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sábado, 30 de abril de 2011

A falta de caráter dos herois infantis com as Meninas Super Poderosas






Os Super herois Batman e Superman se tornaram modelo de inspiração para herois posteriores, a exemplo de Aquaman e Mulher Maravilha, apenas para citar alguns exemplos. São criações produzidas a partir de uma matriz e com uma vertente maniqueista: a luta do bem contra o mal. Muitos foram definitivamente marcantes  para mostrar ofertas de serviços para demandas de suas respectivas épocas, como vencer a depressão econômica ou se impor perante a guerra fria. Para tanto, havia vilões super inteligentes e até de outras galáxias. Contra eles, a inteligência humana ou a capacidade de voar, ficar invisível e ser detentor de uma força incomum. Batman mostrava um comportamento modelar  de que as pessoas não precisam de super poderes, recorrendo  apenas a sua inteligência e de equipamentos construídos pela engenharia mental. Já Superman foi o protótipo da expectativa do estrangeiro cumpridor da profecia, no caso um habitante de Kripton, que chegava à Terra como um Messias  para salvar a humanidade do maligno.
Algum tempo depois, os desenhos chegaram a televisão e já não havia mais tanto os super heróis éticos e infalíveis. Pelo contrário, revelaram-se alguns para o público infantil, com falhas de caráter. Esse era o caso das  Meninas Super Poderosas: Florzinha, Lindinha e Docinho. Elas tinham poderes de voar, disparavam raios com os olhos. a exemplo do Superman. A Lindinha gritava bem alto e criava um campo magnético e conseguia se comunicar com qualquer língua. A Florzinha soprava um hálito gelado que podia congelar qualquer coisa. Por fim, Docinho criava terremotos. 
Em um dos episódioss, elas usam os poderes para roubar uma loja de sorvetes.Nums outro, sabotam o noivado do professor Antonio, cientista que criou as meninas em laboratório, com açúcar, tempero e, como ele dizia, com tudo que há de bom e ainda o elemento "x".
Hoje, o desenho entrou em decadência, mesmo na progamação infantil apresentada pela televisão, que cedeu seus espaços para séries como Sunny, Jessie e Austin & Ally.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

O improvável e o impossível são questões menores em Aida

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A Marcha Triunfal é considerada, assim como uma unanimidade, como a maior inspiração de Verdi. O esplendor cênico, a variedade da caracterização e o vigor do espírito triunfal faz com que merecidamente tenha sido sucesso de público e de crítica, desde sua estreia, em 1871. Trata-se da ópera Aida, em quatro atos, que acontece no Egito antigo, do tempo de Mênfis, Radamés e nos papeis principais a soprano Aida (uma escrava);  Amneris, filha do rei do Egito (mezzosoprano); Amonasro, rei da Etiópia, pai de Aida (barítono) e um mensageiro (tenor).
O enredo envolve uma tragédia, de mais sacrifícios e renúncias e amores impossíveis como foi boa parte da temática do compositor italiano. Do mesmo modo, são improváveis como a história se desenvolve, culminando em gestos grandiosos de desprendimento. Pela repetição, poderia não tê-lo elevado a um patamar tão alto na ópera em todo o Mundo. Em Aida, por exemplo, Verdi nos passa a sensação da conquista que é festejada com intensa alegria.
No geral, em toda a sua obra, há uma música grandiosa, espiritual, que se transforma num empreendimento de grandes captações sensitivas e efusivas.

Festa aquática anima os peixinhos

Banho de mar by marcus peixoto
Banho de mar, a photo by marcus peixoto on Flickr.
Se os Tubarões Fossem Homens

Bertold Brecht

Se os tubarões fossem homens, eles seriam mais gentís com os peixes pequenos. Se os tubarões fossem homens, eles fariam construir resistentes caixas do mar, para os peixes pequenos com todos os tipos de alimentos dentro, tanto vegetais, quanto animais. Eles cuidariam para que as caixas tivessem água sempre renovada e adotariam todas as providências sanitárias cabíveis se por exemplo um peixinho ferisse a barbatana, imediatamente ele faria uma atadura a fim de que não moressem antes do tempo. Para que os peixinhos não ficassem tristonhos, eles dariam cá e lá uma festa aquática, pois os peixes alegres tem gosto melhor que os tristonhos.

Naturalmente também haveria escolas nas grandes caixas, nessas aulas os peixinhos aprenderiam como nadar para a guela dos tubarões. Eles aprenderiam, por exemplo a usar a geografia, a fim de encontrar os grandes tubarões, deitados preguiçosamente por aí. Aula principal seria naturalmente a formação moral dos peixinhos. Eles seriam ensinados de que o ato mais grandioso e mais belo é o sacrifício alegre de um peixinho, e que todos eles deveriam acreditar nos tubarões, sobretudo quando esses dizem que velam pelo belo futuro dos peixinhos. Se encucaria nos peixinhos que esse futuro só estaria garantido se aprendessem a obediência. Antes de tudo os peixinhos deveriam guardar-se antes de qualquer inclinação baixa, materialista, egoísta e marxista. E denunciaria imediatamente os tubarões se qualquer deles manifestasse essas inclinações.

Se os tubarões fossem homens, eles naturalmente fariam guerra entre si a fim de conquistar caixas de peixes e peixinhos estrangeiros.As guerras seriam conduzidas pelos seus próprios peixinhos. Eles ensinariam os peixinhos que, entre os peixinhos e outros tubarões existem gigantescas diferenças. Eles anunciariam que os peixinhos são reconhecidamente mudos e calam nas mais diferentes línguas, sendo assim impossível que entendam um ao outro. Cada peixinho que na guerra matasse alguns peixinhos inimigos da outra língua silenciosos, seria condecorado com uma pequena ordem das algas e receberia o título de herói.

Se os tubarões fossem homens, haveria entre eles naturalmente também uma arte, haveria belos quadros, nos quais os dentes dos tubarões seriam pintados em vistosas cores e suas guelas seriam representadas como inocentes parques de recreio, nas quais se poderia brincar magnificamente. Os teatros do fundo do mar mostrariam como os valorosos peixinhos nadam entusiasmados para as guelas dos tubarões.A música seria tão bela, tão bela, que os peixinhos sob seus acordes e a orquestra na frente, entrariam em massa para as guelas dos tubarões sonhadores e possuídos pelos mais agradáveis pensamentos. Também haveria uma religião ali.

