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sexta-feira, 22 de junho de 2012

Jord Guedes volta a se apresentar no próximo domingo

A cantora e compositora cearense, Jord Guedes, é a atração do projeto Domingo Musical no auditório do Centro Dragão do Mar de Arte Cultura neste domingo,  24 de junho, às 18h.

Em seu show Traços (título homônimo de seu primeiro trabalho solo em CD, já  em processo de produção) expressa suas múltiplas influências poéticas e musicais  entre ritmos da cultura brasileira como o samba, o côco e o baião, as peculiaridades da cultura popular cearense como o maracatu, a universalidade e contemporaneidade do pop.

Jord Guedes apresenta também, canções de sua autoria e em parcerias – Alex Costa, Henrique Beltrão, Júlio Vila Nova, Ruy Farias, Guaracy Rodrigues, entre outros,  Também fazendo referências às suas influências, Jord Guedes relê canções de expoentes consagrados, tais como, Ednardo, Fausto Nilo, Nonato Luiz e homenageia o centenário de Luiz Gonzaga.

No show Jord Guedes será acompanhada pelos músicos Rafael Lima e Rogério Franco. Produção: Joanice Sampaio.

O espetáculo faz parte da programação de junho do projeto Domingo Musical do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, contemplado por edital de estímulo a projetos na área de música no Estado, lançado pelo Instituto de Arte e Cultura do Ceará (IACC) em 2011.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Água de Quartinha e Donadela se apresentam domingo no Adahil Barreto

Grupo Água de Quartinha
Neste Domingo acontecerá mais uma edição do projeto Música no Parque, realizado pela Secultfor, nesta edição mais do que especial contará com a presença de duas grandes bandas do cenário cearense Água de Quartinha e a Donaleda. Na mesma data, será realizada também ações alusivas a Semana do Meio Ambiente, com distribuição de mudas, dentre outras ações interativas. Os shows começão a partir das 15h e a entrada é Gratuita.  O evento acontece no Parque Adahil Barreto e a entrada é franca.
A banda cearense Água de Quartinha é um projeto de difusão musical sobre um determinado estilo que convencionou chamar-se de música popular. Em seu novo espetáculo “Casa Labiríntica em Desconserto” é uma idéia musical que através de sons, silêncios e ruídos forma, informa e “desforma” uma música dita como popular. A banda se utiliza de elementos como o pífano e percussão tipicamente regional para dialogar com letras e melodias urbanas, relacionando sempre com o psicodelismo.
Com 4 CDs lançados ao longo de 11 anos de existência, Donaleda  é a maior banda de reggae autoral do Ceará e uma das maiores do Norte/Nordeste. Desde 2001 a banda Donaleda vem trabalhando e divulgando o reggae que produz. O primeiro resultado desse projeto é o disco “Liberdade e Libertação” lançado em 2003, que levou a banda ao topo de rádios em Fortaleza e em outras cidades do Nordeste. Segundo os líderes da banda, "Música é arte , é comunicação, uma necessidade de se expressar. Sendo então nosso trabalho cantar em poesia nossos pensamentos , o que nós sentimos e acreditamos, dentro do estilo da música reggae cearense. Colocar opções aos ouvintes através da música para uma conscientização  social, política e espiritual é o nosso principal objetivo, na luta  contra todas as formas de descriminação e preconceito".

Fonte: Assessoria de imprensa

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Bem que se quis é receita de ainda ser feliz



Bem Que Se Quis
Marisa Monte

Bem que se quis
Depois de tudo
Ainda ser feliz
Mas já não há
Caminhos prá voltar
E o quê, que a vida fez
Da nossa vida?
O quê, que a gente
Não faz por amor?...

Mas tanto faz!
Já me esqueci
De te esquecer
Porque!
O teu desejo
É meu melhor prazer
E o meu destino
É querer sempre mais
A minha estrada corre
Pro seu mar...

Agora vem, prá perto vem
Vem depressa, vem sem fim
Dentro de mim
Que eu quero sentir
O teu corpo pesando
Sobre o meu
Vem meu amor, vem prá mim
Me abraça devagar
Me beija e me faz esquecer...

Bem que se quis
Depois de tudo
Ainda ser feliz
Mas já não há
Caminhos prá voltar
E o quê, que a vida fez
Da nossa vida?
O quê, que a gente
Não faz por amor?...

