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sábado, 14 de setembro de 2024

Proust e as profundezas das paixões


 “Mas de súbito foi como se ela tivesse entrado, e essa separação lhe foi uma dor tão dilacerante que ele teve de levar a mão ao peito. É que o violino subirá a notas altas onde permanecia como para uma espera, Uma espera que se prolongava sem que um instrumento cessasse e a sustentar, na Exaltação em que estava de já perceber o objeto na sua espera que se aproximava, e com um desesperado esforço para durar até a sua chegada, 


Acolhe-lo antes de expirar, manter-lhe ainda um momento Com todas as suas derradeiras forças o caminho aberto para que ele pudesse passar, como se sustenta uma porta que sem isso retombaria.”


Esse texto está em caminhos de Swann, da obra Em busca do tempo perdido, de Marcel Proust e destaquei porque é realmente de uma sensibilidade extrema. Aqui as paixõe se misturam: a música erudita e a mulher Diva, musa, Odete. 

A sensação experimentada por Swann ao ouvir essa composição marcante de música clássica é descrita de forma vívida e poética por Proust, que consegue capturar a complexidade e a riqueza das emoções humanas através das palavras. 


É um momento de epifania, em que Swann é transportado para um estado de êxtase e transcendência, mergulhando nas profundezas de sua própria alma e descobrindo novos significados e horizontes. Essa experiência musical é um dos momentos mais marcantes e emblemáticos de "Em Busca do Tempo Perdido", revelando a sensibilidade e a profundidade dos personagens e explorando a capacidade transformadora da arte na vida das pessoas. É um momento de pura beleza e emoção, que ressoa através das páginas do romance e perdura na memória do leitor.


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