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Quando V.S Naipaul ganhou o Prêmio Nobel de Literatura, de 2001, houve quem considerasse a repetição da excentricidade da academia sueca em premiar escritores desconhecidos. Na lista foram passados em branco desde Marcel Proust até Jorge Amado. Mas já na década de 1980, a revista Newsweek o considerou como o "Mestre do Romance". Na mesma década, li os Mímicos e fiquei maravilhado com uma nova visão do terceiro mundo, que fosse além do realismo fantástico de Gabriel García Marquez. Foi escritor das grandes viagens e da convicção de que, no jornalismo, as opiniões e comentários passam e deixam vulneráveis seus escritores. Ao contrário disso, enaltecia a informação. Ele falava com compaixão e ao mesmo tempo conferia a ironia ao patamar mais elevado, além da paródia, do escárnio e da covardia de se dizer as coisas de frente. "Não estou interessado em atribuir culpa", afirmou o escritor nascido e criado em Trinidad Tobago, e de família indiana.
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