É do mundo exterior que o conhecimento precisa vir a nós, pela leitura, audição e contemplação. Wendy Beckett
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sábado, 10 de dezembro de 2011
Gypsy Rose Lee inventou o striptease norte-americano
Uma das mulheres mais bonitas do cinema de todos os tempos, Gypsy Rose Lee (1914-1970) é considerada a inventora do striptease norte-americano. Porém, não há nada de sexo sujo ou supeficial como as danças que são apresentadas nos dias de hoje. Aqui se nota claramente suas deficiências como dançarina e cantora. No lugar dessas qualidades, há uma presumida sensualidade e um humor, que se adequavam à moral da época.
Aliás, vale lembrar que os meados da década de 1940 eram da eclosão da II Guerra Mundial. Na Europa e nos Estados Unidos, experimentavam-se o fluxo e o refluxo da permissividade, que se expressavam na literatura, no cinema e na dança. Não foi à toa que o The Times se antecipava a essa época, em 1930, e declarava: "A degradação moral é o prelúdio da queda".
Rose Lee, também conhecida por Rose Louise Hovick/Louise Hovick, foi atriz de filmes, teatro burlesco e escritora, escreveu em homenagem a sua mãe, a peça musical e filme "Gypsy".
Em 1941, Gypsy Rose Lee escreveu um livro de suspense chamado "The G-String Murders" que se transformou em filme em 1943, "Lady of Burlesque", estrelado por Barbara Stanwyck. Seu segundo livro, "Mother Finds a Body", foi publicado em 1942.
Enquanto trabalhava no Minsky's, Gypsy Rose Lee teve uma vida amorosa intensa, com diversos parceiros. Em Hollywood, ela se casou com Arnold "Bob" Mizzy em 1937 por insistência do estúdio, o casamento acabou em 1941. Gypsy naquela época estava apaixonada por Michael Todd, e em 1942 numa tentativa de provocar ciúmes, ela se casou com William Alexander Kirkland. Se divorciaram em 1944 e tiveram um filho. Gypsy Lee foi casada ainda por uma terceira vez em 1948 com Julio de Diego, mas também se divorciaram. Também teve um caso público com o escritor Carson McCullers.
Em 1969, foi diagnosticado câncer nos pulmões pelos médicos. Ela fundou uma das primeiras instituições dedicadas a cães chineses nos EUA, que foi vendida após sua morte para Ida Garrett e Deborah Woods.
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domingo, 7 de agosto de 2011
Gold Diggers, de Busby Berkeley, é um momento curto para a beleza intensa
Gold Diggers, de 1933, de Busby Berkeley (1895-1976), tem vários méritos. E um desses, não menos importante, é a vitória do coletivo sobre o individual. O musical nos remete a tempos nostálgicos, em que o movimento da câmara, a canção romântica, a coregrafia bem planejada, e o artesanato da produção resultam num só termo: o esmero da produção.
Felizmente, Gold Diggers, um dos clássicos do diretor, encontra-se digitalizado e podemos apreciar com qualidade todo esse primor de arte. Sobre o diretor, Cristiano Câmara enaltece a sintonia que faz entre o valor individual de cada participante, como o cantor, a dançarina, o cenógrafo, a iluminação e os efeitos (que não eram especiais assim naqueles anos), mas consegue chegar a algo parecido a um caleidoscópio.
Busby Berkeley nasceu em 29 de novembro de 1895, em Los Angeles, Califórnia, filho de artistas de teatro. Começou trabalhando em uma fábrica de sapatos e se alistou para o Exército, com o início da Primeira Guerra Mundial. Acabou apresentando alguns espetáculos para a tropa. Após a guerra, iniciou carreira como ator e coreógrafo em musicais de teatro. Em 1928 já acumulava cinco shows na Broadway e foi chamado para o cinema. Seu primeiro trabalhou foi em Whoopee (1930), que coreografou. Após o filme, assinou contrato com a Paramount. Seguiram-se Kiki (1931), Palmy Days (1931), dentre outros, que o desanimaram da carreira. O sucesso, de fato, começou com Rua 42, que ele atuou como diretor de dança. Após o filme ganhou um contrato de sete anos.Quando assinou contrato com a Warner, fez questão de informar que dirigiria os filmes, e não apenas somente as partes musicais. Em 1935 o diretor foi processado após um acidente automobilístico causar a morte de três pessoas. Foi absolvido, mas ficou abalado com o fato. Na Warner fez filmes como Hotel de Hollywood (1937), Os Homens são uns Trouxas (1938), No Mundo da Lua (1938), Promessa Cumprida (1938), dentre outros. No final da década de 30 entrou para a MGM, onde dirigiu Judy Garland em Sangue de Artista (1939), Um Casal em Apuros (1939), O Rei da Alegria (1940) dentre outros. Após sucessos na MGM, foi emprestado para outros estúdios e iniciou um processo de desemprego e depressão. Tentou suicídio e chegou a ser internado em um sanatório.Seu último filme como diretor foi A Bela Ditadora (1949), com Gene Kelly. Busby faleceu em 14 de maio de 1976. Tinha 80 anos.