Se os tubarões fossem homens, eles ensinariam essa religião. E só na barriga dos tubarões é que começaria verdadeiramente a vida. Ademais, se os tubarões fossem homens, também acabaria a igualdade que hoje existe entre os peixinhos, alguns deles obteriam cargos e seriam postos acima dos outros. Os que fossem um pouquinho maiores poderiam inclusive comer os menores, isso só seria agradável aos tubarões, pois eles mesmos obteriam assim mais constantemente maiores bocados para devorar. E os peixinhos maiores que deteriam os cargos valeriam pela ordem entre os peixinhos para que estes chegassem a ser, professores, oficiais, engenheiros da construção de caixas e assim por diante. Curto e grosso, só então haveria civilização no mar, se os tubarões fossem homens.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Exposição mostra história da cultura e da civilização Maya

cabeça da serpente by _debsy
cabeça da serpente, a photo by _debsy on Flickr.
Uma exposição que mostra parte da história da civilização Maya será aberta no Centro Cultural Banco do Nordeste-Fortaleza (rua Floriano Peixoto, 941 - Centro - fone: (85) 3464.3108), na próxima sexta-feira, 29, às 18 horas. Denominada Rota Maya, a exposição ficará em cartaz até o próximo dia 8 de maio. Com entrada franca, a mostra resulta de parceria entre o BNB e a Câmara de Comércio El Salvador-Brasil.
O acervo da exposição conta com mais de 140 peças, entre réplicas e originais com mais de 1.800 anos de existência. As peças variam entre máscaras, frascos de perfumaria, pratos e estatuetas, além de variadas peças arqueológicas. Os textos, fotos, estandartes e materiais adequados ao tema compõem o cenário perfeito para mergulhar no universo desta exposição cheia de mistérios, ciência, arte, escrita, arquitetura, matemática e astronomia.

A história da civilização Maya começou no ano de 1.800 a. C., quando surgiram os primeiros acampamentos na região de Soconusco. Com o tempo nasceram grandes centros de cultura, religião e comércio, que impulsionavam os Mayas ao desenvolvimento.

Durante a história dos Mayas, foi desenvolvido um acervo cultural admirado até hoje. A arte Maya, com seus entalhes em madeira e pedra, é considerada por muitos como uma das mais belas da era Clássica. Muitas amostras de arte Maya permanecem disponíveis atualmente - incluindo cerâmica, murais, esculturas e a impressionante arquitetura dos seus sítios arqueológicos. Os Mayas também são responsáveis pela primeira linguagem escrita do continente americano - o alfabeto conhecido como hieróglifos Mayas.

Desde a queda da civilização Maya, em 1695, seu legado cultural continua encantando milhões de pessoas mundo afora. Em 2005, o sítio arqueológico de Chichen Itza, foi eleito uma das 21 maravilhas construídas pelo homem no mundo atual, ao lado de monumentos como a Torre Eiffel, a Grande Muralha da China e o Cristo Redentor.



Cultura e civilização Maya

A cultura Maya floresceu há 4.600 anos, quando tribos nômades agruparam-se e se estabeleceram em terras hoje situadas no México, Belize, Guatemala, Honduras e El Salvador. Representantes da cultura mais desenvolvida da América pré-colombiana, os Mayas dominavam conhecimentos como complexa arquitetura monumental, sistema numérico com base em sequência vigesimal, calendários precisos, inclusive calendário solar de 365 dias que permitia precisar data passada ou futura em espaços de milhares de anos, assim como conhecimentos astronômicos que permitiam definir ciclos estelares regulares e que continham uma cosmovisão integradora de espaço e tempo.

A civilização Maya teve características próprias que a situa entre as grandes civilizações da história da humanidade, cidades-estado governadas por uma pessoa que concentrava o poder político, civil e religioso, sociedade estratificada e linguagem que combinava logogramas e símbolos fonéticos que permitiam expressar qualquer ideia e relatar feitos heroicos. Os Mayas foram os únicos a alcançar tal conhecimento em toda civilização pré-colombiana.

A região da América Central, com uma extensão de aproximadamente 540 mil km2, ofereceu aos Mayas montanhas de bosques, vulcões, onde eles construíram sítios arqueológicos imprescindíveis, além de possuir vales férteis, lagos e praias banhadas pelas águas do Pacífico e Atlântico com suas areias de erupções vulcânicas. Como contrapartida, recebeu um abundante acervo arqueológico, em grande parte ainda inexplorado, e uma vasta cultura representada na produção de artigos de barro, cerâmica, bambu, plumas, madeira e têxteis confeccionados pela criatividade dos artesãos mayas e transportados para a exposição ROTA MAYA.





ENTREVISTAS E INFORMAÇÕES ADICIONAIS:

* Vidal Sorto Rubio (presidente de Honra da Câmara de Comércio El Salvador-Brasil) - (71) 9981.8088 / 3272.1946 / 3717.5312 - vidalsortor@yahoo.com.br

* Jacqueline Medeiros (coordenadora de Artes Visuais do CCBNB) - (85) 3464.3184 / 8851.5548 - jacquerlm@bnb.gov.br

terça-feira, 26 de abril de 2011

Projeto Cine Freud exibe o filme “Cria Cuervos”


O Cine Freud, projeto de extensão do Laboratório de Psicanálise da Universidade 
Federal do Ceará, exibe quarta-feira (27), às 14h, na Casa Amarela Eusélio Oliveira
 (Av. da Universidade, 2591), o filme "Cria Cuervos", do diretor espanhol Carlos Saura. 
A obra analisa as relações familiares, através das lembranças da protagonista Ana. 
As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no site do Cine Freud ou no local 
da exibição (apenas no horário do evento). 


Haverá sorteio de livros e será entregue declaração de participação. 
Após filme, abre-se debate com a participação do psicanalista Antônio Secundo. 
O Cine Freud é organizado pelos estudantes Raquel Adeodato, Henrique Riedel,
 Eduardo Taveira e 
Clarissa Esmeraldo, do curso de Psicologia da UFC, sob
coordenação do Prof. Orlando Cruxên. 



