Hannah Arendt, uma filósofa judia, dizia que bem antes da II Guerra, o anti-Semitismo, ou ódio aos judeus, ou a alguns judeus, se devia ao fato da cultura de viverem da agiotagem. Não trabalhavam duro como outros povos na indústria, na agricultura, e como muito tempo livre estudavam, eram artistas talentosos, enquanto uma massa de desempregados, desesperados sofriam as consequências mais severas das guerras.
Isso não é uma generalização e nem uma desculpa para o holocausto, o shoá, que causou o genocídio e o assassinato em massa de pelo menos 6 milhões de judeus pelo nazifascismo. A questão é que o sionismo agrega hoje outros motivos para que a humanidade repila o que se tem feito em Gaza, Líbano, Iêmen e Irã.
O sionismo é um movimento político e nacionalista que defende a criação e a manutenção de um estado judeu na região historicamente conhecida como Palestina. Surgido no final do século XIX, o sionismo ganhou força principalmente após a Segunda Guerra Mundial e culminou na criação do Estado de Israel em 1948.
As guerras no Oriente Médio têm suas raízes em uma série de questões complexas, incluindo disputas territoriais, conflitos religiosos, rivalidades étnicas, interesses geopolíticos e recursos naturais. A questão central é o conflito entre Israel e os palestinos, que lutam pela autodeterminação e pela criação de um estado independente.
A ocupação israelense dos territórios palestinos, a construção de assentamentos ilegais, a violência de ambos os lados, a falta de diálogo e a falta de reconhecimento mútuo têm alimentado um ciclo de violência e instabilidade na região.
A escalada dos conflitos no Oriente Médio é agravada pela intervenção de potências regionais e internacionais, bem como por grupos extremistas que buscam promover suas agendas através da violência.
Para se alcançar a paz na região, é essencial que as partes envolvidas se comprometam com o diálogo, o respeito mútuo, a busca por soluções justas e a garantia dos direitos de todos os envolvidos. Medidas como a criação de um estado palestino viável, a retirada dos assentamentos ilegais, o fim da ocupação e a cooperação regional podem ser fundamentais para a construção de uma paz duradoura no Oriente Médio. É necessário o envolvimento e a mediação da comunidade internacional para apoiar e facilitar esse processo de negociação e reconciliação.