Mas tanto faz!
Já me esqueci
De te esquecer
Porque!
O teu desejo
É meu melhor prazer
E o meu destino
É querer sempre mais
A minha estrada corre
Pro seu mar...

Agora vem, prá perto vem
Vem depressa, vem sem fim
Dentro de mim
Que eu quero sentir
O teu corpo pesando
Sobre o meu
Vem meu amor, vem prá mim
Me abraça devagar
Me beija e me faz esquecer...

Bem Que Se Quis!...

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Banda Jardim Suspenso se apresenta no Cariri em comemoração ao Dia das Mães

A banda cearense Jardim Suspenso, fará seu primeiro show na Região do Cariri, na cidade do Crato no próximo dia 12, a partir das 22h, no Terraçus Bar e Petiscaria. A festa organizada pela Sertão Pop Produções homenageia as mães caririenses, pois acontece na véspera do Dia das Mães. Para isso está trazendo duas bandas onde a mulher é destaque: para abrir o evento Banda Godivas, do Crato, formada por mulheres e o show que elas nos apresentarão é em cima da obra de Roberto Carlos. A outra, de Fortaleza, é a Jardim Suspenso, que faz uma releitura da obra da Rainha Rita Lee. "Naturalmente será um grande evento e em um momento muito especial, pois achamos que as mães são a mola-mestra da família e portanto merecem essa grande homenagem através da música", afirma Kaika Luiz, produtor do evento. A banda Jardim Suspenso está na cena musical cearense desde 2010 e desde então vem realizando show de releitura da obra de Rita Lee e de seu ex-grupo, Os Mutantes. A banda tem se apresentado em importantes espaços culturais, eventos de Fortaleza e programas de TV. Fora da capital, já se realizaram show na Região Metropolitana e na cidade Sobral. O grupo é formado por Joanice Sampaio (vocal), Pedro de Farias (guitarra), Victor Fontenele (baixo) e Carlinhos Perdigão (bateria). Serviço: Festa do Rei e da Rainha Tributo à Rita Lee, com a banda Jardim Suspenso (Fortaleza) Tributo a Roberto Carlos, com a banda Godivas (Crato) Terraçus - Bar e Petiscaria Dia 12 de maio, a partir das 22h Av. Pedro Felício Cavalcanti - 1969, 63106-010 Crato-CE Info: (88) 9666.9666 (88) 3521.5398 (88) 8824.2131

terça-feira, 24 de abril de 2012

Canto da Iracema festeja seus 13 anos de existência

Ricardo Black prestigia a festa
A revista cultural Canto da Iracema completa 13 anos. Para comemorar estes anos de atuação, acontece no dia 26 de abril, a partir das 19h, no anfiteatro do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, uma verdadeira reunião das artes cearenses.
No evento multicultural, performances teatrais – Carri Costa-, intervenções de artes plásticas - Zé Tarcisio, Audifax Rios, Ronaldo Cavalcante , Caetano Barros, Maira Ortins, Barrinha, Gerson Ypirajá.; e shows de grandes nomes da música cearense - Isaac Cândido, Ricardo Black, Kátia Freitas, David Duarte, Eugenio Leandro, Projeto Timbral e outros) e exposição do acervo de edições anteriores da revista. Realizado pelo Instituto Sociocultural Canto da Iracema, o evento também objetiva a preservação e difusão cultural e homenageia o produtor cultural, jornalista e ex-secretário de Cultura de Fortaleza, Cláudio Pereira, falecido em 2010. A entrada é um 1 kg de alimento, que será doado à Associação dos Moradores do Poço da Draga – Ampodra, o público presente receberá o CD comemorativo – Canto da Iracema 13 anos – contendo canções de artistas cearenses.
Durante o evento será instalado um painel | tela medindo 4x1,5m em que artistas plásticos convidados desenvolverão uma arte exclusiva durante o evento, a obra será disponibilizada para ser leilão através da internet, a qual terá sua renda revertida, – 50% para a Ampodra e 50% para o Instituto Canto da Iracema. A revista cultural Canto da Iracema teve sua primeira edição em abril de 1999.
O informativo circulava na Praia de Iracema, o qual ganhou respaldo junto aos moradores, frequentadores, intelectuais, artistas e formadores de opinião. Após reformulações em 2007, com o apoio do Banco do Nordeste do Brasil | BNB e Prefeitura Municipal de Fortaleza, a publicação retornou com a missão de informar a respeito da cultura cearense, buscando contribuir para a formação da nova geração de leitores. Em formato revista, aumentou sua tiragem, que, além de permanecer entre seu fiel público, vem conquistando novos leitores dos mais variados segmentos da sociedade fortalezense, além daqueles que visitam nossa cidade.
Em 2010 o Canto da Iracema foi contemplado no prêmio Edgar de Alencar, categoria Revista, no Edital de Literatura da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Secult). A revista figura no Anuário Literário do Ceará 2010–2011, editado pela da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Secult).
São colaboradores da revista: Audifax Rios, Oswald Barroso, Nilze Costa e Silva, Hélio Rôla, Airton Monte, Alano Freitas, José Tarcísio, Fátima Bandeira, Calé Alencar, Eugênio Leandro, Fátima Moura Fé, Mano Alencar, Joaquim Cartaxo, Professor Pinheiro, Kazane e outros iracemitas.
Serviço Canto da Iracema - 13 anos Música, teatro, artes plásticas e exposição de acervo Anfiteatro do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura Dia 26 de abril A partir das 19h Entrada: 1kg de alimento



