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sábado, 31 de março de 2012

Dideus lança livro e CD no Museu Jaguaribano



O CD “Entre amigos, poemas e canções” e a reapresentação do livro “Nos Cafundós do Sertão”, do poeta e compositor Dideus Sales, foram lançados, ontem, no Museu Jaguaribano, em Aracati. O evento integra as festividades dos 50 anos de vida do artista cearense.
Ambas as obras têm como temática o regionalismo e forte inspiração no cordel, especialmente o livro “Nos Canfundós do Sertão”, que foi teve o lançamento de sua 13ª edição, revista e ampliada. A publicação é composta por um só poema, feito em homenagem ao também poeta Patativa do Assaré em vida, e cada estrofe recebe ilustrações de Audifax Rios.
Já o CD é composto por 12 poemas, que foram musicados por Rogério Franco, Claudo Ferreira e Tião Simpatia. Também assimilam a temática regional, à exceção de Estação Perdida, cantado por Lorena Nunes, que aborda o mundo existencialista vivido pelo autor.
Segundo Dideus, a homenagem que aconteceu no Museu Jaguaribano foi uma forma de comemorar o meio século de existência e ainda difundir mais a poesia e a música nordestina. Na ocasião, a apresentação coube ao membro da Academia Cearense de Retórica, Barros Alves.
“Para mim, é uma alegria imensa essa iniciativa cultural, porque estou expandindo minha produção criativa e tornando-a mais próxima do povo”, disse o poeta.
Inspiração
dideus nasceu em Crateús, no sertão dos Inhamuns, e vive há 16 anos em Aracati. Desde cedo, teve grande inclinação para a manifestação artística.
“Tive uma convivência muito próxima com Patativa, em sua casa em Assaré. E viajávamos juntos, aumentando ainda mais sua influência sobre meu trabalho”, disse.
Além de Patativa, outros autores que influenciaram Dideus foram Ivanildo Vila Nova, Pedro Bandeira e Hernandes Pereira. Para o autor, cada um desses poetas contribuíram para sedimentar sua vocação e persistir numa carreira, onde sempre foi permeada pela observação, contemplação e exaltação dos temas sertanejos.
Dificuldades
O autor reconhece que há um certo mito quando se fala em dificuldade para se prosseguir na carreira artística, especialmente como poeta popular.
Lembra que é autor de 13 livros, todos com edições esgotadas. Além disso, salienta que sua obra tem um reconhecimento que lhe é muito caro pela relevância cultura, que é fazer parte da Academia Brasileira de Literatura de Cordel. “Acredito que quando um artista tem uma obra consiste, ele não deve se preocupar com o fracasso. No meu caso, sou feliz pelo êxito obtido”, afirmou o escritor.
Tanto o CD quanto o livro foram vendidos por R$ 30,00, durante a noite de lançamento no Museu Jaguaribano. Hoje, haverá ainda o lançamento de mais uma edição da revista Gente de Ação, também como parte das festividades do aniversário de Dideus. Para ele, é um tempo de muita alegria e satisfação, que compartilha com amigos e com os amantes da poesia.

sexta-feira, 30 de março de 2012

Assembleia Legislativa realiza I Festival de Música



Revelar talentos, reconhecer os músicos da Terra e contribuir para o crescimento e a valorização dos nossos artistas. É com esse objetivo que acontece o I Festival de Música da Assembleia Legislativa, cujas inscrições seguem até o dia 15 de abril, no site do Parlamento Estadual (www.al.ce.gov.br).

Segundo o presidente da Casa, deputado Roberto Cláudio, “a Assembleia, seguindo o exemplo dos festivais que já serviram de vitrine para tantos nomes da Música Popular Brasileira, abre esse novo espaço e oferece aos músicos cearenses mais uma oportunidade de crescimento e destaque”.

Após o término das inscrições, a Comissão de Curadoria fará a seleção de 36 composições que participarão das seis fases eliminatórias. Doze músicas participarão da final e irão integrar CD e DVD produzido durante a competição.

Podem participar do Festival compositores brasileiros, nascidos ou residentes no Ceará, desde que inscrevam suas composições em português. Sendo que cada participante só poderá inscrever uma composição inédita (letra e música) que não tenham sido gravadas em CD, DVD, teipes, comerciais e filmes. Só serão aceitas inscrições realizadas pela internet.

Como premiação aos vencedores o I Festival de Música da Assembleia está oferecendo, além de um troféu, R$ 10.000,00 (dez mil reais), para o primeiro lugar, R$ 7.000,00 (sete mil reais), para o segundo e R$ 5.000,00 (cinco mil reais), para o terceiro e ainda, 3.000,00 (três mil reais), para melhor intérprete e o mesmo valor para música mais popular.