Fonte: Cine Freud, Projeto de Extensão do Laboratório de Psicanálise da UFC - 
Fone: (85) 3366.7727








segunda-feira, 25 de abril de 2011

Casamento matuto inicia a animação das segundas-feiras no Pirata

Noiva no Pirata by marcus peixoto
Noiva no Pirata, a photo by marcus peixoto on Flickr.
Meu amor não vá simbora, não vá simbora
Fique mais um bocadinho...
Se você for seu nego chora!
Vamos dançar mais um tiquinho...
Quando eu entro numa farra, num quero sair mais não
Vou inté quebrar a barra, e pegar o sol com a mão!"**

Assim começa a noite no Pirata, na Praia de Iracema, sempre às segundas-feiras. O forró, a atmosfera sertaneja e a quadrilha, sem falta o tradicional casamento matuto, são os primeiros sinais da animação, que se estende pela madrugada.
Hoje se fala muito na reconstrução da Praia de Iracema. Admirável esforço pela reforma, mas é preciso combinar com os russos. Ou seja, as famílias, os empreendedores e aqueles que, além do Pirata, voltem a investir na Praia de Iracema

domingo, 24 de abril de 2011

Daniel Bortholossi rege a Orcec em dois concertos abertos ao público






A Orquestra de Câmara Eleazar de Carvalho (Orcec) dá sequência ao trabalho de comunhão de conhecimentos na prática orquestral, e convida, para dois concertos, o maestro Daniel Bortholossi. Experiente na direção de grupos sinfônicos brasileiros, o músico é atualmente regente titular da Orquestra de Câmara de Blumenal e diretor artístico da Orquestra Filarmônica de Scar, de Jaraguá do Sul.

No próximo dia 27, quarta-feira, a Faculdade 7 de Setembro abre as portas do Teatro Nila Gomes Soárez para na edição de abril do Concerto Universitário, voltado para a integração com a comunidade universitária. O concerto tem início às 19h, com entrada franca. No dia seguinte, dia 28 de abril, o Palco Principal do Theatro José de Alencar acolhe o Concerto Solidário, igualmente às 19h e aberto ao público.

Mestre em Artes pela Universidade de São Paulo, o maestro Daniel Bortholossi traz ainda a experiência de quem já regeu orquestras na Argentina, Portugal, Itália, Bulgária, Inglaterra, República Tcheca, Romênia, Rússia e Ucrânia. Une-se este mês à Orcec, que, desde 1996, dedica-se à formação de plateia para a música de concerto, primando pela diversidade de repertório e elevado nível técnico.

Para ambos os concertos, foi preparado um programa diversificado, que atravessa vários períodos da história da música. Inicia com “Concerto Grosso Op. Nº 4 I – Larghetto afetuoso; II – Allegro; III – Largo e Piano; IV – Allegro”, de Georg Friedrich Handel (Barroco), seguido da “Cantata BWV Nº 61 I – Ouverture; II – Recitativ; III – Aria; IV – Coral”, de Johann Sebastian Bach (Barroco).

Outra peça barroca de Johann Sebastian Bach será executada, a “Aria” Orchestral Suite Nº 3 BWV 1068. O programa segue com “Serenade für streichorchester Op. 20”, de Edward Elgar, a serenata para orquestra de cordas que é uma das obras mais executadas do compositor inglês em todo o mundo.

O programa termina com a “Verklärte Nacht für Streich Orchester Op. 4”, deArnold Schoenberg (Moderno). A “Noite Transfigurada” é uma obra baseada no poema intitulado “Verklärte Nacht”, de Richard Dehmel, e é considerada peça-chave para a compreensão do movimento modernista. Schoenberg une, na mesma partitura, dois estilos alemães considerados, até então, opostos: a austeridade clássica de Johannes Brahms, e o vanguardismo de Richard Wagner. Uma peça “desafiadora”, como entende o maestro Daniel Bortholossi.

A Orquestra de Câmara Eleazar de Carvalho é uma ação da Associação Artística de Concertos do Ceará (AACC), com o apoio do Governo do Estado do Ceará, por meio da Secretaria da Cultura (Secult). Nestes concertos, conta ainda com a parceria da Faculdade 7 de Setembro e do Theatro José de Alencar.


Maestro Daniel Bortholossi

Daniel Bortholossi se destaca como um dos mais promissores e atuantes regentes de sua geração. A temporada 2010-2011 marca sua quinta temporada como maestro titular da Orquestra de Câmara de Blumenau e décima como Diretor Artístico da Orquestra Filarmônica Scar, de Jaraguá do Sul. Como maestro convidado, dirigiu muitos grupos sinfônicos brasileiros, além de orquestras na Argentina, Portugal, Itália, Bulgária, Inglaterra, República Tcheca, Romênia, Rússia e Ucrânia.
Mestre em Artes pela Universidade de São Paulo (USP), teve como principal professor o maestro Roberto Duarte (Brasil), mundialmente reconhecido como especialista no compositor Heitor Villa-Lobos. Daniel também estudou com Jorma Panula, (Sibelius Academy), Rossen Milanov, (Philadelphia Orchestra) e Vassily Sinaisky, principal maestro convidado da BBC Philharmonic.
No ano de 2008, Maestro Bortholossi teve estréias com a Varna Philharmonic Orchestra, em Varna, (Bulgária), bem como na Ucrânia e Inglaterra, dirigindo respectivamente a Karkhov Philharmonica e a City of Southampton Orchestra. No Reino Unido, Daniel ministrou palestras sobre seu trabalho em Música Colonial Brasileira na Oxford University, iniciando uma colaboração com a Instituição.
Em 2009, Daniel foi o primeiro maestro Brasileiro a dirigir a Royal Oman Symphony Orchestra, no Sultanato de Omã. Em 2010, retornou ao Sultanato para mais três concertos, incluindo uma apresentação particular para Sua Majestade Sultão Qaboos Bin Said, em honra à Sua Majestade Carl XVI Gustav, Rei da Suécia, e também um concerto particular para o Ex-Primeiro Ministro Britânico Tony Blair. Ainda nesse ano, foi fundador e Co-Diretor Artístico do New Orleans Festival “Brasileiro!”, nos EUA.
         Ainda em 2010, teve uma importante estreia à frente de uma das melhores orquestras da Europa Oriental, a Belgrad Philharmonic Orchestra, em Belgrado, na Sérvia. Neste concerto, executou pela primeira vez naquele país, as Bachianas números 02 e 04 de Heitor Villa-Lobos.
Além de sua temporada de concertos atuais com a Orquestra de Câmara de Blumenau e Filarmônica Scar, o Maestro Bortholossi dirigiu a Ópera Contemporânea “Sarapalha”, para a Fundação Cultural de Curitiba, e realizará, com a recém criada Orquestra “Curitiba Symphony”, uma série de gravações dedicada a compositores paranaenses.
Seus compromissos futuros incluem concertos nos EUA, Inglaterra, Itália, Sérvia, Romênia, Cazaquistão e Sultanato de Omã.





