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segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Antônio Bandeira era o artista que não fazia quadros. Tentava fazer pintura.



Poucos artistas cearenses, ou mesmo brasileiros, foram tão celebrados no exterior quanto Antônio Bandeira. Tanto críticos franceses, quanto norte-mericanos e, sobretudo, os nacionais rasgaram elogios a uma arte que parecia assombrosa. De tão elogiado, passou-se muito tempo que alguém o questionasse. mesmo assim, de forma reticente, medrosa. Uma vez que se ia contra a maré.
Quem avalia os acertos e exageros na  exaltação a Bandeira é a doutora Maria de Fátima Morethy Couto. Ela diz que não é errado o deslumbramento do público e dos críticos na época em o pintor viveu. No entanto, ressalta que é preciso rever que parâmetros se tinham para se estabelecer a análise imparcial.
Claro, que Bandeira não foi apenas abstracionista. Mas essa fase lhe remete a  referência muito próxima a Pollock, pelo estilo da superposição de manchas de cor, respingos de tintas e pinceladas de tons variados.
Aos olhos dos críticos da sua época, tratava-se de "uma pintura de pequenas pinceladas; uma pintura de mil pontos
de fugas, de mil tetos, de mil cumes de árvores, uma pintura
do que você quiser escolher para seu devaneio. Bandeira, com
uma arte cuja delicadeza tem por parente longínquo (e de sangue
bastante diferente) a infinita minúcia de Paul Klee, sofre talvez
um pouco de ser apenas pintor a óleo e não aquarelista. O pintor
parece sempre lamentar alguma transparência que seu ofício não
pode lhe dar. Ele tampouco é suficientemente diversificado. Mas
a exposição é interessante". Afirma Pierre Descarges..
Antônio Bandeira nasceu no dia vinte e seis do mês de maio do ano de 1922, em Fortaleza e foi pintor e também desenhista brasileiro. Ajudou a fundar o “Centro Cultural Cearense de Belas-Artes” que anos depois passou a se chamar “Sociedade Cearense de Artes Plásticas” e foi esse foi o local de sua primeira exposição que aconteceu no ano de 1942. No ano de 1943, pintou a obra intitulada “Mulher de costas” e dois anos depois se mudou para a cidade do Rio de Janeiro.

No ano de 1945, Antônio Bandeira divulgou suas obras no Rio de Janeiro e com isso ganhou uma bolsa de estudos em Paris do governo da França e foi exatamente lá que ele se formou. No ano de 1950, o pintor resolve voltar ao Brasil onde fica por quatro anos e volta para a França. Nesses quatro anos que fica no Brasil fez duas exposições uma no ano de 1951, na “Associação Brasileira de Imprensa” e outra no “Museu de Arte Moderna de São Paulo” no ano de 1953. Suas primeiras obras foram paisagens, mas logo depois passou a pintar as formas abstratas. O pintor faleceu no dia seis do mês de outubro do ano de 1967, e deixou obras que marcaram muito na arte.
O crítico Frederico Morais escreveu a seu respeito: " (...) Acho definitiva, para a compreensão de sua obra, esta afirmação:´Nunca pinto quadros.Tento fazer pintura´. Quer dizer, o quadro não parece significar para ele uma realidade autônoma, uma estrutura que possui suas próprias leis, algo que se constrói com elementos específicos. A pintura é um estado de alma que ele extroverte aqui e ali, sem outro objetivo que o de comunicar um sentimento, uma emoção, uma lembrança. Enfim, é ´uma transposição de seres, coisas, momentos, gostos, olfatos que vou vivendo no presente, passado, no futuro´.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Pollock abandonou toda convenção temática para pintar ação

The Guardian of secret

Certa noite, Jacques Pollock recebeu um telefonema em seu apartamento em Nova York. Era um amigo em estado de depressão, que confessou querer suicidar-se. O pintor, comovido, disse que não tomasse nenhuma atitude até que viesse ao seu apartamento. Lá, beberam vinho e sobre uma imensa tela espalharam cacos de vidros das taças e passaram a caminhar, fazendo  desenhos com tinta e sangue. Ao final, o amigo foi dissuadido de por um fim à vida. Pouco tempo depois, o pintor morria num acidente de carro, com indícios de suicídio.
Pollock (1945-1956) não foi um pintor diferente, entre aqueles que viveram o descrédito e a consagração. Ao mesmo tempo em que a revista Life dava capa em 1949, indagando se seria o maior artista vivo dos Estados Unidos, hoje sua obra é questionável em diversos aspectos.
Os riscos e rabiscos, as tintas respingadas dos turbos e o aparente desconexo de cores e texturas chegam a dar impressão de que até uma criança é capaz de tal proeza. Para piorar a reputação na atualidade, acredita-se num complô da direita  para enaltecer artistas norte-americanos numa forma de neutralizar a arte engajada de esquerda que ganhava corpo em meados de 1940.
Pollock nasceu em Cody, no estado de Wyoming. Homem de personalidade volátil e tendo vários problemas com o alcoolismo, em 1945 ele casou-se com a pintora Lee Krasner. Sua vida pessoal, foi tão impactante quanto seus quadros, classificados no abstracionismo expressionista, inspirou o filme Contos de Nova York, na primeira parte intitulada Lições de Vida, dirigido por Martin Scorsese (1989) e biografia explícita em Pollock, dirigido e interpretado por Ed Harris, em 2000. Em ambas as películas havia menções à degradação e a instabilidade emocional.
O pintor desenvolveu uma técnica de pintura, criada por Max Ernst, o 'dripping' (gotejamento), na qual respingava a tinta sobre suas imensas telas; os pingos escorriam formando traços harmoniosos e pareciam entrelaçar-se na superfície da tela.  Pintava com a tela colocada no chão para sentir-se dentro do quadro.
Embora a obra seja associada a uma obra infantil, muitos artistas que tentaram lhe copiar o estilo estiveram muito distante do êxito. Afinal, o artista norte-americano era coerente e consequente. Tal como dissuadiu o amigo a não se matar, ele até o fim abandonou todas as convenções para pintar a ação.