A apresentação de The Wall em Berlim, em 21 de julho de 1990, fez parte das comemorações da derrubada do muro. Eis porque a grandiosidade do espetáculo era aguardada por todos, inclusive pela Prefeitura de Berlim, que queria aproveitar todo o efeito publicitário da nova cidade. Admite-se ter sido um dos maiores espetáculos de musica no mundo, pelo número de artistas, bandas e até contando com participações de militares.
Claro que Senead O´Connor, cantando Mother, tinha mais ênfase na dramaturgia: cabeça raspada e roupa de quem acabava de sair de uma clínica de desintoxicação. Não foi apenas o fato de ter rasgado a foto do Papa João Paulo II, que passou a ser questionada - não em suas convicções religiosas - mas no seu comportamento desesperado. É bom lembrar que não chegou a terminar uma canção, durante o tributo a George Harrison, sendo amparada por companheiros de palco.
A música chegou a ser considerada ambígua, com influência facista. Senti falta de David Gilmore e Roger Waters está presente até demasiado no palco. O importante foi a queda do muro, em 1989, um ano antes do show.Simbolizava o fim da crueldade ontológica de se dividir alemães e também da guerra fria. Confirmou o princípio de quando o homem sente o cheiro da liberdade, ele caminha mil quilômetros ou mais em sua busca
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