar, um lugar não tem de ter fronteiras no sentido de divisões demarcatórias ou possuir uma arquitetura permanente e visível. É evidente que as fronteiras são necessárias para certos tipos de estudo, mas não são necessárias para a conceitualização de um lugar em si. Finalmente, os lugares não têm de ter "identidades" únicas ou singulares: eles estão carregados de conflitos. Sobre o que foi passado, como é o seu presente e o que poderá ser seu futuro".
A exposição de Gaio Matos, 39 anos, mestre em Artes Visuais pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia, problematiza a construção do espaço e seus desdobramentos, levando em questão as relações de intensidade entre o homem, a cidade contemporânea e o espaço público. "Penso que os trabalhos da mostra aludem a este espaço movente e fora da lei territorial fixa que rege a arquitetura de projeto, ao mesmo tempo em que por cadeia apontam de forma sutil para uma política habitacional desigual, deficitária e exclusória", afirma o artista.
Como situar os que habitam ou cruzam fronteiras, refugiados de guerra, população de rua, trabalhos migrantes e "nômades"? Como reterritorializar uma população em trânsito que perdeu suas amarras a lugares definidos? De que forma os sentidos espaciais se estabelecem, e quem tem o poder de tornar lugares os espaços?
"Estas questões se evidenciam quando vivemos uma condição generalizada de "sem teto", em um mundo sem fronteiras onde as identidades estão se tornando, cada vez mais, senão totalmente desterritorializadas, ao menos territorializadas de forma diferente. Neste jogo, ficam borrados limites familiares entre o "aqui" e o "lá", o centro e a periferia, a colônia e a metrópole", visualiza Gaio Matos.
É desta perspectiva que se torna possível uma interpretação alternativa do lugar e da sua arquitetura; o que dá ao lugar sua especificidade é o fato de que ele se constrói a partir de uma constelação de relações sociais que se encontram e se entrelaçam em um ponto particular que novamente se abre.
Assim, em vez de pensar em um lugar com fronteiras ao redor, "posso imaginá-los como momentos arquitetônicos estruturados e articulados em redes de relações e entendimentos sociais. Isso, por sua vez, permite um conceito de lugar extrovertido e progressista que inclui a consciência de suas ligações com um mundo mais amplo. Em primeiro lugar, eles não estão estáticos. Se os lugares podem ser conceituados em termos das interações sociais que agrupam, essas interações em si mesmas não são inertes: elas são processos", destaca Gaio Matos.
O artista visual baiano prossegue com seu raciocínio: "talvez se deva dizer isso dos lugares, que eles também são processos. Em segundo lugar, um lugar não tem de ter fronteiras no sentido de divisões demarcatórias ou possuir uma arquitetura permanente e visível. É evidente que as fronteiras são necessárias para certos tipos de estudo, mas não são necessárias para a conceitualização de um lugar em si. Finalmente, os lugares não têm de ter "identidades" únicas ou singulares: eles estão carregados de conflitos. Sobre o que foi passado, como é o seu presente e o que poderá ser seu futuro".
sábado, 13 de novembro de 2010
II Encontro Nietzche-Schopenhauer inscreve até terça-feira
Estão abertas, até a próxima terça-feira (16), as inscrições para o II Encontro Nietzsche-Schopenhauer, que acontece de 17 a 19 de Movembro, em Fortaleza. O evento é promovido pelo PET do Curso de Filosofia da Universidade Federal do Ceará e promoverá minicursos no Centro de Humanidades da UFC e conferências com presquisadores convidados no auditório da Livraria Cultura, no bairro Aldeota. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (85) 3366.7538. A programação completa é encontrada no portal da UFC (http://www.ufc.br/).
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sexta-feira, 12 de novembro de 2010
TV americana exibe dois mitos do mundo orquestral
Ópera em três atos de Richard Wagner, Lohegrin teve sua estreia em Weimar, em 28 de agosto de 1850. Regência: Liszt, sogro do compositor. Na verdade, a sua fama no meio musical funcionava como um anteparo para um suposto fiasco do genro. Foi composta em menos de um ano e a música de Wagner era tão mal vista, que mesmo antes de ser concluída era mencionada com chacota.
