De Masi argumenta que, tradicionalmente, a sociedade valorizava apenas o trabalho e a produtividade como formas de contribuição para a sociedade. No entanto, com o avanço da tecnologia e automação, houve uma redução do tempo necessário para a realização das tarefas. Isso resultou em mais tempo livre disponível para as pessoas, mas também trouxe a necessidade de repensar o significado e o valor do ócio.
Segundo De Masi, o ócio não deve ser visto apenas como uma pausa do trabalho, mas sim como um momento de liberdade e expressão criativa. Ele defende que o ócio criativo é uma mistura de lazer e trabalho, em que as pessoas podem se dedicar a atividades que realmente gostam e que as motivam. Através desse tipo de ócio, é possível estimular a criatividade, explorar novos projetos e ideias, e desenvolver habilidades pessoais.
Ao contrário do ócio improdutivo, em que as pessoas se envolvem em atividades passivas ou de entretenimento sem nenhum propósito maior, o ócio criativo é caracterizado pela busca de atividades que tragam satisfação pessoal e também tragam benefícios para a sociedade. Pode ser o desenvolvimento de um hobby, a prática de um esporte, a criação de obras artísticas ou até mesmo a colaboração em projetos comunitários.
O criador do conceito de ócio criativo, Domenico De Masi, é um renomado sociólogo italiano. Ele nasceu em 1946, em Roma, e se formou em Economia na Universidade La Sapienza, na mesma cidade. Durante sua carreira, De Masi se dedicou a estudar as mudanças no mundo do trabalho e a relação entre trabalho e qualidade de vida.
Além de "O Ócio Criativo", De Masi também escreveu outros livros de destaque, como "O Futuro do Trabalho" e "O Capital Social". Seus estudos e ideias influenciaram diversos campos, incluindo a sociologia, a psicologia e a administração. Ele é considerado um pensador contemporâneo importante ao abordar temas relacionados ao trabalho, tempo livre e felicidade.
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