Informações: (085) 9993 7430 – 9978 9559 Informações para a imprensa Joanice Sampaio 085 - 8631 2139 | 9109 1706

quinta-feira, 29 de março de 2012

Chico assevera que saudade é arrumar o quarto do filho que já morreu



Pedaço de Mim
Chico Buarque

Oh, pedaço de mim
Oh, metade afastada de mim
Leva o teu olhar
Que a saudade é o pior tormento
É pior do que o esquecimento
É pior do que se entrevar

Oh, pedaço de mim
Oh, metade exilada de mim
Leva os teus sinais
Que a saudade dói como um barco
Que aos poucos descreve um arco
E evita atracar no cais

Oh, pedaço de mim
Oh, metade arrancada de mim
Leva o vulto teu
Que a saudade é o revés de um parto
A saudade é arrumar o quarto
Do filho que já morreu

Oh, pedaço de mim
Oh, metade amputada de mim
Leva o que há de ti
Que a saudade dói latejada
É assim como uma fisgada
No membro que já perdi

Oh, pedaço de mim
Oh, metade adorada de mim
Leva os olhos meus
Que a saudade é o pior castigo
E eu não quero levar comigo
A mortalha do amor
Adeus

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Colonialismo e apatia deixam tudo dominado no Carnaval de Fortaleza

Exibição do Bloco Prova de Fogo em 1935
"Eu sou o pirata da perna de pau/dos olhos de vidro/da cara de mau". Esses versos de João de Barros, propositadamente composto com duplo sentido, era cantado assim pela turba: "Eu sou o pirata da pica de pau/dos ovos de vidro/e do cu de metal". Isso acontecia, como lembra o historiador Christiano Câmara, nos tempos em que o Carnaval era sinônimo de extravasão da alegria e não de um jogo de interesse, quer seja o desfile militarizado na Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro, quer na passagem melancólica das escolas de samba, maracatus, blocos e cordões na Avenida Domingos Olímpio.
Onde estaria a verdadeira essência do carnaval brasileiro? Na Bahia? Em Recife e Olinda? Precisamente não está em Fortaleza. A Capital cearense nunca foi carnavalesca. O próprio compositor Luis Assunção, fundador da escola de samba que levava o mesmo nome, dizia que na verdade não conseguia impor um estilo parecido a uma escola, uma vez que os participantes de sua agremiação carnavalesca eram animados por marchinhas. Os maracatus pernambucanos possuem uma cadência totalmente distinta dos que aqui se exibem. Os cordões sumiram ou se ainda  passam ninguém percebe. Quem, nos dias de hoje, fala do Prova de Fogo? Criado em 1935, por um sargento do Corpo de Bombeiros chegou a ser citado em uma música de Lauro Maia gravada por Quatro Ases e Um Coringa pela Odeon.
Também tipicamente do cearense foi a imitação. No passado, falava-se em influência do Sul Maravilha (entendido por Rio de Janeiro e São Paulo). Com a sofisticação dos meios de comunicação, inclusive a web, houve de fato a dominação. Isso se vê o arquejar  de um carnaval de rua, que teima em desfilar na Capital, a despeito do desinteresse. Pateticamente, falta mais do que incentivo: alma carnavalesca.
As origens de como se degradou podem ser objeto de estudos para sociólogos. O que interessa é que as novas gerações não poder ter sequer uma vaga ideia de como esta festa tem uma simbologia de galhofa, espontaneidade e irreverência.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Zanzibar e o mundo da fantasia que extravasa no Carnaval