Mais informações:
AACC: 85 3252.2278
Roberto César Lima: 85 8828.6405

Serviço
Concerto Universitário
Teatro Nila Gomes Soárez, da Faculdade 7 de Setembro
R. Almirante Maximiano da Fonseca, 1395, Luciano Cavalcante
27/04, 19h
Entrada franca

Concerto Solidário
Theatro José de Alencar
28/04, 19h
Entrada franca

sábado, 23 de abril de 2011

O grande mistério do vestido de noiva da princesa Kate

Arquivo: Van Eyck - Portrait.jpg Arnolfini



Aqui temos um retrato do casamento de Giovanni Arnolfini, de 1434, assinado por Jan van Eyck. No século XV, não se precisava de uma autoridade religiosa para se formalizar a união conjugal. Bastava uma testemunha. O vestido de noiva é aqui representado pela volumosa e pesada peça verde.
A polêmica em torno do vestido de noiva de princesa parece ser muito explorada pela mídia e pela curiosidade do mundo da moda sobre como se vestirá Kate Middleton no seu casamento com Príncipe William.
Já se cogitaram os melhores estilistas, de Karl Lagerfeld a Tommy Hilfiger, passando por Vera Wang - especialista em vestidos de noivas e Christian Lacroix  e até John Galliano, que não está mais na Dior. Há uma tendência que seja feito por um grupo de costureiros.
O assunto rende muitas matérias e informações desencontradas. No entanto, seja qual for o seu vestido, de qual influência, representará um início de tendência. Ao mesmo tempo, não deverá ser um sucesso entre os críticos e, indo para um extremo, que não agrade ninguém. Apresentando-se muito conservador, considerará  muito entediante. Se for ousado, não estará à altura da cerimônia.
É muito provável que a maquiagem seja elogiada, mas implacáveis com o cabelo, pois não há cabelo que fique bonito com aquela ostensiva tiara. Apesar de um quadro aparentemente estável para o período, há possibilidades de que, a partir de hoje até o dia do casamento, um membro da realeza apresente sintomas de depressão.E por aí vai...

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Música que abre amplamente a alma



Achei inapropriado postar ópera no dia de hoje, como sempre faço às sextas-feiras. Considerando a data religiosa, poderia dedicar o espaço para algo que enalteça a música no plano espiritual. Para mim, o melhor exemplo é Proust, como demonstrou em Busca do Tempo Perdido. No Caminho de Swann, descreve uma peça tocada para piano e violino. Ele não identifica o autor nem o nome da obra. Pela sensibilidade de Swann, vai descrevendo  e vamos acompanhando o movimento dos instrumentos, como se os escutássemos. É muito difícil se fazer algo parecido na Literatura. Quem tentou fazer, ficou parecendo uma paródia do original.
Eis aqui um pequeno trecho:
No ano anterior, numa reunião, ouvira uma obra para piano e violino. Primeiro, só lhe agradara a qualidade material dos sons empregados pelos instrumentos e depois fora um grande prazer, quando por baixo da linha do violino, tênue, resistente, densa e dominante, vira de súbito erguer-se num líquido marulho a massa da parte do piano, multiforme, indivisa, plana e entrechocada, como a malva agitação das ondas, como o luar encanta e bemoliza. Mas em certo momento, sem que pudesse distinguir um contorno, dar um nome ao que lhe agradava, subitamente fascinado, procura recolher a frase ou a harmonia - não o sabia ele próprio - que passava e lhe abria amplamente a alma, como certos perfumes de rosas, circulando no ar úmido da noite, tem a propriedade de nos dilatar o nariz.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Dexter debuta e terá homenagem especial na televisão assinada

O laboratório de Dexter completa 15 anos de exibição na televisão. Falava sobre uma série de um desenho animado que foi exibida em  1996. O enredo tratava sobre um garoto que tinha um laboratório, onde provava ser um gênio e fazia tudo para que seus pais não soubessem disso.
Dexter criava muitos tipos de invenções, robôs e aparelhos, porém eram destruídos pela sua irmã mais velha chamada Dee Dee (pronunciado com Didi) que tinha uma mente infantil para  alguém de sua idade cujo bordão que lhe deixou famosa, era a  frase "O que esse botão faz?" e logo era respondido por Dexter como: "Dee Dee nãoooo!".
Durante a série,  é visto Mandark, um gênio do mal que inveja o ruivo por sua genialidade e ser mais avançado no cérebro. Os pais de Dexter não passavam de dois estereótipos de dona-de-casa e pai de família que tiveram episódios para si mesmos.
O Cartoon Network está promovendo esta semana o festival Feliz Aniversário Dexter. O horário está marcado para a próxima quinta-feira, a partir das 14 horas.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Era uma vez uma rica floresta

rio Katu, Guyana by marcus peixoto
rio Katu, Guyana, a photo by marcus peixoto on Flickr.
Tirando as savanas de Roraima, a floresta amazônica é, sobretudo, os seus rios e a vegetação que margeia e se aprofunda por quilômetros e quilômetros de selva e igarapés. As nuvens quase sempre são escuras, prenunciando temporais, que caindo na mata escura e fechada, às vezes nem chegam a tocar o chão.
É comum ver a comunidade do entorno, quer seja na parte brasileira ou na estrangeira da Amazônia, extraindo óleos de alfavaca, muirapuama, catuaba e cubiu (apenas para citar alguns). De certo modo, não há mais segredos e todos podem tirar da floresta as formas de prevenção e tratamento das doenças.
O calor é constante, mesmo em dias chuvosos, principalmente para aqueles que vem de regiões temperadas ou termicamente aliviadas pela brisa marinha.
A selva já não é intransponível, embora muitos mistérios sejam mantidos, porque a diversidade e a riqueza de seus dotes são motivos de cobiça internacional. Eis porque é tão vulnerável e hoje tão largada.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Lua

Lua by marcus peixoto
Lua, a photo by marcus peixoto on Flickr.
Poesia de James Joyce:

