É do mundo exterior que o conhecimento precisa vir a nós, pela leitura, audição e contemplação. Wendy Beckett
Pesquisar este blog
Olá
Muito me alegra pela sua visita. É um blog pretensioso, mas também informativo
Mostrando postagens com marcador Renoir. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Renoir. Mostrar todas as postagens
sábado, 26 de novembro de 2011
Nem Zé Povim , nem Povão. O certo é povo. E assim deve ser aceito socialmente
Tenho acompanhado postagens no Facebook que retratam bem a intolerância brasileira. O crescente número de participantes na rede social da moda e, na consequente migração de antigos partipantes do Orkut tomaram uma conotação de discriminação agressiva e aviltante. Escutei comentários de que o brasileiro transformou o Face, como é carinhosamente chamado, numa espécie de Orkut. Há um tom explicitamente facista, que é similar ao questionamento do racismo velado, e que passou a ser tratado como um traço natural do nosso povo, quando ascende socialmente.
Vi comentários do tipo "Se não gosta da nova interface, lidere um movimento e volte para o Orkut". Outros, criaram um selo: O Orkut Já era.
A birra tem, supostamente, origem na qualidade das postagens, ora oscilando para a pornografia, ora para o mau gosto. Quando pergunto sobre a pornografia me falam de bundas de mulheres, mas nesse caso seriam preciso destruir estátuas de Micheangelo, rasgar fotografias de Jean Gaumy ou Henri Cartier-Bresson, ou pinturas de Renoir e Rafael, apenas para citar alguns exemplos. Também foi citada uma fotografia de um homem sobre um aparelho sanitário, numa atitude escatológica. Seria o caso de destruir o urinol de Duchamp?
Não podemos esperar melhor expressão de nossa sociedade, quando ela é iletratada e aversa à leitura. Não foram poucos os comentários maldosos, dentre os mais suaves, que recebi de que era um exibicionista, quando através do blog tenho divulgado obras de artistas conhecidos e não conhecidos.
Na verdade, não há uma consciência nacional, que deveria ser anterior ao processo de alfabetização. Com isso, se poderia distinguir o que é de bom gosto ou mau gosto, para inicio de conversa. O preconceito é até necessário, porque através dele podemos expressar mais clararamente nossas preferências e rejeições. Pior quando encasteladas em porões sombrios dos sentimentos humanos e, nos raros lampejos, liberados ao sarcasmo e à pilhéria. Estamos distantes da aplicação do princípio de que devemos tratar os iguais como iguais, e desigualmente os desiguais na medida que eles se desigualam, assim preconizava Rui Barbosa. Seria querer demais. Eu apreciei o discurso da presidente Dilma, ontem, quando disse que o Brasil logo se tornará uma 5ª potência mundial, ao lançar ao mar o navio Celso Furtado, no estaleiro de Mauá, no Rio de Janeiro. Contudo, enfatizou, não com ufanismo mas um racional otimismo, que queria um Brasil de classe média, com serviços públicos de qualidade e emprego.
Não sei se o que está em discussão é o mau ou o bom gosto das pessoas que se expressam pelas redes sociais. Fico na dúvida de que são os rostos populares que incomodam uma presumida elite. "Houve um tempo que o o povo era chamado de Zé Povim. Hoje, é chamado povão. Mas povo é povo", diz Christiano Cãmara. Na verdade, a classe média, que é patamar da universalidade pretendida pela chefe do Executivo nacional, nunca aceitou o povo.
segunda-feira, 16 de maio de 2011
Obra de arte do impressionismo foi adquirida por Assis Chateaubriand
O quadro "As Meninas Cahen d'Anvers" (conhecido como "Rosa e Azul"), pintado por Renoir em 1881, com 119x74 cm, em exposição permanente no Museu de Arte de São Paulo (Masp) foi encomendado pelo banqueiro Louis Raphael Cahen d'Anvers, pai das meninas que aparecem no quadro - Alice e Elisabeth Cahen d'Anvers.
A família do banqueiro não gostou do resultado e o quadro ficou esquecido, escondido em um lugar qualquer obscuro da casa e só muitos anos depois foi redescoberto.