A final do I Festival de Música da Assembleia acontece dia 26 de maio no auditório do Centro Cultural do Parlamento Cearense (CCPC), no novo prédio da instituição.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Chico assevera que saudade é arrumar o quarto do filho que já morreu



Pedaço de Mim
Chico Buarque

Oh, pedaço de mim
Oh, metade afastada de mim
Leva o teu olhar
Que a saudade é o pior tormento
É pior do que o esquecimento
É pior do que se entrevar

Oh, pedaço de mim
Oh, metade exilada de mim
Leva os teus sinais
Que a saudade dói como um barco
Que aos poucos descreve um arco
E evita atracar no cais

Oh, pedaço de mim
Oh, metade arrancada de mim
Leva o vulto teu
Que a saudade é o revés de um parto
A saudade é arrumar o quarto
Do filho que já morreu

Oh, pedaço de mim
Oh, metade amputada de mim
Leva o que há de ti
Que a saudade dói latejada
É assim como uma fisgada
No membro que já perdi

Oh, pedaço de mim
Oh, metade adorada de mim
Leva os olhos meus
Que a saudade é o pior castigo
E eu não quero levar comigo
A mortalha do amor
Adeus

quarta-feira, 28 de março de 2012

Poesia é como um punhal que fere o seio e o colo de graça fatal




Inês ou a solidão
 Maria José Batista
Na tempestade de um tempo maldito  
Extingue-se o sol, o calor, o coração aflito 
Ouve-se o uivo do chacal, o uivo da fera
No vazio idêntico da solidão que se apodera

Do espírito e da alma como um punhal
Fere o seio, o peito, o colo de graça fatal
Silencia na cova comida até ao pó
Até à inerte substância de criatura só

O choro e o riso do poder  grandioso
Do despudor de um amor poderoso
 A sete palmos da terra… é rainha sim!

Dos imensos invernos,  da imensa  miséria
De estrelas, de sóis, de luas de quem sorria
Pelo  crime de tanto…tanto amar assim…

segunda-feira, 26 de março de 2012

Arthur Barbosa estreia na regência da Orcec com “As Quatro Estações” de Vivaldi

Maestro Arthur Barbosa. Foto: Divulgação

O maestro Arthur Barbosa inicia, quarta-feira, seu trabalho como regente da Orquestra de Câmara Eleazar de Carvalho (Orcec).  O Concerto Universitário, que acontece  às 19h, no auditório da Faculdade 7 de Setembro, e o Concerto Solidário, na quinta-feira, dia 29, às 19h, no Palco Principal do Theatro José de Alencar. apresentam  como obra principal, “As Quatro Estações”, do compositor italiano Antonio Vivaldi. Ambos com entrada franca.
A peça é composta por quatro concertos para violino e orquestra, dedicados cada um a uma estação (Primavera, Verão, Outono e Inverno), sendo uma das mais conhecidas da música de concerto em seu período barroco. Para a abertura, outra peça de Vivaldi, Sinfonia in B Minor “Al Santo Sepolcro”.
A Orcec convidou ainda o violinista Emmanuele Baldini para atuar como solista nos concertos. Aluno de conceituados conservatórios e vencedor de diversos prêmios musicais internacionais, o instrumentista, desde 2005, é spalla da Orquestra Sinfônica de São Paulo (Osesp), tendo sido o membro fundador do Quarteto Osesp, no qual atua como 1º Violino. Baldini possui ainda uma discografia bastante elogiada tanto pelo público quanto pela crítica.
 “As Quatro Estações” são reconhecidas ainda por terem, acompanhando cada concerto, um soneto dedicado à sua respectiva estação. Não se sabe ao certo a autoria dos textos, mas acredita-se que o próprio Vivaldi os tenha escrito. Reafirmando a vocação de valorizar sua identidade regional, por sugestão do maestro Arthur Barbosa, a Orcec convidou o poeta Pedro Sampaio para adaptar os sonetos à realidade no Nordeste, e recitá-los em seus respectivos momentos. A convergência de linguagens artísticas promete ser outro ponto alto dos Concertos Universitário e Solidário.
O recital será acompanhado por um prelúdio ao som do cravo de Fernando Cordella. Cravista, docente e pesquisador em música dos séculos XVII e XVIII, Fernando Turconi Cordella é diretor artístico da Confraria Música Antiga StudioClio, da  Sociedade Bach Porto Alegre, e da Orquestra de Câmara de Carazinho, onde atua  como maestro titular. Atua como solista de cravo e baixo continuísta em diversas orquestras, e participa regularmente, desde 2007, como cravista oficial do Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga em Juiz de Fora, MG.
A Orquestra de Câmara Eleazar de Carvalho é uma ação da Associação Artística de Concertos do Ceará, com o apoio do Governo do Estado do Ceará, por meio da Secretaria da Cultura. Neste concerto, conta ainda com o apoio do Theatro José de Alencar e da Faculdade 7 de Setembro.

