É do mundo exterior que o conhecimento precisa vir a nós, pela leitura, audição e contemplação. Wendy Beckett
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sexta-feira, 6 de janeiro de 2012
Vida e obra de Oswald de Andrade são temas de livro
Ele foi considerado um polemista de sua época. Criou o Manifesto Antropofágico. É um dos percussores da Semana de Arte Moderna, em 1922, o mais rebelde de todos, segundo os críticos. Já deu para adivinhar quem é? Se sua resposta é Oswald de Andrade, acertou. E na semana em que o escritor completaria 122 anos, a Callis Editora apresenta a obra “Oswald de Andrade” para adultos e crianças.
Escrito por Carla Caruso, o título conta de forma lúdica e divertida a infância e a vida de um dos principais personagens do modernismo brasileiro. Mas, muito além de uma biografia, a obra coloca as novas gerações em contato com a concepção artística de Oswald e com sua coragem diante do conservadorismo da época.
O livro “Oswald de Andrade”, premiado pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ), faz parte da Coleção Biografias Brasileiras, que ainda narra a vida de grandes escritores brasileiros como Machado de Assis e Monteiro Lobato.
Fonte: Retoque Comunicação
quinta-feira, 5 de janeiro de 2012
Maracatu Solar inicia neste sábado os ensaios para o carnaval de 2012
Apresentação pública do Solar. Foto: Divulgação |
O Maracatu Solar, um programa de formação Cultural Continuada da Associação Cultural Solidariedade e Arte (Solar), inicia neste sábado, às 19h, em sua sede (avenida da Universidade,2333), seus ensaios abertos visando o carnaval de rua de 2012.
Com o Tema e loa (canção) intitulados Griôs e Tuxauas - Luzes do Saber de autoria de Pingo de Fortaleza e Descartes Gadelha o Maracatu Solar (terceiro colocado no carnaval de rua de 2011) participará domingo de carnaval do desfile na avenida Domingos Olímpio, e segunda-feira comporá com outros grupos o 2º Tambores Ancestrais na Noite Escura na praça do Benfica e terminado sua programação carnavalesca se apresenta na terça-feira na mesma praça do Benfica, às 14h após o bloco Sanatório Geral.
Como preparativos para essa maratona carnavalesca o Maracatu Solar oferecerá oficinas de batuque e coreografia aos seus brincantes, sempre às terças e quintas-feiras (à partir do dia 10/01) e realizará ensaios abertos todos os sábados, quando participará também do pré-carnaval do bloco da Cachorra Magra na Rua Marechal Deodoro.
Para os interessados em participar do Maracatu SOLAR as inscrições estão abertas até o dia 14 de janeiro.
Maiores informações:
85-32261189
85-99877321
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Cultura Popular,
Fortaleza
quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
Pollock abandonou toda convenção temática para pintar ação
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The Guardian of secret |
Certa noite, Jacques Pollock recebeu um telefonema em seu apartamento em Nova York. Era um amigo em estado de depressão, que confessou querer suicidar-se. O pintor, comovido, disse que não tomasse nenhuma atitude até que viesse ao seu apartamento. Lá, beberam vinho e sobre uma imensa tela espalharam cacos de vidros das taças e passaram a caminhar, fazendo desenhos com tinta e sangue. Ao final, o amigo foi dissuadido de por um fim à vida. Pouco tempo depois, o pintor morria num acidente de carro, com indícios de suicídio.
Pollock (1945-1956) não foi um pintor diferente, entre aqueles que viveram o descrédito e a consagração. Ao mesmo tempo em que a revista Life dava capa em 1949, indagando se seria o maior artista vivo dos Estados Unidos, hoje sua obra é questionável em diversos aspectos.
Os riscos e rabiscos, as tintas respingadas dos turbos e o aparente desconexo de cores e texturas chegam a dar impressão de que até uma criança é capaz de tal proeza. Para piorar a reputação na atualidade, acredita-se num complô da direita para enaltecer artistas norte-americanos numa forma de neutralizar a arte engajada de esquerda que ganhava corpo em meados de 1940.