quinta-feira, 14 de julho de 2011
Antonio Canales interpreta Granada de Isaac Albeniz
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Granada, com o dançarino Antonio Canales, música Isaac Albeniz. Techo do filme Iberia, de Carlos Saura. Canales, espanhol, é um apaixonado pela dança flamenca.
Albeniz , como uma criança que era excepcionalmente talentosa no piano, apresentou-se pela primeira vez públicamente em Barcelona, com quatro anos. Dois anos depois sua mãe o levou para Paris, onde, durante nove meses, ele estudou com Antoine François Marmontel, um renomado professor de piano no Conservatório de Paris. Tentou inscrever-se no Conservatório de Albéniz, mas foi negado a admissão, porque era muito jovem. Ao retornar à Espanha, deu vários concertos e publicou a sua primeira composição, Marcha Militar. Foi uma das figuras mais importantes da história musical da Espanha, além de ter contribuído para criar um idioma nacional e uma escola nativa de música para piano
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sábado, 16 de abril de 2011
Pulp Fiction apresenta a dança como contraponto da violência banal
Três histórias são apresentadas de forma não cronológica ao público. Em uma, conhecemos Vincent Vega (John Travolta) e Jules Wino (Samuel L. Jackson), dois mafiosos que devem fazer uma cobrança, que termina em chacina e com uma violenta seqüência no carro. Em outra história, Vincent deve levar a mulher de seu chefe (Uma Thurman) para se divertir enquanto ele viaja, mesmo com todos os boatos que rodeiam o caso. Por último, conhecemos Butch Coolidge (Bruce Willis), um boxeador que deve lutar em um combate com vencedor pré-definido, mas que surpreende a todos, vence e foge com o dinheiro da luta para provar o seu valor, sendo perseguido logo após.
É no encontro de Vicent com Mia Wallace que se desenvolve uma das cenas mais divertidas do filme, que tanto se notabilizou pela linguagem ousada do cineasta, em subverter o tempo, quanto pela banalização da violência. Aqui temos um Travolta de volta às telas e fazendo o que ele sabe mais: dançar. Palma de Ouro em Cannes.
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terça-feira, 15 de março de 2011
Mimi dá um baile de sensualidade em Lua de Fel
Lua de Fel (Bitter Moon), de 1992 é considerado um filme menor na biografia de Roman Polanski. Na verdade, como artista que se preza teve seus altos e baixos, assim como também foi sua vida pessoal. Impressionante que o enredo não despertaria grande interesse, se comparado com temáticas expostas de forma primorosa em o Bebê de Rosemary e Chinatown. Afinal, Oscar (Peter Coyote) um escritor norte-americano radicado em Paris, e Mimi (Emmanuelle Seigner) uma jovem francesa dançarina, vão desenvolvendo uma relação de amor e ódio, que vez por outra é reprisado na manifestação dos temidos instintos humanos.
Aqui vale pela diferença que o diretor faz entre erotismo e pornografia, pois a sensualidade é uma linguagem expressando o fosso entre o animal e o ser humano. É um dos meus favoritos, porque Polanski coloca no seu devido lugar a dramaturgia, a plasticidade e a dança
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terça-feira, 2 de novembro de 2010
Briga de rua? Baixaria? Não, temos a mão de Carlos Saura
Briga de rua. Baixaria mesmo. Mas não nas mãos geniais do cineasta espanhol Carlos Saura, em seu filme Iberia, com músicas de Albéniz. Mais uma vez, se comprova como a mulher é plástica, e quando se trata de dança, no caso o flamenco, os homens ficam muito para trás.
Saura sempre tem destacado a dança em seus filmes, fez isso com Carmen, Tango e muito subliminarmente em Mamãe faz 100 anos.Ibéria é uma homenagem ao seu País no que tem de muito belo, a dança que, nos seus lampejos, nos passam as emoções mais sensuais
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