A Polícia Federal (PF) cumpriu, na manhã desta quinta-feira (29), mandados de busca e apreensão contra o general da reserva Ridauto Lúcio Fernandes, ex-integrante das Forças Especiais do Exército Brasileiro. Ele é suspeito de ser um dos idealizadores dos ataques de 8 de janeiro, que tentaram impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.
As buscas foram realizadas em endereços do general em Brasília e no Rio de Janeiro. Os agentes da PF apreenderam computadores, celulares e documentos relacionados às investigações.
O general Fernandes é um dos principais nomes envolvidos no chamado "gabinete paralelo" que assessorou o ex-presidente Jair Bolsonaro durante seu governo. Ele é acusado de ter participado da articulação dos atos golpistas de 8 de janeiro, que contaram com a participação de milhares de apoiadores de Bolsonaro.
Nos dias que antecederam os ataques, o general Fernandes se reuniu com outros militares e bolsonaristas para discutir a estratégia para impedir a posse de Lula. Em uma dessas reuniões, ele teria defendido a ideia de que os militares deveriam se rebelar contra o resultado das eleições.
No dia dos ataques, o general Fernandes esteve presente na manifestação que ocorreu na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Ele chegou a discursar para os apoiadores de Bolsonaro e pediu que eles não deixassem o Congresso Nacional.
A investigação da PF sobre os ataques de 8 de janeiro já identificou a participação de dezenas de militares, tanto da ativa quanto da reserva. Outros generais, como Luiz Eduardo Ramos, Braga Netto e Paulo Sérgio Nogueira, também são investigados.
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