Pollock nasceu em Cody, no estado de Wyoming. Homem de personalidade volátil e tendo vários problemas com o alcoolismo, em 1945 ele casou-se com a pintora Lee Krasner. Sua vida pessoal, foi tão impactante quanto seus quadros, classificados no abstracionismo expressionista, inspirou o filme Contos de Nova York, na primeira parte intitulada Lições de Vida, dirigido por Martin Scorsese (1989) e biografia explícita em Pollock, dirigido e interpretado por Ed Harris, em 2000. Em ambas as películas havia menções à degradação e a instabilidade emocional.
O pintor desenvolveu uma técnica de pintura, criada por Max Ernst, o 'dripping' (gotejamento), na qual respingava a tinta sobre suas imensas telas; os pingos escorriam formando traços harmoniosos e pareciam entrelaçar-se na superfície da tela. Pintava com a tela colocada no chão para sentir-se dentro do quadro.
Embora a obra seja associada a uma obra infantil, muitos artistas que tentaram lhe copiar o estilo estiveram muito distante do êxito. Afinal, o artista norte-americano era coerente e consequente. Tal como dissuadiu o amigo a não se matar, ele até o fim abandonou todas as convenções para pintar a ação.
terça-feira, 3 de janeiro de 2012
Cinema mostra tragédia que devastou o Haiti
O filme Haiti, 12 de janeiro, dirigido por Cleonildo Cruz, será lançado no dia 12, às 18h, na Vila das Artes. No dia 19, o filme será exibido novamente, desta vez com a presença do diretor para debate. A obra, de 52 minutos, retrata a realidade do Haiti após dois anos da maior catástrofe das Américas, em que mais de 250 mil haitianos morreram e mais de 1 milhão ficaram desabrigados. Haitianos que sobreviveram relatam o caos estabelecido no dia do terremoto que atingiu a cidade de Porto Príncipe e redondezas. A chegada do primeiro contingente de militares brasileiros, em 2004, é resgatada, traçando uma linha histórica linear até os dias atuais.
Estive em Porto Príncipe, em 2006. Naquela época, a presença das Forças Armadas Brasileiras se destacava dentre as as nações que integravam a Minustah, missão de paz criada pela Organização das Nações Unidas (ONU), dois anos antes. O então comandante era o general Elito Carvalho Siqueira, subsituindo o general Urano Bacelar, que havia se suicidado com um tiro na boca num hotel na capital haitiana.
Foi uma visita que se restringiu à Capital e não houve nenhuma oportunidade de contato com as lideranças que protestavam contra a ocupação do País, o mais pobre das Américas. Cercados por forte segurança, os jornalistas convidados a participar da mudança de efetivos brasileiros, com grande predominância de soldados nordestinos, inclusive do Ceará, estiveram sempre acompanhados de oficiais e soldados do Exército e com pouco contato com a população.
Bem antes da catástrofe que iria mergulhar o Haiti no mais radical caos, que teve início com a epidemia de cólera (atribuída a tansmissão dos próprios militares ocupantes) e culminando com o terremoto, era um lugar tomado pelas trevas,não havia energia elétrica, e pelo lixo. Muitos jovens, adolescentes por sinal, vendiam sangue para hospitais de primeiro mundo (dizem que inclusive de Miami) em troca de alguns dólares, além de um pouco de alimento dado para quem se submete às doações.
Como se não bastassem tanto sofrimento impigido aos haitianos, o País funcionou como um laboratório do emprego antiguerrilha urbana, que hoje é empregado pelo Exército brasileiro para inibir a violência nas grandes cidades. Essa metologia vem sendo empregada no Ceará, especificamente em Fortaleza, em vista da greve dos policiais militares que se arrasta desde a quinta-feira passada. Tudo indica que esse aprendizado será bem aplicado nos próximos dias na Capital, diante da aplicação das sanções pela ilegalidade do movimento grevista e da determinação de enfrentamento dos grevistas ao Governo. São dramas que se misturam, que espelham a miséria pessoal e coletiva e a falta de sensibilidade humana.
Estive em Porto Príncipe, em 2006. Naquela época, a presença das Forças Armadas Brasileiras se destacava dentre as as nações que integravam a Minustah, missão de paz criada pela Organização das Nações Unidas (ONU), dois anos antes. O então comandante era o general Elito Carvalho Siqueira, subsituindo o general Urano Bacelar, que havia se suicidado com um tiro na boca num hotel na capital haitiana.