Esse prelúdio é genial, com os metais disputando sonoridade com as cordas (previsível saber quem ganha) e perde somente em popularidade para o coro das Bodas. Também como ópera passava a ser tão diferente, que somente tempos depois foi arrolada nos tratados de harmonia e orquestração.
Aqui também conflui outro mito: Arturo Toscani, numa apresentação para a televisão americana, em 1948. Considerado como um dos maiores regentes de todos os tempos, impõe uma personalidade muito enfatizada pelas câmaras de TV. Os recursos da televisão na época, sem as modernas groas de hoje e câmaras acionadas por computador, fariam uma apresentação mais diversificada
Esse prelúdio é genial, com os metais disputando sonoridade com as cordas (previsível saber quem ganha) e perde somente em popularidade para o coro das Bodas. Também como ópera passava a ser tão diferente, que somente tempos depois foi arrolada nos tratados de harmonia e orquestração.
Aqui também conflui outro mito: Arturo Toscani, numa apresentação para a televisão americana, em 1948. Considerado como um dos maiores regentes de todos os tempos, impõe uma personalidade muito enfatizada pelas câmaras de TV. Os recursos da televisão na época, sem as modernas groas de hoje e câmaras acionadas por computador, fariam uma apresentação mais diversificada
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Não há lugar para a tristeza, quando a vida nasce e infunde a alegria eterna
Homilia do Papa Paulo VI na Basílica de São Pedro, em 24 de dezembro de 1977:
Hermanos e hijos amadísimos!
Esperáis de nosotros una palabra que resuena ya en vuestros espíritus; el hecho de escucharla una vez más en esta noche y en este lugar os haga reconocer su perenne novedad, su fuerza de verdad, su maravillosa y beatificante alegría. No es nuestra, es celestial. Nuestros labios repiten el anuncio del ángel, que resplandeció en la noche, en Belén, hace 1977 años, y que tras confortar a los humildes y asustados pastores, vigilantes al raso sobre su rebaño, vaticinó el hecho inefable que se estaba realizando en un pesebre cercano: "Os traigo una buena nueva, una gran alegría, que es para todo el pueblo; pues os ha nacido hoy un Salvador, que es el Mesías, Señor, en la ciudad de David (Belén)" (Lc 2, 10-11).
¡Así es, así, hermanos e hijos! Y puesto que es así, queremos extender nuestro grito humilde e impávido a cuantos "tienen oídos para escuchar" (cf. Mt 11, 15). Un hecho y una alegría; ¡he aquí la doble grande noticia!
El hecho parece casi insignificante. Un niño que nace y ¡en qué condiciones tan humillantes! Lo saben nuestros muchachos cuando preparan sus belenes, ingenuos pero auténticos documentos de la realidad evangélica. La realidad evangélica transparenta una concomitante realidad inefable: ese Niño vive de una trascendente filiación divina, "será llamado Hijo del Altísimo" (Lc 1, 32). Hagamos nuestras las expresiones entusiastas de nuestro gran predecesor, San León Magno, que exclama: "Nuestro Salvador, amadísimos, ha nacido hoy: ¡gocemos! ¡No hay lugar para la tristeza cuando nace la vida que, apagando el temor de la muerte, nos infunde la alegría de la promesa eterna (Serm. I de Nativ. Dom).
Así que mientras el misterio supremo de la vida trinitaria del Dios único se nos revela en las tres distintas Personas, Padre generante; Hijo engendrado, unidos ambos en el Espíritu Santo, otro misterio llena de maravilla inextinguible nuestra relación religiosa con Dios, abriendo el cielo a la visión de la gloria de la infinita trascendencia divina y, superando en un don de incomparable amor toda distancia, la proximidad, la cercanía de Cristo-Dios hecho hombre nos muestra que El está con nosotros, que está en busca de nosotros: "Porque se ha manifestado la gracia salutífera de Dios a todos los hombres" (Tit 2, 11; 3, 4).
