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sábado, 27 de agosto de 2011

Repetição de guerras põe em questão o valor do humanismo e da vida

[Venezuela+1962.jpg]


Afirmar que a vida vale a pena e não conseguir desarmar estados beligerantes parece ser, ironicamente, uma batalha perdida. O tempo tem-se encarregado em mostrar que pouco ou quase nada avançamos em conter a indústria da guerra e não inserir as armas como produto necessário para a solução dos conflitos ou para a preparação desses. No lugar da caridade, da piedade e da harmonia há uma competitividade cruel na política, na economia e que se reflete nas relações pessoais.
Thomas Hobbes dizia que "um homem não pode se abster do direito de resistir àqueles que o atacam pela força para lhes privar a vida". Era explicitamente a favor da guerra, não tão enfaticamente quanto foi Heidegger. Ao mesmo tempo, outras correntes de pensadores como Hannah Arendt e os formadores da Escola de Frankfurt, para citar algumas, eram contrárias e responsabilizavam a incapacidade das ideologias e dos sistemas em corrigir o que estava errado.
Não obstante a guerra ter sido assunto que permeou não apenas as reflexões dos filósofos e humanistas, houve o malogro dos movimentos pacificistas, que ganharam força em meados da década de 1960. Essa é uma fotografia que retrata o humanismo e a guerra. Trata-se de um soldado ferido pedindo a proteção de um padre durante a insurreição cívico-militar na Venezuela em 1962, de autoria do fotógrafo Héctor Rondon e publicada na revista Life no mesmo ano.  A tragédia humana se repete com enredos e pretextos diferentes, quer para derrubar ditaduras como as do Iraque e da Líbia, quer para dissuadir inimigos em potencial.

quarta-feira, 30 de março de 2011

A Origem do Totalitarismo é a reflexão suprema sobre a humanidade




Hannah Arendt, nascida como Johanna Arend, escreveu a Origem do Totalitarismo (1951) , em que discorre, sobre a história do povo judeu através dos séculos. Em tempos de faculdade, sua leitura era quase obrigatória, pela erudição e cultura pessoal, em que analisava o fenômeno do ponto de vista da defesa do individualismo e da moral. um tópico importante, foi escrito depois como uma contribuição para a revista New Yorker, com uma análise sobre Karl Adolf Eichmann, com o título Eichmann em Jerusalém
Eichmann foi considerado o grande responsável pela logística na retirada de judeus de guetos e levados para os campos de extermínio. Sobre ele, Hannah escreveu que não se tratava de um monstro, mas um funcionário aplicado e eficiente, sem refletir sobre seus atos. Não se tratava de banalizar os crimes, mas mostrar a indiferença do povo alemão e o processo de formação do sujeito político em ser isolado do diálogo com os outros. O general alemão foi preso na década de 1960 na Argentina, numa ação ousada do Mossad, o serviço secreto de Israel, e condenado à pena de morte..
A reflexão se insere nos seus estudos sobre o totalitalismo instigando o leitor a reconhecer os efeitos e as responsabilidades praticadas pelos agentes do nazismo, na chamada "Solução Final", questionando a existência dos tribunais, como o de Jerusalém, em que se destacasse a Condição Humana, e não apenas o problema vivido pelos judeus.

domingo, 21 de novembro de 2010

Hannah Arendt nunca fala palavras pequenas




Divulgação

Poesia de Hannah Arendt:

Palavras de amor


Não sei se falo
Palavras pequenas
Porém não agüenta
O peso que arrola
Meu coração

À distância nos trás
Reações que não sabemos
Descrever 
Mas sim senti-las
A solidão que nos leva
A entender loucas razões

E não há distâncias
Metros de ti
Pois pulsa calado e abandonado
A declaração

Palavras não são
O todo e o inteiro
Pra poder expressar
Que em silêncio
Te amo


tradução: Geraldo Neto e Hanna Beatriz