Foi uma visita que se restringiu à Capital e não houve nenhuma oportunidade de contato com as lideranças que protestavam contra a ocupação do País, o mais pobre das Américas. Cercados por forte segurança, os jornalistas convidados a participar da mudança de efetivos brasileiros, com grande predominância de soldados nordestinos, inclusive do Ceará, estiveram sempre acompanhados de oficiais e soldados do Exército e com pouco contato com a população.
Bem antes da catástrofe que iria mergulhar o Haiti no mais radical caos, que teve início com a epidemia de cólera (atribuída a tansmissão dos próprios militares ocupantes) e culminando com o terremoto, era um lugar tomado pelas trevas,não havia energia elétrica, e pelo lixo. Muitos jovens, adolescentes por sinal, vendiam sangue para hospitais de primeiro mundo (dizem que inclusive de Miami) em troca de alguns dólares, além de um pouco de alimento dado para quem se submete às doações.
Como se não bastassem tanto sofrimento impigido aos haitianos, o País funcionou como um laboratório do emprego antiguerrilha urbana, que hoje é empregado pelo Exército brasileiro para inibir a violência nas grandes cidades. Essa metologia vem sendo empregada no Ceará, especificamente em Fortaleza, em vista da greve dos policiais militares que se arrasta desde a quinta-feira passada. Tudo indica que esse aprendizado será bem aplicado nos próximos dias na Capital, diante da aplicação das sanções pela ilegalidade do movimento grevista e da determinação de enfrentamento dos grevistas ao Governo. São dramas que se misturam, que espelham a miséria pessoal e coletiva e a falta de sensibilidade humana.
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segunda-feira, 2 de janeiro de 2012
A peça As três Velhas abre temporada no teatro José de Alencar
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Foto: Eduardo Mello |
“As três velhas” narra o drama de duas marquesas decadentes, octogenárias, Melissa (Luciano Chirolli) e Graça (Danilo Grangheia), que vivem em uma mansão em ruínas, devastadas pela fome e pelo abandono, sempre vigiadas pela centenária criada Garga (Maria Alice Vergueiro). Como numa fábula, uma única noite de assombrosas revelações familiares transformará para sempre a história dessas estranhas figuras. Riso e tragédia se configuram em um gênero inesperado, batizado pelo próprio autor, Jodorowsky, de “melodrama grotesco”.
O espetáculo surgiu há três anos, quando os atores Maria Alice Vergueiro e Luciano Chirolli decidiram retomar uma antiga parceria e fundaram a companhia Teatro Pândega. Em 2010, pisaram juntos nos palcos paulistanos, e trouxeram pela primeira vez ao Brasil o original de “Las tres viejas”, do chileno Alejandro Jodorowsky.
Depois de passar pelo Rio de Janeiro, Brasília, Londrina (Festival Internacional de Londrina), Curitiba e Florianópolis. O espetáculo começa sua temporada 2012, em Fortaleza. Daqui segue para o Festival Internacional de Artes Cênicas de Pernambuco – Janeiro de Grandes Espetáculos. Na versão que será apresentada na cidade, além dos atores Maria Alice Vergueiro (que também cuida da direção) e Luciano Chirolli (prêmio Shell de Melhor Ator no ano de 2010), o elenco traz o experiente ator Danilo Grangheia.
Serviço:
As três velhas: espetáculo será apresentado no sábado (7), às 21 horas, e domingo (8), às 19 horas. Ingresso: R$ 10 (meia) e R$ 20 (inteira).
Fonte: Secult
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Teatro
domingo, 1 de janeiro de 2012
Exército pode ser um convidado perigoso
Em 1994, Antônio Calado escreveu: "O Rio resume o Brasil. Posto sob alguma espécie de controle militar, o Rio deixa de ser uma calamidade carioca; é um vaticínio para o resto do País. Militar brasileiro gosta tanto de ser chamado a restabelecer a ordem nas ruas quanto uma solteirona de ser convidada a jantar fora. Só que o jantar pode durar 20 anos, como durou a partir de 1964".
Esse trecho da crônica do autor de Quarup é pertinente quando o Ceará experimenta a mais desafiadora greve dos policiais miliares, deflagrada na quinta-feira, chegando ao auge das tensões na sexta-feira, até culminar na decretação do estado de emergência pelo governador Cid Gomes, no sábado. Com isso, cerca de 5 mil homens entre militares do Exército, Marinha e Força Nacional de Segurança (FNS) estão sendo responsáveis pela segurança do Estado do Ceará. De acordo com chefe da Divisão de Comunicação Social da 10ª Região Militar em Fortaleza, tenente-coronel Charles, citado pelo portal Verdes Mares, o contingente será reforçado ainda neste domingo. Além do contingente atuando nas ruas do Ceará, a 10ª Região aguarda a chegada de 80 homens do Pelotão de Choque do Exército e do Pelotão de Ações de Comando em Controle de Recife.