¡Hermanos, hombres todos! ¿Qué es la Navidad sino este acontecimiento histórico, cósmico, sumamente comunitario porque asume proporciones universales y al mismo tiempo incomparablemente íntimo y personal para cada uno de nosotros, pues el Verbo eterno de Dios, en virtud del cual vivimos ya en nuestra existencia natural (cf. Act 17, 23-28) ha venido en busca de nosotros? El, eterno, se ha inscrito en el tiempo; El, infinito, se ha como anonadado, "en la condición de hombre se humilló, hecho obediente hasta la muerte, y muerte de cruz" (Flp 2, 6 ss.).Nuestros oídos están habituados a semejante mensaje y nuestros corazones se han hecho sordos a semejante llamada, una llamada de amor: "tanto amó Dios al mundo..." (Jn 3, 16); más aún, seamos precisos: cada uno de nosotros puede decir con San Pablo: "me amó y se entregó por mí" (Gál 2,20).
La Navidad es esta llegada del Verbo de Dios hecho hombre entre nosotros. Cada uno puede decir: ¡por mí! Navidad es este prodigio. Navidad es esta maravilla. Navidad es esta alegría. Nos vienen a los labios las palabras de Pascal: ¡alegría, alegría, alegría, llantos de alegría!
¡Oh! Que esta celebración nocturna de la Natividad de Cristo sea de veras para todos nosotros, para la Iglesia entera, para el mundo, una renovada revelación del misterio inefable de la Encarnación, un manantial de felicidad inagotable! ¡Así sea!
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Teologia
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
No Badauê, os Orixás acenaram com sim e não
Finalmente, chegaram os anos de 1980. Não havia mais tanta repressão, embora os autores de letras escreviam coisas incompreensíveis. No caso de Caetano, também tinha que ser versado em nagô ou iorubá. Podem até dizer que o compositor baiano não é arte e sim entretenimento. Se eu fosse ele, não daria nenhuma importância a esse tipo de comentário.
A música faz referências a deuses do Candomblé, abrindo os horizontes poéticos para os feitiços tropicais.
A produção ocorre numa das melhores safras de canções brasileiras, feitas por compositores da mesma geração, onde também se inclui Chico Buarque.
Aqui, busca outra direção musical, a exemplo do que Jorge Amado fez com a Literatura.Bom mesmo era ouvir essa música e estar ao mesmo tempo em Salvador. Quando se ia ao terreiro, do lado direito havia uma menina morena dançando afoxé
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Música
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Holandês vê beleza na matéria pura: o sol, o mar e as mulheres
Pintura com destaque na perspectiva. Em um mirante, três mulheres romanas assistem ao retorno das galeras. Não é uma obra antiga, embora seja datada em mínimos detalhes, a altura, o sol e as roupas Trata-se de um clássico de Sir Lawrence Alma Tadema ((1836-1912), pintor holandês que se especializou ainda em cenários para peças teatrais.
Os rostos são propositalmente ingênuos, porque a candura se mistura com a paisagem e por esses são repassados os sentimentos mais puros do pintor.
A figura de bronze indica que as mulheres estão num espaço nobre e dedicado ao entretenimento. Alma Tadema não tem a pretensão do transcendental. Para ele, a beleza é puramente matéria. A obra, óleo sobre tela de 1895, faz parte de coleção particular
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Pintura
domingo, 7 de novembro de 2010
Momento memorável de The Wall (Pink Floyd) em Berlim (II Parte)
A apresentação de The Wall em Berlim, em 21 de julho de 1990, fez parte das comemorações da derrubada do muro. Eis porque a grandiosidade do espetáculo era aguardada por todos, inclusive pela Prefeitura de Berlim, que queria aproveitar todo o efeito publicitário da nova cidade. Admite-se ter sido um dos maiores espetáculos de musica no mundo, pelo número de artistas, bandas e até contando com participações de militares.
Claro que Senead O´Connor, cantando Mother, tinha mais ênfase na dramaturgia: cabeça raspada e roupa de quem acabava de sair de uma clínica de desintoxicação. Não foi apenas o fato de ter rasgado a foto do Papa João Paulo II, que passou a ser questionada - não em suas convicções religiosas - mas no seu comportamento desesperado. É bom lembrar que não chegou a terminar uma canção, durante o tributo a George Harrison, sendo amparada por companheiros de palco.