domingo, 25 de março de 2012

Triângulo amoroso inspira as melhores manifestações da arte

´Série de Tv Capitu. Imagem: Divulgação

Com a disseminação da pornografia pelos canais de televisão fechados e até abertos, nas revistas, e até mesmo na internet, a pergunta que se faz é se houve ou não maior motivação para o adultério. As opiniões se dividem e as correntes tendem para o moralismo, com pseudos argumentos inclusive, e outros para uma crença que o temor da Aids e a emancipação feminina preponderam muito mais para uma monogamia mais racional e mais blindada aos arroubos impetuosos.
Fatal como a morte, o triângulo amoroso tem servido ao longo da existência humana de "matéria prima" para os artistas, os quais encontram no amor a três inspiraçãoe beleza estética. Literatura, cinema e música são impregnados pelo tema, como se os tormentos fossem expiados e sublimados pelo imaginário criador.

Madame Bovary, de Flaubert e Ana Karenina, de Tolstoi, são exemplos clássicos da literatura universal que abordam a infidelidade nas relações amorosas. Ambas as personagens femininas, talvez punidas pelo inconsciente machistas, pagam com a vida o preço de suas buscas de amor: Madame Bovary é envenenada e Ana Karenina se joga tragicamente de um trem.
A literatura brasileira reserva também um bom número de histórias de adultério e traições. Dom Casmurro, de Machado de Assis, mostra uma Capitu capaz de levar seu amante ao delírio de ciúmes e desconfianças. Ela igualmentente não sobrevive até o final do romance.
Do mesmo modo é farto o assunto no cinema: Amargo Regresso, a Bela da Tarde, Esposamente, Atração Fatal...Agora, pelo menso dois ironizam radicalmente o mais prosaico instrumento inventado pelo homem para garantir a fidelidade de suas mulheres, o cinto de castidade. "Tudo que você queria saber de sexo', de Woody Allen, e Obscuro objeto de desejo, de Buñel, relembram a peça criada pelos que partiam para as Cruzadas, na Idade Média, com a certeza de que se vivos retornassem para seus lares, trariam sobre suas cabeças apenas os louros da vitória.
Cena de A Bela da Tarde

As desditas amorosas provocadas pelas mulheres que buscam outros braços para seus alentos tiveram nos compositores da velha guarda da Música Popular Brasileira um campo fértil de inspiração muscial, sendo os seus principais expoentes Noel Rosa e Lupíscínio Rodrigues, com as composições "Vingança" e "Nervos de aço". O tema é também retomado por Roberto Carlos (Detalhes) e Chico Buarque (Olhos nos Olhos).
Para mim, a mais impressionante obra que trata da não aceitação da perda amorosa está no filme "A mulher do lado", de François Truffaut. A personagem mata o amante e em seguida se mata. no seu túmulo é escrito o epitáfio "Nem com você, Nem sem você".

sábado, 24 de março de 2012

Ikiru - Réquiem para Pina Bausch se apresenta hoje no Theatro José de Alencar


O Theatro José de Alencar apresenta, hoje,  o espetáculo Ikiru – Réquiem para Pina Bausch,solo no qual o bailarino, coreógrafo e diretor japonês Tadashi Endo responde suas questões criativas, unindo de maneira muito particular referências do Butoh-MA e da Dança Teatro.
A apresentação tem o apoio da Vila das Artes, equipamento da Prefeitura de Fortaleza. Em Ikiru (“vida”, em japonês), Tadashi celebra a brevidade da vida e homenageia seus mestres mortos.
Criado em 2009, o espetáculo foi apresentado parcialmente em Berlim e Barcelona. Sua primeira versão completa estreou no Brasil, em Campinas, passando pelo Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Salvador e Fortaleza (confira trecho). A apresentação começa às 20h, e os ingressos custam R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia).
No mesmo dia, às 15h, Tadashi Endo fará uma demonstração do Butoh-Ma, a base de sua dança. Os espectadores são convidados a levar flores. O acesso é gratuito, por ordem de chegada. Tadashi Endo é bailarino de Butoh, coreógrafo, diretor do “Mamu – Butoh Center” e diretor artístico do festival “Mamu International Butoh Festival” em Göttingen, Alemanha.  Reúne em seu fazer artístico a sabedoria das tradições da dança e do teatro, Ocidental e Oriental, construindo um trabalho único e extremamente pessoal.