CONTRA A DENGUE
Prefeitura e Exército vedam caixas-d´água
Parceria com a Secretaria Municipal de Saúde reúne 72 soldados em trabalho de prevenção à dengue
"Estamos travando uma guerra contra um inimigo minúsculo e aparentemente fácil de ser vencido, mas na verdade, o mosquito transmissor da dengue é perigoso e difícil de ser controlado. A epidemia da dengue não é algo que se decreta, mas sim que se constata".
A afirmação é do titular da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Alex Mont´Alverne, ao falar, ontem, para cerca de 72 soldados, cabos e um sargento do Exército Brasileiro. O contingente vai auxiliar as equipes da SMS na vedação e telamento de caixas-d´água nas áreas das Secretarias Executivas Regionais III e V (SER III e SER V).
Durante a preleção, que aconteceu na Unidade Profissionalizante de Atendimento ao Menor (Upam), no Conjunto Ceará, o secretário municipal de Saúde, lembrou que os números estão sendo reveladores da necessidade de ampla mobilização da sociedade, inclusive recorrendo aos empresários e, particularmente, às forças armadas brasileiras. Até ontem, haviam sido registradas 36 mortes por dengue no Ceará, sendo que 13 aconteceram na Capital, afora mais nove casos que estão em investigação.
A escolha do Conjunto Ceará para dar início da operação de vedamento de caixas-d´água foi explicada por Alex Mont´Alverne por ter sido o bairro que apresentou menor cobertura na Capital. Ou seja, apenas 14% dos seus imóveis estão devidamente protegidos.
"A ação é fundamental para reduzir a incidência da doença, pois os recipientes, quando desprotegidos, são propícios à reprodução de larvas do Aedes aegypti", comentou.
A primeira casa visitada pelos soldados foi a situada na Rua 608, nº 72, na segunda etapa. A proprietária, Maria Virgínia Moreira, disse que vinha pensando em tomar essa providência, mas sempre adiava, em vista de outros afazeres da família.
Meta
O supervisor de Endemias da SMS, Edilberto Nunes, disse que a meta é atingir 13 mil caixas-d´água, que é o número pertinente às telas que foram doadas pela Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec). Segundo Edilberto, é difícil precisar quantas unidades serão vedadas por dia, tanto por conta do tamanho das unidades a serem cobertas, quanto pela dificuldades de se trabalhar durante o período chuvoso.
Uma outra preocupação é que essa atividade seja extensiva às demais caixas-d´água que se encontram desprotegidas em outros bairros da cidade. Para tanto, as autoridades de saúde do Município acreditam que o gesto do Exército e da Fiec deverá motivar outras entidades e instituições a aderirem à campanha de combate a dengue, especificamente nessa atividade.
Divididos em 36 duplas, os homens do Exército visitarão prédios dos bairros Autran Nunes, Bom Sucesso e Quintino Cunha, na Regional III, até o dia 6 de setembro.
O trabalho na SER V se estenderá até 12 de setembro, cobrindo o Conjunto Ceará. A escolha dos bairros levou em consideração os índices de infestação predial, o número de caixas-d´água e as condições socioeconômicas e ambientais.
ALDEOTADois prédios abandonados preocupam vizinhança
Dois prédios abandonados no coração da Aldeota estão causando temor na vizinhança, por conta dos focos de dengue. Apesar de as obras terem sido interrompidas a algum tempo, os moradores do entorno afirmam que ainda não houve uma inspeção da SMS para o controle focal. Um dos prédios fica localizado entre as ruas Beni de Carvalho e Coronel Jucá, com quatro pavimentos. O outro fica na confluência das ruas Monsenhor Catão e Henriqueta Galeno.
De acordo com Heloísa Caracas, moradora do Condomínio Angelina Góes, pelo menos quatro moradores contraíram a doença no prédio, que fica localizado na Rua Henriqueta Galeno. Em um desses prédios, na Rua Henriqueta Galeno, do alto dá para ver que há moradores residindo no local. Além de um fogão, também foram avistados animais domésticos, inclusive galinhas.
A diarista Fátima da Silva Freitas disse que o lugar causa aflição para os moradores, porque os prédios inacabados são locais onde residem sem tetos e até mesmo servem de esconderijos para ladrões. O gerente de Vigilância Ambiental, da SMS, Urânio Nogueira, disse que mandará equipes no local para que seja feito o controle focal. Ele informou que caso haja algum impedimento para o acesso da equipe, é provável que se requeira uma ação judicial.