A música chegou a ser considerada ambígua, com influência facista. Senti falta de David Gilmore e Roger Waters está presente até demasiado no palco. O importante foi a queda do muro, em 1989, um ano antes do show.Simbolizava o fim da crueldade ontológica de se dividir alemães e também da guerra fria. Confirmou o princípio de quando o homem sente o cheiro da liberdade, ele caminha mil quilômetros ou mais em sua busca
Claro que Senead O´Connor, cantando Mother, tinha mais ênfase na dramaturgia: cabeça raspada e roupa de quem acabava de sair de uma clínica de desintoxicação. Não foi apenas o fato de ter rasgado a foto do Papa João Paulo II, que passou a ser questionada - não em suas convicções religiosas - mas no seu comportamento desesperado. É bom lembrar que não chegou a terminar uma canção, durante o tributo a George Harrison, sendo amparada por companheiros de palco.
A música chegou a ser considerada ambígua, com influência facista. Senti falta de David Gilmore e Roger Waters está presente até demasiado no palco. O importante foi a queda do muro, em 1989, um ano antes do show.Simbolizava o fim da crueldade ontológica de se dividir alemães e também da guerra fria. Confirmou o princípio de quando o homem sente o cheiro da liberdade, ele caminha mil quilômetros ou mais em sua busca
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Pink Floyd
sábado, 6 de novembro de 2010
Momento memorável de The Wall (Pink Floyd) em Berlim (I Parte)
Mother
Mother, do you think they'll drop the bomb?
Mother, do you think they'll like this song?
Mother, do you think they'll try to break my balls?
Mother, should I build the wall?
Mother, do you think they'll try to break my balls?
Mother, should I build the wall?
Mother, should I run for president?
Mother, should I trust the government?
Mother, will they put me in the firing line?
Is it just a waste of time?
Mother, should I trust the government?
Mother, will they put me in the firing line?
Is it just a waste of time?
Hush now baby, baby, don't you cry
Momma's gonna make all of your nightmares come true
Momma's gonna put all of her fears into you
Momma's gonna keep you right here under her wing
Momma's gonna make all of your nightmares come true
Momma's gonna put all of her fears into you
Momma's gonna keep you right here under her wing
She won't let you fly, but she might let you sing
Momma's will keep baby cozy and warm
Momma's will keep baby cozy and warm
(3x)
Oh, baby
Oh, baby
Of course Momma's gonna help build the wall
Mother, do you think she's good enough
For me?
Mother, do you think she's dangerous
To me?
Mother will she tear your little boy apart?
Mother, will she break my heart?
For me?
Mother, do you think she's dangerous
To me?
Mother will she tear your little boy apart?
Mother, will she break my heart?
Hush now baby, baby, don't you cry
Momma's gonna check out all your girlfriends for you
Momma won't let anyone dirty get through
Momma's gonna wait up until you get in
Momma will always find out where you've been
Momma's gonna keep baby healthy and clean
Momma's gonna check out all your girlfriends for you
Momma won't let anyone dirty get through
Momma's gonna wait up until you get in
Momma will always find out where you've been
Momma's gonna keep baby healthy and clean
(3x)
Oh, baby
Oh, baby
You'll always be baby to me
Mother, did it need to be so high?
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Pink Floyd
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
L'amour est un oiseau rebelle. O amor é um pássaro rebelde
"Lámour es un oiseau rebelle". Assim canta Carmen para atrair a atenção de Jose. Ela diz mais: Se tu não me amas, eu te amo. Mas se eu te amar, toma cuidado". Ópera em quatro atos de Georges Bizet, escrita em francês, quebrando também a tradição de obras em italiano. Agora, com relação a Maria Callas não há palavras. Ela magnetiza e como se ouvisse das obras gregas o canto das sereias. Foi mulher de Onassis, antes de Jacqueline kennedy. Aqui, já não se encontra no auge da voz, mas encanta toda a sua expressão.
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
Todos os homens hão de lançar pétalas de rosas
Poema de Ezra Pound
E ASSIM EM NÍNIVE
"Sim! Sou um poeta e sobre minha tumba
Donzelas hão de espalhar pétalas de rosas
E os homens, mirto, antes que a noite
Degole o dia com a espada escura.
"Veja! não cabe a mim
Nem a ti objetar,
Pois o costume é antigo
E aqui em Nínive já observei
Mais de um cantor passar e ir habitar
O horto sombrio onde ninguém perturba
Seu sono ou canto.