Carnaval é tempo de se vestir e viver fantasias, de extravasar sentimentos interiores que normalmente, seriam inconfessáveis. Daí a explicação porque tantos homens, machistas por assim dizer, se vestem de mulheres, e estas, normalmente recatadas, usam roupas sumárias, não se importam com as posições das pernas e chegam a ser confundidas com prostitutas. Desde a década de 50 que esse fenômeno é costumeiramente visto pela imprensa, que aproveita para tomar posições conservadores e, muitas vezes, cínicas.

Capa da Revista o Cruzeiro do Carnaval de 1952
Há uma necessidade premente de se aproveitar estes dias de feriado para uma fuga da realidade, para se viver momentos mais compensadores, que nos são negados nos demais dias do ano, quando somos tolhidos por normas rígidas, a repressão dos instintos a necessidade de se viver numa sociedade, que a exemplo da família (no sentido lato), não é bem aquela que escolhemos, mas não pudemos rejeitá-la, em alguns casos até mesmo amá-la, porque são impositivas.
Este ano, o carnaval não deverá ser diferente daquele que passou. Vamos nos fartar de mulheres semi peladas nos desfiles das escolas de samba, homens com trajes exageradamente femininos e pouquíssima criativade de  adereços e músicas próprias para o período.
As lembranças mais fortes que tenho da folia momina, mesmo já passados muitos anos desde os meus 18, ainda deixaram marcas indeléveis. Era um domingo à noite em Paracuru, quando o grande hit  Zanzibar zoava pela praça da matriz naquela simpática cidade litorânea do Ceará. Uma composição que não diz coisa com coisa, temos que reconhecer,  do compositor e arquiteto cearense Fausto Nilo. Sem entrar em maiores detalhes de como tudo isso aconteceu, porque sei que não é interessante para o meu estimado, alegre e folião leitor, tive uma parada cardíaca.
Uma das coisas que me lembro é de uma ambulância com suas sirenes histriônicas, rasgando estradas ou avenidas, que pensei não ser mais desse mundo. Foram três dias de coma. Quando acordei, num leito do Hospital de Emergência e Urgência IJF, ainda no seu prédio antigo na Rua Padre Valdevino,  vi ao meu lado uma  prancheta com um laudo escrito no papel pregado: tentativa de suicídio. Me rebelei, protestei. Chamei a enfermeira e disse que se tratava de um engano. Um absurdo. Amava viver. Ela, que virou pernsonagem de meu livro com traços físicos parecidos com a Clementina de Jesus, me falou frases ainda mais desconexas do que a música de Zanzibar. Parecia zangada comigo. Resumindo, nunca mais  passei o carnaval em Paracuru.


Zanzibar
Elba Ramalho
No azul de Jezebel
No céu de Calcutá
Feliz constelação
Reluz no corpo dela
Ai tricolor colar
Ás de maracatu
No azul de Zanzibar
Ali meu coração
Zumbiu no gozo dela
Ai mina aperta a minha mão
Alá me "only you"
No azul da estrela
Aliás bazar da coisa azul
Meu "only you"
É muito mais que o azul de Zanzibar
Paracuru
O azul da estrela
O azul da estrela

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Cristiano Pinho retorna aos palcos de Fortaleza em duas apresentações esta semana

Guitarrista Cristiano Pinho se apresenta amanhã no Salão das Ilusões
Duas apresentações de um grande instrumentista, na companhia de músicos renomados e em espaços importantes para a cultura de Fortaleza. O guitarrista Cristiano Pinho se apresenta amanhã, às 20h30, no Salão das Ilusões (Rua Coronel Ferraz 80, ao lado da Igreja do Pequeno Grande, no Centro, entre a R. Costa Barros e a Av. Santos Dumont) e sexta-feira, 10/2, às 20h, no Teatro Sesc Emiliano Queiroz (Av. Duque de Caxias, 1701, em frente ao Dnocs). Os shows são oportunidades para o reencontro do público da capital cearense com o consagrado instrumentista, arranjador e produtor, conhecido por dividir palcos e estúdios com artistas como Raimundo Fagner, Fausto Nilo e Kátia Freitas.

