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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Colunas que sustentam e enfeitam cidades e suas gentes e reverenciam os mortos


Mausoléu de Caio Prado. Foto: Bruno Gomes


No príncípio, serviam apenas como peça da construção civil para sustentação de edificações. Depois tiveram traços mais elaborados e passaram também a ornamentar as cidades. Por fim, são também uma forma simbólica para chamar a atenção de valores sentimentais e intelectuais de uma época ou civilização.
Além da coluna que serve de suporte, existe a de caráter comemorativo, exemplificada pela coluna de Trajano, no Fórum romano, com seus relevos históricos.

Não obstante as imitações romanas, as mudanças sentidas no período barroco, o surgimento de novos materiais, o certo é que há uma assimilação de novas funções, ora como pilastras, ora como torre. E com todas as mudanças sentidas ao longo do tempo, podemos ser categóricos que as grandes referências ainda são da Grécia antiga  e (ainda) as modernas de Oscar Niemeyer. Ambas tanto serviram como peça de sustentação como enfeite de uma construção.
Para o viajante, com olhar atento para a cultura e arte, não há como ignorar que as cidades falam muito de si através das suas arquiteturas, ora preservando, ora escolhendo novas escolas e tendências. Nossas percepções são importantes, porque sempre reconhecemos que somos melhores juízes em causas alheias do que nas causas próprias. Assim, as edificações e suas formas de construção, tanto descambando para a opulência quanto para a extravasão passional, são revelações muito claras dos povos que a constituem.
No Ceará, chama a atenção o mausoléu do ex-governador Caio Prado. Uma imensa coluna partida ao meio remete a dor que causou a seus familiares, quando morreu aos 36 anos, no ano de 1853, vítima de febre amarela. Jornalista e advogado, teve papel atuante na política do Nordeste, sendo mecionado no livro A Normalista de Adolfo Caminha. A coluna de mármore e mutilada na sua extremidade superior, como se tivesse sido atingida por um bombardeio, está exposta no Cemitério São João Batista, em Fortaleza. Essa  mostra o quanto a família se desestruturou com o final de seus dias.

Monumento da Coluna Prestes. Foto: Divulgação
Na história da arquitetura, pode-se afirmar dois exemplos e dois estilos distintos na concepção das colunas. As gregas atingiram o máximo de beleza, criando três ordens clássicas:  dórica, jônica e coríntia. Nos tempos modernos, são citadas no mundo todo a contribuição do brasileiro Oscar Niemeyer, primando pela leveza e ineditismo, que elevaram suas criações ao patamar da arte.
No Brasil, o perigo foi achar que somente o moderno tinha  valor e se tentou criar uma padronização, que o certo, o funcional e esteticamente valoroso, era tudo aquilo que se inspirava na Catedral de Brasília e nos Palácios do Itamaraty e da Alvorada. Com isso, houve uma destruição ou menosprezo a outras manifestações, que remetiam aos ornamentos em capiteis e espirais, por exemplo e que fazem parte dos periodos de transição. Esse desmonte do patrimônio histórico nacional serviu de mais conteúdo para Adorno perpetuar o pensamento sobre as cidades do Novo Mundo, as quais teriam saído da bárbarie para a decadência, sem passar pela civilização.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Passado de glória e encantos na decadente Jacarencanga


A ideia de incluir os antigos casarões no city tour de Fortaleza é boa e é ruim. Boa se for a longo prazo e caso ocorra uma reforma do bairro, que se encontra degradado. Ruim caso se aponte para o imediatismo e não aproveite o que a área tem de melhor para oferecer. Na verdade, foi-se o tempo em que o bairro ostentava o título de reduto das elites de Fortaleza. Seus casarões, sobrados e mansões remanescentes fazem parte de um passado glorioso. No entanto, apesar das mudanças, ainda há atrativos no Jacarecanga que o colocam como um bairro que mantém viva a memória de um passado soberbo
Exemplo disso é a casa que foi edificada pelo intelectual Thomaz Pompeu Sobrinho. O imóvel destaca-se pela forte influência do estilo art-nouveau italiano e foi erigido em 1929. Serviu-lhe de residência até o seu falecimento, em 9 de novembro de 1967, aos 87 anos de idade.