Noturno

Lúgubres na penumbra,estrelas pálidas o archote
amortalhado ondeiam
Dos confins do céu,fogos-fantasmas alumbram
arcos sobre arcos que se alteiam,
nave pecadobreu da noite
Serafins,
As hostes sem norte despertam
para o serviço, até que tombem
na penumbra sem lua,mudas,turvas, ao fim,
assim que ela erga e vibre inquieta
o seu turíbulo
e alto,longo,á turva,
sobrelavada nave,
a estrela-sino tange,enquanto, calmas,
as espirais do incenso ascendem,nuvem sobre nuvem,
rumo-ao-vazio, do venerável
resíduo de almas

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Paineis são referência de um óasis artístico no Centro da cidade

jangada a meia lua by marcus peixoto
jangada a meia lua, a photo by marcus peixoto on Flickr.
O Centro Cultural do Banco do Nordeste é um oásis de arte e informação na aspereza do Centro da cidade. No primeiro andar, encontra-se o painel da artista potiguar Zaíra Caldas (vista aqui neste post). A obra é uma gravura em metal, composta por trinta e quatro paineis (grandes, médios e pequenos) e tematiza a cultura nordestina nos seus três aspectos mais relevantes: primeiro o cotidiano do trabalho, segundo a sacralidade deste trabalho na figura do vaqueiro e terceiro as festas populares.
Ainda no segundo andar, está um painel do artista argentino-baiano Caribé – de doze metros de comprimento – que mostra várias cenas e personagens da história e do folclore nordestino. Neste andar também está localizado outro salão de exposição

domingo, 17 de abril de 2011

Nordeste revela a religiosidade à flor da pele

cangaço e religião by marcus peixoto


















cangaço e religião, a photo by marcus peixoto on Flickr
.
Nesta foto, painel de Caribé, pintor baiano-argentino.

Quando vejo cerca de 5 mil pessoas na procissão de Ramos, ocorrida hoje, não posso dizer que o catolicismo está enfraquecido. Digamos que pela população dita católica proporcionalmente deveria ser um número maior, mas além da quantidade de hoje não ser irrelevante, havia também qualidade.
O dia amanheceu chuvoso. Nuvens cinzentas cobriram o céu cedo da manhã, e o fato de que os fiéis teriam outras missas e outras caminhadas ao longo do dia. Essas seriam motivações para que houvesse um público menor. As procissões são alusivas à entrada de Jesus Cristo em Jerusalém, sendo saudado pelo povo com ramos tal como reverencia um rei.
Para o arcebispo de Fortaleza, dom José, esse foi o maior gesto da história, que determinou a morte de Jesus. "Se não houvesse aquela manifestação, seria possível que não houvesse a determinação para que fosse executado", disse dom José. No entanto, ressalta a ressurreição que tornou a humanidade vencedora com o sacrifício da cruz.
Quem conhece Juazeiro do Norte pode duvidar do poder do catolicismo? O fanatismo religioso em torno da figura de padre Cícero e o cangaço não são componentes culturais atávicos? As perguntas são no sentido de ajudar a compreender porque se fala em crescimento de igrejas evangélicas, ocupando espaço para o catolicismo caduco e voltado para o passado. Então, a resposta é que nunca antes neste País a sede por Deus foi tão intensa

sábado, 16 de abril de 2011

Pulp Fiction apresenta a dança como contraponto da violência banal



Três histórias são apresentadas de forma não cronológica ao público. Em uma, conhecemos Vincent Vega (John Travolta) e Jules Wino  (Samuel L. Jackson), dois mafiosos que devem fazer uma cobrança, que termina em chacina e com uma violenta seqüência no carro. Em outra história, Vincent deve levar a mulher de seu chefe (Uma Thurman) para se divertir enquanto ele viaja, mesmo com todos os boatos que rodeiam o caso. Por último, conhecemos Butch Coolidge (Bruce Willis), um boxeador que deve lutar em um combate com vencedor pré-definido, mas que surpreende a todos, vence e foge com o dinheiro da luta para provar o seu valor, sendo perseguido logo após.
É  no encontro de Vicent com Mia Wallace que se desenvolve uma das cenas mais divertidas do filme, que tanto se notabilizou pela linguagem ousada do cineasta, em subverter o tempo, quanto pela banalização da violência. Aqui temos um Travolta de volta às telas e fazendo o que ele sabe mais: dançar. Palma de Ouro em Cannes.


sexta-feira, 15 de abril de 2011

Montserrat Caballe canta Norma de Bellini



Uma promoção voltada para os amantes da ópera é oferecida pela Folha de São Paulo aos seus leitores. No próximo domingo, a Coleção Folha Grandes Óperas leva às bancas "Norma", de Bellini. Possui uma ária famosa por ser um desafio a grandes cantoras sopranos, onde somente as excepcionais conseguem a perfeição exigida e permitida na canção.
"Norma sem uma verdadeira cantora é um desastre", afirmou um crítico novecentista. A revista New Yorker lembra que exige "potência vocal, elegância na cantilena lenta, pureza e fluência na colatratura, energia física suavidade mas também violência na entonação, força e intensidade na declamação verbal e uma imperiosa presença cênica".
Ópera em em dois de atos de Vicenzo Bellini, como estreia em 1831, no La Scala, em Milão. Norma é uma sacerdotisa gaulesa dos tempos da ocupação romana que se envolve com um oficial inimigo e fica dividida entre a lealdade à pátria e o amor. Enciumada porque seu amante se envolveu com outra mulher, ela chega a pensar em matar os filhos que teve com o romano. Na Coleção Folha, Norma é encarnada pela catalã Montserrat Caballé, considerada como uma das maiores divas do pós guerra.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Mostra de Pedro Costa começa no dia 19 de abril


Cena do filme "O Sangue"

A Mostra Pedro Costa foi adiada e terá início na próxima terça (19). Desta forma, o Cineclube Vila das Artes inicia o ciclo de exibições e debates em abril refletindo sobre obras de um dos maiores diretores do cinema português contemporâneo.  A Mostra começa às 17h, na Vila das Artes (Rua 24 de Maio, 1221, Centro) e o inaugura uma nova temporada do Cineclube. A partir de agora, interessados deverão fazer uma inscrição prévia e todos os participantes com no mínimo 80% de frequência receberão uma comprovação de participação. Basta enviar um email paraestagioaudiovisualviladasartes@gmail.com sinalizando o interesse em participar. Também será enviado ao participante um texto contextualizando o que será debatido após a exibição do filme. O cinema de Pedro Costa é uma fusão de linguagens que vai da ficção ao documentário, entrelaçando temáticas variáveis com recortes estéticos, sociais e políticos. A mostra do ciclo recebeu a curadoria de Ticiana Augusto Lima, aluna do Curso de Realização em Audiovisual da Vila das Artes. O cineclube é espaço de encontros, debates que incentiva o pensar e o fazer cinema. As sessões são gratuitas e acompanhadas por um cineasta, pesquisador ou professor. A mostra Pedro Costa vai até maio. Confira em viladasartesfortaleza.blogspot.com