E mais de um cantou suas canções
Com mais arte e mais alma do que eu;
E mais de um agora sobrepassa
Com seu laurel de flores
Minha beleza combalida pelas ondas,
Mas eu sou poeta e sobre minha tumba
Todos os homens hão de espalhar pétalas de rosas
Antes que a noite mate a luz
Com sua espada azul.
"Não é, Ruaana, que eu soe mais alto
Ou mais doce que os outros. É que eu
Sou um Poeta, e bebo vida
Como os homens menores bebem vinho."
Tradução: Augusto de Campos
E ASSIM EM NÍNIVE
"Sim! Sou um poeta e sobre minha tumba
Donzelas hão de espalhar pétalas de rosas
E os homens, mirto, antes que a noite
Degole o dia com a espada escura.
"Veja! não cabe a mim
Nem a ti objetar,
Pois o costume é antigo
E aqui em Nínive já observei
Mais de um cantor passar e ir habitar
O horto sombrio onde ninguém perturba
Seu sono ou canto.
E mais de um cantou suas canções
Com mais arte e mais alma do que eu;
E mais de um agora sobrepassa
Com seu laurel de flores
Minha beleza combalida pelas ondas,
Mas eu sou poeta e sobre minha tumba
Todos os homens hão de espalhar pétalas de rosas
Antes que a noite mate a luz
Com sua espada azul.
"Não é, Ruaana, que eu soe mais alto
Ou mais doce que os outros. É que eu
Sou um Poeta, e bebo vida
Como os homens menores bebem vinho."
Tradução: Augusto de Campos
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quarta-feira, 3 de novembro de 2010
Consciência negra em alta durante o mês de novembro no BNB Cultural
Em novembro, Mês da Consciência Negra, o Centro Cultural Banco do Nordeste-Fortaleza (rua Floriano Peixoto, 941 - Centro - fone: (85) 3464.3108) comemorará a riqueza das manifestações culturais africanas, através de uma série de apresentações gratuitas de Tradição Cultural Afro-brasileira. As apresentações acontecerão sempre às sextas feiras (dias 5, 12, 19 e 26) no CCBNB-Fortaleza e nas praças do BNB e José de Alencar. todos os espetáculos têm classificação indicativa livre.
A Cia. Cordapes, com direção de Ênio Marques, apresentará o espetáculo "Tom e Raça", na Praça do BNB, no dia 5, às 17 horas. partindo da tese de que 70% das danças brasileiras são de origem ou têm influência africana, este espetáculo apresentará, através da dança e da música, a cultura afro-brasileira e a africana, com o objetivo de divulgar e difundir a história da cultura negra existente no país.
Nos dias 5 e 26, sempre às 18h30, no CCBNB-Fortaleza, o Centro Cultural Capoeira Água de Beber apresentará o "Espetáculo Quilombo", com direção dos professores Virlenia e Mestre Ratto Robério). Criado em 2003, o espetáculo é composto por vários quadros que retratam a captura de negros na África, a vinda para o Brasil em navios negreiros, a escravidão no país, o sofrimento nas senzalas e o trabalho forçado nos canaviais, bem como a formação dos quilombos, a luta pela liberdade e o nascimento da Capoeira.
Na sexta-feira seguinte, dia 12, às 17 horas, a Praça José de Alencar receberá o Projeto Quebra Mola, com direção do mestre Juninho Brasil. O Projeto Quebra Mola difunde a alegria, o intretenimento e a instrução profissionalizante das pessoas de baixa Renda, levando auto-estima a comunidades carentes e provocando um novo =lhar de conscientização no mundo.
No dia 19, às 17 horas, acontecerá a lavagem da entrada do =CBNB-Fortaleza e cortejo conduzido pela Mãe Taquinha, que desenvolve ações culturais afro-religiosas baseadas na Umbanda. Ela tem como =eta o resgate dos elementos culturais negros, sobretudo a luta religiosa no Ceará, difundindo as matrizes africanas e afro-brasileiras. O cortejo acontecerá com entoação de cânticos pelo Grupo Cultural Mãe Taquinha e o Centro Espírita Um Dragão do Mar, além da lavagem simbólica da entrada do CCBNB-Fortaleza.
