É do mundo exterior que o conhecimento precisa vir a nós, pela leitura, audição e contemplação. Wendy Beckett
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quarta-feira, 23 de maio de 2012
Alegrias de uma noite mágica que devem ser compartilhadas
A imperfeição é um peso enorme para a humanidade. Se uma pessoa escreve um "a", mas não puxa a perninha o que posso pensar? A letra de médico ou aquela do repórter apressado para colher a informação pode representar, mesmo sabendo que estamos indo ao extremos dos extremos, num receituário criminoso, no caso do doutor, ou num injusto ataque à moral, como acontece com os chamados "historiadores do presente", os jornalistas.
É bem verdade que a caneta e o papel caminham para o desuso breve, em vista das planilhas eletrônicas, do uso do computador, mas ainda não é a realidade atual. O que tem sido comum em ambos os casos é a incompetência e a presunção disfarçadas nas mal traçadas linhas. Isso vale para ambas as categorias. E como se parecem na arrogância, na demonstração de falsos saberes e falsos talentos. Médico que é cantor, jornalista que tanto fala eloquentemente sobre a extração de petróleo no pré-sal quanto dos quadros de Miró fazem parte da mesma mistura de dons, que a loucura confunde numa auto estima, que por não representar realmente grande valor, ou será admirada por meia dúzia bajuladores ou simplesmente repudiada e ridicularizada.
Isso funciona em muitos casos e eu poderia vestir a carapuça se não fosse a grande fé no meu espírito, agora relutante em subonar-me às ilusões. Errando o "a", enaltecendo o que considerava genial fiz apenas parte do cortejo dos bobos alegres. Mesmo escrevendo no computador, continuo susceptível a errar, confundir palavras e magoar e padecer do destino da falibilidade. Mas eis que agora descobri São Paulo, e daí tenho uma visão. É como se eu estivesse escutando falar aos Efésios "não saia da sua boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graças aos que a ouvem".
Assim, continuarei admirando e falando dos quadros de Miró... Não posso, seria uma blasfêmia não compartilhar meu deslumbramento pelo concerto de cordas de Bach. Meu Deus, por que perdi tanto tempo contemplando e buscando saber sobre as fraquezas humanas, fuçando nas redes sociais como o mais hipócrita fofoqueiro deste começo de século?... Quanto tempo foi perdido, quando são os exemplos de fortaleza de seus artistas que mais enaltecem sua obra criadora e nos faz aceditar que a perfeição é possível?
Uma noite calma e silenciosa se avizinha e mais uma vez sinto que há música na quietude. Seus doces metais, flautas, harpas e violinos se misturam, se intercalam... param, por algum momento para que seja introduzido um solo de algum outro instrumento que somente identifico pela beleza. Eouvindo aquilo que edifica, minha alma se enche de alegria.
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sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
Handel dá alma ao instrumento musical
Georg Friedrich Händel (1685-1759), compositor alemán, aunque nacionalizado británico. Fue uno de los más grandes compositores de la última etapa barroca.
Nació el 23 de febrero de 1685 en Halle, Alemania, en el seno de una familia sin tradición musical. No obstante, su talento se manifestó de tal manera que, antes de cumplir los diez años, comenzó a recibir, de un organista local, las únicas clases a las que asistió en toda su vida. Aunque su primer trabajo, a los 17 años, fue como organista de iglesia en Halle, sus gustos musicales no correspondían con ese cargo. En 1703 se trasladó a Hamburgo, el centro operístico de Alemania por aquel entonces. Fue allí donde, en 1704, compuso su primera ópera, Almira, que obtuvo gran éxito al año siguiente. Poco más tarde, insistiendo en su deseo de conseguir prestigio como compositor de ópera, marchó a Italia. Su primera parada fue en Florencia y en la primavera de 1707 viajó a Roma, donde disfrutó del mecenazgo tanto de la nobleza como del clero. En Italia compuso óperas, oratorios y pequeñas cantatas profanas. Su estancia en Italia finalizó con el éxito de su quinta ópera, Agrippina (1709), estrenada en Venecia.
Händel evitó las rigurosas técnicas contrapuntísticas de su compatriota y contemporáneo Johann Sebastian Bach y basó su música en estructuras sencillas, de acuerdo con sus creencias estilísticas. No obstante, la obra de ambos compositores refleja la época en que vivieron. Tras ellos, la ópera tomó un camino diferente y los géneros favoritos del barroco, como la sonata para trío y el concerto grosso, se abandonaron durante mucho tiempo. El desarrollo de la orquesta sinfónica y del pianoforte permitió investigar materias que se habían descartado en el periodo barroco. A pesar de todo, la influencia de ambos compositores no descansa en ejemplos específicos. El legado de Händel se basa en la fuerza dramática y la belleza lírica de su música. Sus óperas abarcan desde los esquemas rígidos y convencionales hasta un tratamiento más flexible y dramático de los recitativos, ariosos, arias y coros. Su habilidad para construir grandes escenas en torno a un sólo personaje la desarrollaron compositores como Wolfgang Amadeus Mozart y el italiano Gioacchino Rossini en sus scenas dramáticas. La herencia más importante de Händel es, sin duda, la creación del oratorio dramático, alejado de las tradiciones operísticas existentes y llevado a término por su imaginación creativa. Los oratorios del austriaco Joseph Haydn y del alemán Felix Mendelssohn están influidos en gran medida por los de Händel. Fue uno de los primeros compositores de quien se escribió una biografía (1760), que tuvo celebraciones por el centenario de su nacimiento y cuya música se publicó en su totalidad (cuarenta volúmenes, 1787-1797). Ludwig van Beethoven alabó estas publicaciones. A pesar de que hoy día, al igual que durante el siglo XIX, se conoce a Händel por obras como El Mesías y Música acuática, cada vez más se intenta mostrar el resto de sus composiciones, especialmente las óperas. Su genio musical merece ser recordado en toda su amplitud.
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