É do mundo exterior que o conhecimento precisa vir a nós, pela leitura, audição e contemplação. Wendy Beckett
Pesquisar este blog
Olá
Muito me alegra pela sua visita. É um blog pretensioso, mas também informativo
Mostrando postagens com marcador Cecília Meireles. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Cecília Meireles. Mostrar todas as postagens
sexta-feira, 25 de novembro de 2011
Poemas de Cecília Meireles são mote para contação de histórias
Acontece hoje, (25), a partir das 18h30min, o espetáculo de contação de histórias “Brincadeiras com Cecília”, promovido pelo Grupo Convite de Contadores de Histórias, projeto de extensão do Departamento de Ciências da Informação da Universidade Federal do Ceará. Será no auditório do Sindicato dos Docentes das Universidades Federais do Estado do Ceará (Av. da Universidade, 2346 – Benfica) e é gratuito.
O espetáculo acontece a partir de poemas do livro “Ou Isto ou Aquilo”, de Cecília Meireles, e será encenado por alunos do Curso de Biblioteconomia da UFC: Júlio Duarte, Jardênia Cardoso, Bianca Soares, Sara Suyane, Flávia Brena, Gecilane Cejas e Larisse Macêdo.
Além de divulgar a literatura nacional, neste caso a obra da poetisa carioca, o Grupo Convite tem como objetivo incentivar a leitura através da oralidade e narrativa, além de apresentar o lado lúdico do Curso de Biblioteconomia. O projeto ainda resgata a contação de história como ação educativa singular para a valorização da literatura, formando leitores e democratizando a leitura.
Fonte: Júlio Duarte de Oliveira, bolsista do Grupo Convite de Contadores de Histórias – (fone: 85 8769 4355)
--
Marcadores:
Cecília Meireles,
Poesia
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
Como encomendar uma obra de arte
Poesia
Encomenda
Encomenda
Foto: Marcus Peixoto |
Desejo uma fotografia
como esta — o senhor vê? — como esta:
em que para sempre me ria
como um vestido de eterna festa.
Como tenho a testa sombria,
derrame luz na minha testa.
Deixe esta ruga, que me empresta
um certo ar de sabedoria.
Não meta fundos de floresta
nem de arbitrária fantasia...
Não... Neste espaço que ainda resta,
ponha uma cadeira vazia.
Cecília Meireles
sábado, 4 de setembro de 2010
Poemas de Cecília Meireles fazem o amor transbordar
Acordando
Em sonho, às vezes, se o sonhar quebranta
Este meu vão sofrer; esta agonia,
Como sobe cantando a cotovia,
Para o céu a minh'alma sobe e canta.
Canta a luz, a alvorada, a estrela santa,
Que ao mundo traz piedosa mais um dia...
Canta o enlevo das cousas, a alegria
Que as penetra de amor e as alevanta...
Mas, de repente, um vento humido e frio
Sopra sobre o meu sonho: um calafrio
Me acorda. — A noite é negra e muda: a dor
Cá vela, como d'antes, ao meu lado...
Os meus cantos de luz, anjo adorado,
São sonho só, e sonho o meu amor!
Antero de Quental, in "Sonetos"
Este meu vão sofrer; esta agonia,
Como sobe cantando a cotovia,
Para o céu a minh'alma sobe e canta.
Canta a luz, a alvorada, a estrela santa,
Que ao mundo traz piedosa mais um dia...
Canta o enlevo das cousas, a alegria
Que as penetra de amor e as alevanta...
Mas, de repente, um vento humido e frio
Sopra sobre o meu sonho: um calafrio
Me acorda. — A noite é negra e muda: a dor
Cá vela, como d'antes, ao meu lado...
Os meus cantos de luz, anjo adorado,
São sonho só, e sonho o meu amor!
Antero de Quental, in "Sonetos"
Ninguém me Venha Dar Vida
Ninguém me venha dar vida,
que estou morrendo de amor,
que estou feliz de morrer,
que não tenho mal nem dor,
que estou de sonho ferida,
que não me quero curar,
que estou deixando de ser
e não me quero encontrar,
que estou dentro de um navio
que sei que vai naufragar,
já não falo e ainda sorrio,
porque está perto de mim
o dono verde do mar
que busquei desde o começo,
e estava apenas no fim.
Corações, por que chorais?
Preparai meu arremesso
para as algas e os corais.
Fim ditoso, hora feliz:
guardai meu amor sem preço,
que só quis a quem não quis.
Cecília Meireles, in 'Poemas (1947)'
que estou morrendo de amor,
que estou feliz de morrer,
que não tenho mal nem dor,
que estou de sonho ferida,
que não me quero curar,
que estou deixando de ser
e não me quero encontrar,
que estou dentro de um navio
que sei que vai naufragar,
já não falo e ainda sorrio,
porque está perto de mim
o dono verde do mar
que busquei desde o começo,
e estava apenas no fim.
Corações, por que chorais?
Preparai meu arremesso
para as algas e os corais.
Fim ditoso, hora feliz:
guardai meu amor sem preço,
que só quis a quem não quis.
Cecília Meireles, in 'Poemas (1947)'
Assinar:
Postagens (Atom)