Com uma trajetória que remonta aos anos 80, tempos da banda de rock Bodega e do grupo instrumental Officina, Cristiano Pinho retoma no show de quinta-feira, no Salão das Ilusões, uma atmosfera de descontração, com um repertório que trafega principalmente por influências do rock ao reggae, revelando um lado mais pessoal do músico conhecido pelos CDs autorais “Pessoa” (disco referencial para a música instrumental em Fortaleza nos anos 90) e “Cortejo” (uma esmerada ópera-rock nordestina, que recentemente atraiu elogios em âmbito nacional).

“É um show despretensioso, uma oportunidade mostrar esse lado mais pessoal, de tocar por diversão, deixando de lado por um momento o trabalho autoral”, afirma Cristiano Pinho, destacando o prazer de tocar em um espaço alternativo – como na Fortaleza da década de 80 – e ao lado de grandes músicos: Marcos Vinnie (teclados), Miqueias dos Santos (contrabaixo) e Denilson Lopes (bateria). “Vai ser, acima de tudo, uma noite divertida, para os músicos e para o público. O clima do show, o repertório e o espaço do Salão das Ilusões têm tudo a ver com essa proposta de um contato mais próximo”, aposta.

Em sintonia com a atmosfera mais despojada, o repertório não deixará de incluir composições próprias, como a urbana “SP 2” e a faixa-título do CD mais recente, “Cortejo”. Mas passará principalmente por releituras reveladoras das influências recebidas por Cristiano Pinho, ao longo de sua trajetória musical. Da “Yer blues” de John Lennon a “Is this love” e “I shot the sheriff”, de Bob Marley, entrecruzando timbres de outro guitarrista marcante, Eric Clapton. De Roberto e Erasmo Carlos a Caetano Veloso, passando pela música nordestina, em um cardápio de temas prontos para um farto banquete musical, entre improvisações e sotaques próprios de cada instrumentista. Melhor para a música.

“Cortejo” no Sesc Emiliano Queiroz
Já na sexta-feira, 10/2, às 20h, Cristiano apresenta no Teatro Sesc Emiliano Queiroz o show “Cortejo”, retomando a atmosfera musical do disco de mesmo nome. “Esse segundo show será mais centrado nas minhas composições, com a maior parte do disco ‘Cortejo’, e uma ou outra releitura para complementar o repertório”, detalhaCristiano.

Fonte: assessoria de imprensa

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Minha dor foi perceber o vazio que Elis Regina nos deixou


Elis Regina (1945-1982) nos deixa um grande vazio. É bem verdade que autores e escritores além de não surgirem fartamente, ainda há aqueles que atravessam grandes desertos criativos, como é o caso do compositor cearense Belchior. Sua falta é num segmento não menos sensível da arte: a interpretação. Marcada pela apresentação histrônica, a voz foi das mais encantadoras da música brasileira, tendo passado por díversos estilos.
Quando Elis morreu, os exames comprovaram alto teor de álcool e cocaína. A reflexão que me veio foi porque as pessoas se drogam. Como jovem me instigava a curiosidade de entender se era por fraqueza ou porque ajudava a ser pessoa ou um artista melhor. Nunca obtive uma explicação convincente, mas que riqueza Elis nos fez herdeiros.
Ela morreu há exatos 30 anos num mês de janeiro. Muito jovem assim como se foram Dolores Duran, na música, Scott Fitzgerald, na literatura, James Dean, no cinema, apenas para citar alguns nomes. E um outro questionamento me vem hoje. Continuariam esses nomes a produzir obras tão maravilhosas ou o que fizeram já bastaram e foram ao limite da criação e doação ou até vagariam estereis estação após estação? Como não tenho resposta, resta o deleite de seus legados.

Assim como nossos pais
Letra: Belchior
Intérprete:Elis Regina


Não quero lhe falar,
Meu grande amor,
Das coisas que aprendi
Nos discos...