ABRIL 
Dia 19 
Casa de Lava (foto) (Drama -1994) 
Debatedora: Geórgia Pereira 

Dia 20
Ossos (Ficção - 1997) 
Debatedor: Marcel Vieira 

Dia 27 
No quarto de Vanda (Documentário - 2000) 
Debatedor: Osmar Gonçalves 

MAIO 
Dia 4 
Juventude em Marcha (Drama – 2006) 
Debatedor: Diego Hoefel 

DIA 11 
Ne change rien (Documentário – 2009) 
Debatedor: Guto Parente

quarta-feira, 13 de abril de 2011

As canções interpretadas de Elis, com Anna Canário e Edson Távora Filho

A cantora Anna Canário e o pianista Edson Távora Filho fazem um show intimista, que leva o nome "Elis por Anna Canário", nessa quinta-feira, 14 de abril, a partir das 20h30min, no Mistura Cenários - Rua Barão de Aracati, 1240. No repertório, apenas canções interpretadas pela cantora Elis Regina. Para reservas e outras informações, o telefone é 3254.2520. O couvert é R$ 5,00.
Com uma carreira de 30 anos, os últimos sete no Ceará, a paulistana Anna Canário é filha de músico e, aos cinco anos, já cantava em programas infantis de televisão. Profissionalmente, ela estreou em 1980 – durante 20 anos, cantou em bandas de baile e casas noturnas de São Paulo. 
Como backing vocal em  gravações e shows de artistas famosos, adquiriu um repertório variado, onde o ponto forte é o jazz e a Bossa Nova. Teve uma participação especial no disco “Cuore Brasiliano”, do tenor Sérgio Senger, do Teatro Municipal de São Paulo, gravando a faixa “Pace Del Mio Amore”. Entre os trabalhos mais expressivos dos quais participou está o Festival Internacional de Música Japonesa, que ela venceu, em 1983, em Tóquio. 
A cantora lançou o primeiro disco - “Brasilização” - em 2007, trabalho que inclui a canção “Chuva no mar”, que conquistou três prêmios no 4º Festival de Inverno de Meruoca, interior do Ceará – melhor música, melhor letra e melhor interpretação.
Com uma admiração especial pela cantora Elis Regina, não é a primeira vez que Anna Canário dedica trabalhos especialmente a interpretar as músicas imortalizadas pela "Pimentinha". 

terça-feira, 12 de abril de 2011

Bertrand Russell acusa linguagem descontrolada em Heidegger

Bertrand Russell, Holborn by Fin Fahey
Bertrand Russell, Holborn, a photo by Fin Fahey on Flickr.
Para mim quem melhor interpretou o existencialismo foi Bertrand Russell. Ele nem aumenta e nem diminui o prestígio, embora mantenha a divisão já definida por Sartre, que este se inclui entre os ateístas ao lado de Heidegger, e os teístas, como Kierkegard e Karl Jaspers. São os nomes mais influentes do Existencialismo, embora alguns mais conhecidos por terem experimentado também a literatura. A avaliação de Russell é quanto àquilo que evolui desde Hegel (ele faz uma distinção dos três tipos de existência de Jaspers de forma concisa e clara), assim como também admite o humanismo no Existencialismo.
Eis aqui um trecho da sua análise:
Enquanto o existencialismo de Jaspers, no nível transcendente, deixa espaço para a religião, como no caso de Kerkegard, prevalece um tom muito diferente nas obras de colaração mais metafísica de Heidegger 91889-1976)), cuja filosofia é extremamente obscura e de terminologia altamente excêntrica. Não se pode deixar de suspeitar que neste caso a linguagem está descontrolada. Um aspecto interessante das especulações de Heidegger é a insistência que o nada é algo positivo. Como tantas outras coisas do existencialismo, está observação psicológica pretende passar por lógica.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Mercado de São Paulo faz uma homenagem à arte dos vitrais


Fotos: Alex Costa

O Mercado Municipal de São Paulo, construído entre 1928 e 1933, está localizado em uma das áreas mais degradadas da capital paulista. No entanto, é uma referência importante não apenas pelo equipamento artetônico, como uma alusão a uma estrutura comercial que deveria estar à altura do Estado mais rico e que vivia o apogeu do café. O ponto alto da decoração são os 55 vitrais em estilo gótico, executados com vidros coloridos vindos da Alemanha, retratando cenas do campo - a lida com o gado, o plantio e a colheita do café – base das atividades econômicas do Estado no período. As peças eram de autoria de Conrado Sorgenicht Filho, o grande nome da arte em vitral de São Paulo. De uma família de mestres vitralistas alemães de apurada técnica, que, com Conrado Sorgenicht pai, chegou à São Paulo em 1888 e fundou a Conrado Vitrais e Cristais, ele também foi o autor dos vitrais da Estação Sorocabana e de vários outros edifícios importantes, como o Teatro Municipal, a Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, a Catedral da Sé e mais 300 outras igrejas brasileiras. A confecção dos vitrais do Mercado Municipal demandaram a Conrado cinco anos de trabalho árduo. E no final dos anos 80, Conrado Sorgenicht Neto se encarregou da restauração dos vitrais que seu pai havia criado sessenta anos antes.