Além de ser uma obra-prima, Rosa e Azul sintetiza algumas das preferências de Renoir. O nome remete às tonalidades que estarão presentes em muitas das telas, sendo suas cores favoritas.
Além disso, o quadro apresenta uma mistura de técnicas que marca muito o trabalho de Renoir. Temos aqui três momentos bem distintos, criados com três técnicas diferentes. O primeiro deles é o rosto polido das meninas, praticamente sem sombras, muito bem trabalhado e de forma bem arredondada.
Em seguida, percebe-se a tinta gorda esticada com um pincel chato que dá todo o volume e textura do cinturões dos vestidos.
O terceiro momento é a sensação causada pela textura do vestido, pelo qual ele deixa transparecer a estrutura do corpo das meninas.
Neste caso, ele aplica a técnica do pontilhismo - muito usada por seu amigo Alfred Sisley (1839-1899) - os tons são divididos em semitons e lançados na tela em pequeninos pontos visíveis de perto, mas que se fundem na visão do espectador ao serem vistos a distância.
Este quadro demonstra ainda toda a energia de vida que Renoir sempre quis retratar em suas obras.
Neste caso, ele aplica a técnica do pontilhismo - muito usada por seu amigo Alfred Sisley (1839-1899) - os tons são divididos em semitons e lançados na tela em pequeninos pontos visíveis de perto, mas que se fundem na visão do espectador ao serem vistos a distância.
Este quadro demonstra ainda toda a energia de vida que Renoir sempre quis retratar em suas obras.
Por Percival Tirapeli - Professor de Estética da Unesp
Marcadores:
Museu,
Pintura,
Pintura Francesa,
Renoir
domingo, 27 de março de 2011
Fragonard vai além do decorativo para firmar o gesto vigoroso
A jovem leitora, de Jean-Honoré Fragonord, 1776, discípulo de François Boucher, tem sido muito lembrado como uma apologia ao estilo decorativo.
Há expressões suaves no rosto da adolescente, na tonalidade da parede e no enquadramento geométrico, ao mesmo tempo que são de grande vigor. É também uma atitude que destaca o gosto pela leitura, de forma concentrada e receptiva.
Desde a elegância ao sentar-se, as almofadas acolhedoras, a postura de ato prazeiroso e as cores pasteis douradas oferecem a sensação de apaziguamento e satisfação, interferindo na interpretação de que todo o gesto da pintura é belo
Fragonord é considerado ainda uma antecipação de Renoir. O gesto frívolo é uma marca do período rococó, em que o pintor tornou-se conhecido por levá-lo ao extremo, para obter um acabamento altamente refinado.
Marcadores:
Fragonord,
Pintura,
Pintura Francesa,
Renoir
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
Com os seus nus e juventude, Renoir é o pintor da alegria
![]() |
As Banhistas (1885) Museu do Louvre |
As Banhistas, de Renoir, que fazem parte de uma série, levou três anos para ser concluída. Fernando Pernes, crítico de arte e assessor cultural do Conselho de Administração da Fundação de Serralves escreveu:
"Renoir é um artista que faz muito bem uma abertura à modernidade. O fantasma de Rubens paira em toda a obra dele, nomeadamente sempre que a nudez feminina é assumida. Renoir transporta a memória rubensiana para uma actualidade." De que forma? "No Rubens, a nudez feminina tinha a ver com a mitologia antiga, [as figuras nuas] eram musas. Com Renoir, é a rapariga do quotidiano, a nudez juvenil." O que se liga a outra característica deste impressionista: "É um pintor da alegria. Um pintor da luminosidade, do lirismo, da 'joie de vivre'. A nudez, nele, é transformada numa festividade."
Marcadores:
Pintura,
Pintura Francesa,
Renoir
terça-feira, 7 de setembro de 2010
Pierre Auguste Renoir - Bal du Moulin de la Galette
Coleção particular |
Marcadores:
Pintura,
Pintura Francesa,
Renoir
Assinar:
Postagens (Atom)