Quero lhe contar como eu vivi
E tudo o que aconteceu comigo
Viver é melhor que sonhar
Eu sei que o amor
É uma coisa boa
Mas também sei
Que qualquer canto
É menor do que a vida
De qualquer pessoa...

Por isso cuidado meu bem
Há perigo na esquina
Eles venceram e o sinal
Está fechado prá nós
Que somos jovens...

Para abraçar seu irmão
E beijar sua menina na rua
É que se fez o seu braço,
O seu lábio e a sua voz...

Você me pergunta
Pela minha paixão
Digo que estou encantada
Como uma nova invenção
Eu vou ficar nesta cidade
Não vou voltar pro sertão
Pois vejo vir vindo no vento
Cheiro de nova estação
Eu sei de tudo na ferida viva
Do meu coração...

Já faz tempo
Eu vi você na rua
Cabelo ao vento
Gente jovem reunida
Na parede da memória
Essa lembrança
É o quadro que dói mais...

Minha dor é perceber
Que apesar de termos
Feito tudo o que fizemos
Ainda somos os mesmos
E vivemos
Ainda somos os mesmos
E vivemos
Como os nossos pais...

Nossos ídolos
Ainda são os mesmos
E as aparências
Não enganam não
Você diz que depois deles
Não apareceu mais ninguém
Você pode até dizer
Que eu tô por fora
Ou então
Que eu tô inventando...

Mas é você
Que ama o passado
E que não vê
É você
Que ama o passado
E que não vê
Que o novo sempre vem...

Hoje eu sei
Que quem me deu a idéia
De uma nova consciência
E juventude
Tá em casa
Guardado por Deus
Contando vil metal...

Minha dor é perceber
Que apesar de termos
Feito tudo, tudo,
Tudo o que fizemos
Nós ainda somos
Os mesmos e vivemos
Ainda somos
Os mesmos e vivemos
Ainda somos
Os mesmos e vivemos
Como os nossos pais...

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Dolores Duran chora amores rompidos e a dor da separação


Mil novecentos e cinquenta e nove foi um ano triste para a música brasileira. Em 17 de novembro, morria Heitor Villa Lobos. Um pouco antes, em 24 de outubro, partia Dolores Duran, aos 29 anos, cujo nome verdadeiro era Adiléia Silva da Rocha. Enquanto o grande maestro morreu de câncer, a cantora da dor-de-cotovelo, gênero que se assemelhava ao blues norte americano, sofreu um infarto, não resistindo à bebida e ao descontrole do uso de barbítúricos.
A exemplo de Amy Winehouse, morta aos 26 anos este ano (e ao lembrar os fatos marcantes ocorridos em 2011), a carreira curta não apenas foi suficiente para deixar saudades, como para perpetuar um legado de interpretações e composições que fizeram da música romântica uma fonte inesgotável de inspiração, como assim escreveu Sérgio Augusto.
"O ano de 1955 foi o mais importante da carreira de Dolores não por causa do prêmio que os críticos de música cariocas lhe deram, mas sobretudo porque pouco antes de completar 25 anos, ela começou a compor. Com a cara e a coragem. Tinha noções de violão, mas uma pauta de música era, para ela, um hieróglifo", conta Sérgio Augusto.
Sendo ou não uma tradutora de seus próprios sentimentos e sofrimentos pessoais, Dolares tornou-se um ícone para a boemia carioca, que buscava os bares e boates onde se apresentava para justificar os porres etílicos, durante a sua passagem meteórica pela vida. Depois, se eternizava. Dentre suas composições, destaco Castigo, que aqui tem um show de interpretação à parte do inesquecível Jamelão

Castigo
Dolores Duran

A gente briga, diz tanta coisa que não quer dizer
Briga pensando que não vai sofrer
Que não faz mal se tudo terminar
Um belo dia a gente entende que ficou sozinha
Vem a vontade de chorar baixinho
Vem o desejo triste de voltar
Você se lembra, foi isso mesmo que se deu comigo

Eu tive orgulho e tenho por castigo
A vida inteira pra me arepender
Se eu soubesse
Naquele dia o que sei agora

Eu não seria esse ser que chora
Eu não teria perdido você
Se eu soubesse
Naquele dia o que sei agora
Eu não seria essa mulher que chora
Eu não teria perdido você