Nesse sobrado morou toda a família de Pompeu, uma média de 30 pessoas. Às vezes, até mais, quando, num rompante de curiosidade científica mas inútil (por valor nulo) e inconsequente (por não deter nenhuma noção) abrigava uma tribo indígena do Ceará no início do Século. O objetivo era estudar os costumes das etnias.
A casa tem três pavimentos e era o edifício mais alto do bairro quando foi erguido. A edificação possuía 36 cômodos, 15 quartos, 3 salas e 1 porão.De implantação isolada, gozando de jardins laterais, nos fundos e a sua frente, tendo um recuo de 6 metros em relação a rua. É composto por dois pavimentos, porão e torre mirante. O acesso acontece em nível para o porão (onde "hospedava" a tribo) e em desnível, com escadaria, para o pavimento principal. É notável o esmero no tratamento dado a portada de acesso que se abre para um vestíbulo que precede o interior do edifício.
Há outros casarões, com menos opulência, com mais charmes, mas vai entender como os ricos gastam dinheiro em nome da ostentação...O bairro poderia o último a ser escolhido para área nobre da cidade. Fica na divisa de duas linhas férreas, próximo ao cemitério público e distante da praia. Mesmo assim, foi lá onde se construído o Liceu (onde estudei) na década de 1800, o Corpo de Bombeiros e casas beneficientes para as mulheres sem famílias e os idosos.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Museu do Ceará participa do projeto "Tudo de Cor para Fortaleza"

Mobiliário by marcus peixoto
Mobiliário, a photo by marcus peixoto on Flickr.
Entre os dias 13 e 17 de agosto o Museu do Ceará terá suas portas fechadas em virtude da execução do projeto “Tudo de cor para Fortaleza" da AKZONOBEL/Coral Tintas. Este projeto prevê a pintura das fachadas das lojas da Praça dos Leões e as correspondentes na rua Floriano Peixoto, além da Igreja do Rosário e Palácio da Luz.

Segundo a diretora do Museu, Cristina Holanda, dentro do projeto o Museu do Ceará ganhará pintura externa completa e participará da gravação da parte promocional do evento, incluindo o chamado time lapse.



Confira o cronograma de fechamento:



Sábado 13/08 – será feita a lavagem da porta principal; limpeza e pintura das janelas do andar superior (exposição de longa duração) e administração do Museu;

Segunda-feira 15/08 – Feriado Municipal (Nossa Senhora da Assunção);

Terça-feira 16/08 – Pintura da fachada principal do Museu e gravação (time lapse);e

Quarta-feira – Mutirão de pintura


Fonte: Secult

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

A Antropologia no contexto atual

foto: Marcus Peixoto

Um conjunto de urnas  originadas de regiões antropologicamente remotas, abre as portas do Museu do Ceará. Uma história apresentada com armas, com peças luxuosas, esculturas e pinturas.
Estão reunidas peças históricas e afetivas do Estado e de Fortaleza, como centro das decisões políticas.
Atualmente, disponíveis ao público  seis exposições, incluindo as permanentes.
A temática destaca aspectos burgueses, das oligarquias e faz referências enfáticas ao passado
 de peças importadas da Europa e exibição de indumentárias e armas bélicas.

Museu do Ceará
Rua São Paulo, 51, Centro
Fone: (85) 3101.2610



Antropologia
Museu
Monumento

domingo, 5 de setembro de 2010

Torre de Belém

Foto: Marcus Peixoto







A Torre de Belém foi construída na era das Descobertas (quando a defensa da cidade era de extrema importância) em homenagem ao santo padroeiro da cidade, São Vicente.

Para melhorar a defesa de Lisboa, o rei João II desenhou um plano que consistia na formação de uma defesa constituída por três fortalezas junto do estuário do Tejo. Formava um triângulo, sendo que em cada ângulo se contruiría uma fortaleza: o baluarte de Cascais no lado direito da costa, a de S. Sebastião da Caparica no lado esquerdo e a Torre de Belém na água (já mandada construir por D. Manuel I).

Este monumento está repleto de decoração Manuelina que simboliza o poder do rei: calabres que envolvem o edifício, rematando-o com elegantes nós, esferas armilares, cruzes da Ordem Militar de Cristo e elementos naturalistas.

Com o passar do tempo, e com a construção de novas fortalezas, mais modernas e mais eficazes, a Torre de Belém foi perdendo a sua função de defesa.




Durante os séculos que se seguiram, desempenhou funções de controle aduaneiro, de telégrafo e até de farol.
Foi também prisão política, viu os seus armazéns transformados em masmorras, a partir da ocupação filipina (1580) e em períodos de instabilidade política. Finalmente, em 1983 a UNESCO classificou-a Património Cultural de Toda a  humanidade. ByStrawberry World