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quarta-feira, 23 de março de 2011

Simone de Beauvoir mostrou extenso lastro cultural

Simone de Beauvoir, por Henri Cartier-Bresson


Tanto tenho apreço pela fotografia de Henri Cartier-Bresson, quanto pela fotografada, a escritora francesa Simone de Beauvoir, em Paris,  1946. Nesta época, ela já havia publicado seu primeiro romance A Convidada, em 1943, aos 36 anos. Os ideais feministas estavam muito definidos em sua obra e na vida pessoal, refletindo a juventude francesa, como seu companheiro Jean-Paul Sartre, que detinha vasta bagagem cultural e deram vazão às demandas modernas.
Sua literatura é de primeira qualidade e nos faz causar inveja toda a classe em que as relações humanas se desenvolvem em A convidada, considerada uma obra auto-biográfica. Não escrevia melhor que Sartre, mas reconhecia isso. Em Memórias de uma Moça Bem Comportada (1958), disse sobre o parceiro que: "foi a primeira vez em minha vida que me senti intelectualmente inferior a alguém".
Depois de seu primeiro romance, escreveu mais  oitenta. Tinha estilo enxuto, quase não gostava de descrever lambientes e lugares e se prendia à ação. Não foi por isso que não ganhou o Nobel, ao contrário de Sartre (e rejeitado). Também contribuiu o tamanho do poço da sabedoria. Se Sartre já não era muito original na defesa do Existencialismo (pois se inspirou em Heidegger, Nietzsche e Husserl), sua bases filosóficas batiam no raso.

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