Apesar dos graves conflitos sociais, que são a principal causa da violência no Brasil, ainda podemos nos orgulhar do nosso espírito pacífico, cordial, festivo, extrovertido. Daí não ter havido consequências mais sérias durante o Réveilllon. Pelo sim pelo não, vale à pena refletir sobre alguns pontos: 1)Houve ou não falha dos serviços de inteligência para se antecipar aos efeitos do movimento paredista? 2)Se é real a dificuldade de comandar um grande efetivo de militares (e na ótica atual pequeno, se comparado com as demandas), por que não se divide em pequenas polícias, à exemplo dos Estados Unidos? 3)Um soldado que passa 20 anos sem promoção é por falta de merecimento ou por que alguma coisa está errada na política administrativa do Estado?
Voltando a Antônio Calado, o Exército pode se tornar um convidado perigoso sim. No entanto, nos últimos tempos tem demonstrado muita competência na administração da ordem pública, a exemplo do que vem sendo feito nos morros e favelas cariocas.O papel do Ministério da Defesa, especialmente o Exército, no Haiti (que funcionou como um grande laboratório para os embates de guerrilha urbana), deixou lições de como pode conduzir bem ações de neutralização de atividades criminosas. Talvez até com mais competência, porque é complexa a vigilância em 15.718 quilômetros, do que na função constitucional de guarda das fronteiras, do lado Oeste do País, ondea participação da Polícia Federal com seus 23 postos oficiais de fiscalização, não retem o tráfico de drogas, armas e a biopirataria.
Esse trecho da crônica do autor de Quarup é pertinente quando o Ceará experimenta a mais desafiadora greve dos policiais miliares, deflagrada na quinta-feira, chegando ao auge das tensões na sexta-feira, até culminar na decretação do estado de emergência pelo governador Cid Gomes, no sábado. Com isso, cerca de 5 mil homens entre militares do Exército, Marinha e Força Nacional de Segurança (FNS) estão sendo responsáveis pela segurança do Estado do Ceará. De acordo com chefe da Divisão de Comunicação Social da 10ª Região Militar em Fortaleza, tenente-coronel Charles, citado pelo portal Verdes Mares, o contingente será reforçado ainda neste domingo. Além do contingente atuando nas ruas do Ceará, a 10ª Região aguarda a chegada de 80 homens do Pelotão de Choque do Exército e do Pelotão de Ações de Comando em Controle de Recife.
Apesar dos graves conflitos sociais, que são a principal causa da violência no Brasil, ainda podemos nos orgulhar do nosso espírito pacífico, cordial, festivo, extrovertido. Daí não ter havido consequências mais sérias durante o Réveilllon. Pelo sim pelo não, vale à pena refletir sobre alguns pontos: 1)Houve ou não falha dos serviços de inteligência para se antecipar aos efeitos do movimento paredista? 2)Se é real a dificuldade de comandar um grande efetivo de militares (e na ótica atual pequeno, se comparado com as demandas), por que não se divide em pequenas polícias, à exemplo dos Estados Unidos? 3)Um soldado que passa 20 anos sem promoção é por falta de merecimento ou por que alguma coisa está errada na política administrativa do Estado?
Voltando a Antônio Calado, o Exército pode se tornar um convidado perigoso sim. No entanto, nos últimos tempos tem demonstrado muita competência na administração da ordem pública, a exemplo do que vem sendo feito nos morros e favelas cariocas.O papel do Ministério da Defesa, especialmente o Exército, no Haiti (que funcionou como um grande laboratório para os embates de guerrilha urbana), deixou lições de como pode conduzir bem ações de neutralização de atividades criminosas. Talvez até com mais competência, porque é complexa a vigilância em 15.718 quilômetros, do que na função constitucional de guarda das fronteiras, do lado Oeste do País, ondea participação da Polícia Federal com seus 23 postos oficiais de fiscalização, não retem o tráfico de drogas, armas e a biopirataria.
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