domingo, 10 de abril de 2011

Os jesuítas abraçam pequenas causas. Tudo para a maior glória de Deus

Cruz Missioneira
Quem quiser verificar os dicionários verá que um dos sinônimos para jesuíta é hipócrita. A acusação remonta aos tempos que se tornaram confessores e conselheiros de reis e rainhas. Foi o militar e aristocratica Ignácio de Loyola, que fundou a Companhia de Jesus, em 1540. Naquela época, ele havia se convertido após um ferimento em guerra, e decidiu a colocar seu aprendizado a serviço da igreja Católica. A congregação chegava em boa hora, em vista do crescimento dos adeptos dos protestantes e da necessidade de dar um novo rumo ao catolicismo, que estava a ponto de estourar com uma bola inflada até o limite. Foram importantes na imposição da disciplina, através dos exercícios espirituais, na participação do Concílio de Trento, no século XVI na Evangelização da África, Ásia e o Novo Mundo.
Daí se formaram os padres jesuítas, os mais preparados, mais testados na disciplina, e com maior número de santos(acima de 40), mártires, além de beatos e em processo de beatificação, além de terem colecionados inimigos no mundo inteiro.
No Brasil, as primeiras levas chegaram no governo de Tomé de Sousa. Foram formando missões e reduções, até que o Marques de Pombal os expulsou do Brasil. Pelas suas atitudes, receberam os mais rasgados elogios e as mais radicais críticas. 
Na verdade, atuou sempre como a linha de frente da igreja Católica, uma espécie de tropa de elite. Sua atuação se dá em missões diplomáticas, colégios e comunicação. Agora, os colégios inacionos dividem prestígio com outras unidades particulares, destacando a preparação para o Vestibular, em detrimento da formação humanística do passado, muito embora mantenha o respeito e o reconhecimento da Universidade Gregoriana, em Roma. Também atua nas comunicações e em missões diplomáticas do Vaticano, além do grande número de religiosos que não se interessam mais pelas grandes causas do que pelas pequenas.
Hoje, por ocasião do aniversário do jesuíta Djaílton Pereira, soube que estará celebrando missa no Siqueira, embora não seja sua paróquia. Em outros tempos, esteve em Ererê, no extremo Leste do Estado, já na divisa com o Rio Grande do Norte. Naquela época, sua preocupação era com a saída brusca de boa parte de homens  para trabalhar na colheita em canaviais de São paulo. Ele queria evitar o êxodo e, como um subproduto dessa realidade, o desequílíbrio entre as populações masculina e feminina.
Para o padre Djailton, a espiritualidade de Santo Inácio não é complexa. Ela é simples e ajuda na atualidade a  pessoa manter um rumo, não apenas no plano espiritual, mas inclusive no físico, em se importar com a contemplação e ao mesmo com a ação. Ou como diz o lema da Companhia: "Ad Majorem Dei Gloriam ("Para a maior glória de Deus").

sábado, 9 de abril de 2011

Courbet rompe as amarras religiosas,intelectuais e acadêmicas

Musée Fabre, Montpellier


Bom dia, senhor Courbet, de Gustave Courbert ((1819-1877), celebra o auge da pintura realista. A ideia do quadro era mostrar o artista tal como ele era. Aqui caminhando por uma estrada rural, ele é abordado e recebe o cumprimento reverente do seu cliente dedicado Alfred Bruyas e seu criado. A cabeça inclinada do criado e o sorriso gentil do pintor revelam que este é reconhecidamente um ser superior, consciente da importância de sua arte e acima das mediocridades. Um cachorro compõe a cena na indicação do desapego aos seus temas.
As amarras sociais são liberadas nessa representação em que o artista se apóia numa bengala e transporta uma mochila. Courbet é apontado como uma grande influência em Monet e nos impressionistas. Ele afirmava que somente pintava aquilo que podia ver. Certa vez, ao ser sugerido que colocasse anjos em seu quadro, disse que era preciso que lhe mostrasse algum, para que fosse pintado.
A fase final de Courbet foi pintando quadros eróticos, como a Origem do Mundo, em que causou grande controvérsia durante sua exibição. Ele foi elevado a uma categoria de criador de um novo tipo de arte, rompido com as vertentes intelectuais e acadêmicas.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Angela Gheorghiu canta a ária de Leonora em Il trovatore




"Porque eu cresci em um país onde não havia nenhuma possibilidade de ter uma opinião, isso me fez mais forte agora. Muitos cantores têm medo de não serem convidados novamente para uma casa de ópera se eles se impuserem. Mas eu tenho a coragem de ser, de certa forma, revolucionária. Eu quero lutar pela ópera, pois ela deve ser levada a sério. Música pop é para o corpo, mas ópera é para a alma."A afirmação é da soprano romena, Angela Gheorghiu, 46 anosa, ao ser indagada pelo seu intempestivo temperamento, que ao lado do seu marido, o tenor Roberto Alagna, têm levado pânico para os teatros e para companhias, com exigências que beiram ao cúmulo do absurdo e cancelamento de apresentações..
Ela canta a ária de Leonora, da Ópera Il Trovatore, de Verdi, que teve sua estreia no Teatro Apolo, de Roma, em 1853. A cena se passa num jardim, quando Leonora confidencia a Inez que está apaixonada por um cavaleiro, que venceu um recente torneio. E que esse sabe que esse amor é correspondido. É mais uma demonstração da força da música, produzido por um Verdi aos 40 anos. Tudo isso está além dos egos.

Emlurb quer implantar Projeto Coleta Seletiva em todos os órgãos da administração



O documentário “Lixo Extraordinário”, do artista plástico paulistano Vik Muniz, será o primeiro filme exibido pela Sessão Documentário que a Empresa Municipal de Limpeza e Urbanização (Emlurb) vai lançar às 10 horas do próximo dia 14, na sede da instituição . A iniciativa integra as ações do Projeto Coleta Seletiva Solidária e tem como objetivo sensibilizar os servidores da Administração Municipal para a questão dos resíduos sólidos na perspectiva de inclusão social dos catadores de lixo. A sessão será promovida quinzenalmente.

A Secretaria Executiva Regional (SER) IV será a primeira contemplada com a Sessão Documentário por ser o território da Emlurb. O evento vai reunir representantes dos núcleos de educação e saúde, mobilização social, servidores dos distritos de assistência social, meio ambiente e agentes comunitários de saúde. De acordo com a coordenadora do Projeto Coleta Seletiva Solidária, Anastácia Martins, a ideia é abrir uma discussão entre os participantes sobre o aproveitamento do descartável transformado em arte e incentivar os órgãos à implementação do Projeto Coleta Seletiva com a perspectiva da inclusão de catadores.

Para Anastácia, essa é mais uma ação preventiva da Prefeitura que casa com o trabalho de combate à dengue. O próximo encontro será com o pessoal da SER III. “Além das regionais, vamos estender o convite a todas pastas temáticas da Prefeitura como Seman, Seinf e outros, a fim de que o projeto ganhe a dimensão que queremos ”.