E no dia 26, às 17 horas, na Praça José de Alencar, o Instituto de Difusão da Cultura Afro-brasileira encenará o espetáculo "Afoxé Oxum Odolá". Baseando-se na estética do encantamento, da beleza e da alegria, o espetáculo celebra a cultura negra. As principais características são as roupas nas cores do orixá do Pai de Santo (Guardião do afoxé, as cantigas em Yorubá e os instrumentos de percussão (atabaques, agogôs, agbês, afoxés e xequerês). O rítmo da dança na rua é o Ijexá, o mesmo dos terreiros, bem como a melodia entoada.
A Cia. Cordapes, com direção de Ênio Marques, apresentará o espetáculo "Tom e Raça", na Praça do BNB, no dia 5, às 17 horas. partindo da tese de que 70% das danças brasileiras são de origem ou têm influência africana, este espetáculo apresentará, através da dança e da música, a cultura afro-brasileira e a africana, com o objetivo de divulgar e difundir a história da cultura negra existente no país.
Nos dias 5 e 26, sempre às 18h30, no CCBNB-Fortaleza, o Centro Cultural Capoeira Água de Beber apresentará o "Espetáculo Quilombo", com direção dos professores Virlenia e Mestre Ratto Robério). Criado em 2003, o espetáculo é composto por vários quadros que retratam a captura de negros na África, a vinda para o Brasil em navios negreiros, a escravidão no país, o sofrimento nas senzalas e o trabalho forçado nos canaviais, bem como a formação dos quilombos, a luta pela liberdade e o nascimento da Capoeira.
Na sexta-feira seguinte, dia 12, às 17 horas, a Praça José de Alencar receberá o Projeto Quebra Mola, com direção do mestre Juninho Brasil. O Projeto Quebra Mola difunde a alegria, o intretenimento e a instrução profissionalizante das pessoas de baixa Renda, levando auto-estima a comunidades carentes e provocando um novo =lhar de conscientização no mundo.
No dia 19, às 17 horas, acontecerá a lavagem da entrada do =CBNB-Fortaleza e cortejo conduzido pela Mãe Taquinha, que desenvolve ações culturais afro-religiosas baseadas na Umbanda. Ela tem como =eta o resgate dos elementos culturais negros, sobretudo a luta religiosa no Ceará, difundindo as matrizes africanas e afro-brasileiras. O cortejo acontecerá com entoação de cânticos pelo Grupo Cultural Mãe Taquinha e o Centro Espírita Um Dragão do Mar, além da lavagem simbólica da entrada do CCBNB-Fortaleza.
E no dia 26, às 17 horas, na Praça José de Alencar, o Instituto de Difusão da Cultura Afro-brasileira encenará o espetáculo "Afoxé Oxum Odolá". Baseando-se na estética do encantamento, da beleza e da alegria, o espetáculo celebra a cultura negra. As principais características são as roupas nas cores do orixá do Pai de Santo (Guardião do afoxé, as cantigas em Yorubá e os instrumentos de percussão (atabaques, agogôs, agbês, afoxés e xequerês). O rítmo da dança na rua é o Ijexá, o mesmo dos terreiros, bem como a melodia entoada.
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terça-feira, 2 de novembro de 2010
Briga de rua? Baixaria? Não, temos a mão de Carlos Saura
Briga de rua. Baixaria mesmo. Mas não nas mãos geniais do cineasta espanhol Carlos Saura, em seu filme Iberia, com músicas de Albéniz. Mais uma vez, se comprova como a mulher é plástica, e quando se trata de dança, no caso o flamenco, os homens ficam muito para trás.
Saura sempre tem destacado a dança em seus filmes, fez isso com Carmen, Tango e muito subliminarmente em Mamãe faz 100 anos.Ibéria é uma homenagem ao seu País no que tem de muito belo, a dança que, nos seus lampejos, nos passam as emoções mais sensuais
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segunda-feira, 1 de novembro de 2010
Paris foi o nascedouro da juventude perdida em Zelda e Scott
Scott Fitzgerald (Reprodução) |
Ele fala de um dos casais mais neuróticos que possa ter circulado em qualquer roda intelectual, com americanos querendo ser mais franceses, do que os franceses. Estranhamente, parafraseando Vidal, noto que a vida do casal foi tão genial quanto a obra de Fitzgerald e quanto o intempestivo jeito de ser de Zelda
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