O filme - “Lixo Extraordinário”, cedido à Emlurb pelo Fórum do Lixo e Cidadania, enfoca o trabalho de Vik Muniz junto aos catadores de Lixo do Jardim Gramacho, em Duque de Caxias, Rio de Janeiro. O filme que revela o passa a passo criativo de Vik é ainda um registro dos catadores em busca de oportunidade na vida e ganhou prêmio de audiência para melhores documentários internacionais no Festival de Sundance. O artista utiliza em seu trabalho materiais de sucata, poeria, caviar e até lixo como matéria-prima para desenhar, e, depois fotografar ampliando tudo em grandes formatos.


Mais informações com os assessores de Comunicação da Emlurb, Cleneide Nunes nos telefones 3223.8910/9623.1123 e Marcus Peixoto no telefone 8756.7859.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Fernando Pessoa compara viajar a ser outro constantemente

j. japonês by marcus peixoto
j. japonês, a photo by marcus peixoto on Flickr.
Viajar

Viajar! Perder países!
Ser outro constantemente,
Por a alma não ter raízes
De viver de ver somente!
Não pertencer nem a mim!
Ir em frente, ir a seguir
A ausência de ter um fim,
E a ânsia de o conseguir!

Viajar assim é viagem.
Mas faço-o sem ter de meu
Mais que o sonho da passagem.
O resto é só terra e céu.


Fernando Pessoa, 20-9-1933

terça-feira, 5 de abril de 2011

Vila das Artes apresenta decálogo de Krzysztof Kieslowski

Krzysztof Kieslowski
A edição oficial e exclusiva de Decálogo, obra do cineasta polonês Krzysztof Kieslowski  está sendo apresentada na Vila das Artes desde ontem até 8 de abril. Realizado para a televisão polonesa em 1988, Decálogo é um conjunto de filmes inspirados nos Dez Mandamentos. Ambientadas no mesmo condomínio de Varsóvia, a capital da Polônia, as histórias ilustram conflitos morais e dramas familiares. Uma obra monumental e indispensável que foi vencedora do Prêmio da Crítica Internacional no Festival de Cinema de Veneza, e que consagrou Kieslowski.
“Há seis mil anos, esses mandamentos têm sido inquestionavelmente corretos. Porém, nós os desobedecemos todos os dias. As pessoas sentem que a vida tem algo de errado. Há uma espécie de atmosfera que faz com que as pessoas busquem outros valores. Elas querem contemplar as questões básicas da vida e, provavelmente, é essa a verdadeira razão para contar essas histórias”, atesta Kieslowski.
A Mostra inaugura o início do Cineclube Vila das Artes de 2011 e acontece pela parceria com o Sesc Fortaleza, detentor dos direitos autorais para exibição dos filmes. A abertura acontece na segunda-feira (4), às 18h30, na Vila das Artes (Rua 24 de Maio, 1221, Centro) e recebe pesquisadores e cineastas para refletirem com o público sobre a obra. A Vila é um equipamento da Prefeitura de Fortaleza, vinculada à Secretaria de Cultura, voltado para a formação em artes, apoio à produção, incentivo à pesquisa e difusão cultural. Informações pelo 3252-1444.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Em discussão, amor e sexo na velhice

Uma senhora viúva se apaixona por um homem negro e muçulmano 20 anos mais novo. Eles decidem se casar e, juntos, enfrentam as opiniões contrárias das pessoas quanto ao relacionamento. Porém, ao mesmo tempo em que vão vencendo as dificuldades e preconceitos, começam a questionar a relação. As relações de amor e sexo na velhice ou entre casais de faixas etárias diferentes, assim como o preconceito gerado pela abordagem do assunto nas telas de cinema, são foco do evento “Amores (im)possíveis?”, a se realizar de 5 a 8 de abril na Casa de Cultura Alemã da Universidade Federal do Ceará. A proposta é discutir, através de mostra de filmes, palestras e mesas redondas, as diferentes formas de representação do envelhecimento. “Trata-se de um desafio.
Os momentos íntimos são problemáticos de serem representados, pois a tela de cinema ainda é vista como um espaço para jovens. Alguns cineastas alemães e brasileiros ultrapassaram esse tabu”, explicam os organizadores do evento. 
Seis filmes serão exibidos e debatidos: “O medo devora a alma” (1974, de Rainer Werner Fassbinder), “Nuvem 9” (2007/2008, de Andreas Dresen), “Toda nudez será castigada” (1973, de Arnaldo Jabor), “O outro lado da rua” (2004, de Marcos Berns-tein), “Flores da cereja / Hanami” (2007/2008, de Doris Doerrie) e “José e Pilar” (2010, de Miguel Gonçalves Mendes).
A programação completa, assim como o nome dos debatedores e comentaristas convidados, pode ser conferida no Portal da UFC (www.ufc.br). O evento é uma realização da Casa de Cultura Alemã, em parceria com o Instituto de Cultura e Arte (ICA) da UFC, Departamento de Letras Estrangeiras da UFC, Instituto Cultural Goethe, Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico.
Fonte: Profª Ute Hermanns, da Casa de Cultura Alemã da UFC – (fone: 85 3366 7642)

sexta-feira, 1 de abril de 2011

O Guarani detém maior número de representações no mundo inteiro



Ópera baile em quatro atos do compositor paulista Carlos Gomes com base no romance O Guarani, do escritor cearense José de Alencar. Sua estreia aconteceu no Teatro alla Scala, Milão, em 1870. É a ópera brasileira com maior número de representações em todo o mundo. A protofonia, que se tornou o segundo hino nacional brasileiro, é ainda hoje uma espécie de vinheta da Hora do Brasil, e somente foi introduzida um ano depois, durante uma exposição industrial em Milão.
A história se firma numa trama amorosa formada por Cecília (Ceci), Peri (indígena), Álvaro e Gonzalez. A mulher branca se apaixona pelo nativo num jogo de intrigas que envolve o martírio, o sacrifício e, especialmente, o conflito de culturas. Não apenas esse caldo exótico, mas a beleza musical encantou o Scala e logo Carlos Gomes foi associado ao maior compositor operístico de sua época: Verdi.
Há quem veja na obra do compositor brasileiro o traço derivativo e formalmente pobre. No entanto, há inovações que desafiaram a ópera italiana, como incluir um balé, que depois foi adotado por Verdi, em Aída.