MARCUS PEIXOTO
REPÓRTER
"Estamos travando uma guerra contra um inimigo minúsculo e aparentemente fácil de ser vencido, mas na verdade, o mosquito transmissor da dengue é perigoso e difícil de ser controlado. A epidemia da dengue não é algo que se decreta, mas sim que se constata".
A afirmação é do titular da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Alex Mont´Alverne, ao falar, ontem, para cerca de 72 soldados, cabos e um sargento do Exército Brasileiro. O contingente vai auxiliar as equipes da SMS na vedação e telamento de caixas-d´água nas áreas das Secretarias Executivas Regionais III e V (SER III e SER V).
Durante a preleção, que aconteceu na Unidade Profissionalizante de Atendimento ao Menor (Upam), no Conjunto Ceará, o secretário municipal de Saúde, lembrou que os números estão sendo reveladores da necessidade de ampla mobilização da sociedade, inclusive recorrendo aos empresários e, particularmente, às forças armadas brasileiras. Até ontem, haviam sido registradas 36 mortes por dengue no Ceará, sendo que 13 aconteceram na Capital, afora mais nove casos que estão em investigação.
A escolha do Conjunto Ceará para dar início da operação de vedamento de caixas-d´água foi explicada por Alex Mont´Alverne por ter sido o bairro que apresentou menor cobertura na Capital. Ou seja, apenas 14% dos seus imóveis estão devidamente protegidos.
"A ação é fundamental para reduzir a incidência da doença, pois os recipientes, quando desprotegidos, são propícios à reprodução de larvas do Aedes aegypti", comentou.
A primeira casa visitada pelos soldados foi a situada na Rua 608, nº 72, na segunda etapa. A proprietária, Maria Virgínia Moreira, disse que vinha pensando em tomar essa providência, mas sempre adiava, em vista de outros afazeres da família.
Meta
O supervisor de Endemias da SMS, Edilberto Nunes, disse que a meta é atingir 13 mil caixas-d´água, que é o número pertinente às telas que foram doadas pela Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec). Segundo Edilberto, é difícil precisar quantas unidades serão vedadas por dia, tanto por conta do tamanho das unidades a serem cobertas, quanto pela dificuldades de se trabalhar durante o período chuvoso.
Uma outra preocupação é que essa atividade seja extensiva às demais caixas-d´água que se encontram desprotegidas em outros bairros da cidade. Para tanto, as autoridades de saúde do Município acreditam que o gesto do Exército e da Fiec deverá motivar outras entidades e instituições a aderirem à campanha de combate a dengue, especificamente nessa atividade.
Divididos em 36 duplas, os homens do Exército visitarão prédios dos bairros Autran Nunes, Bom Sucesso e Quintino Cunha, na Regional III, até o dia 6 de setembro.
O trabalho na SER V se estenderá até 12 de setembro, cobrindo o Conjunto Ceará. A escolha dos bairros levou em consideração os índices de infestação predial, o número de caixas-d´água e as condições socioeconômicas e ambientais.
ALDEOTADois prédios abandonados preocupam vizinhança
Dois prédios abandonados no coração da Aldeota estão causando temor na vizinhança, por conta dos focos de dengue. Apesar de as obras terem sido interrompidas a algum tempo, os moradores do entorno afirmam que ainda não houve uma inspeção da SMS para o controle focal. Um dos prédios fica localizado entre as ruas Beni de Carvalho e Coronel Jucá, com quatro pavimentos. O outro fica na confluência das ruas Monsenhor Catão e Henriqueta Galeno.
De acordo com Heloísa Caracas, moradora do Condomínio Angelina Góes, pelo menos quatro moradores contraíram a doença no prédio, que fica localizado na Rua Henriqueta Galeno. Em um desses prédios, na Rua Henriqueta Galeno, do alto dá para ver que há moradores residindo no local. Além de um fogão, também foram avistados animais domésticos, inclusive galinhas.
A diarista Fátima da Silva Freitas disse que o lugar causa aflição para os moradores, porque os prédios inacabados são locais onde residem sem tetos e até mesmo servem de esconderijos para ladrões. O gerente de Vigilância Ambiental, da SMS, Urânio Nogueira, disse que mandará equipes no local para que seja feito o controle focal. Ele informou que caso haja algum impedimento para o acesso da equipe, é provável que se requeira uma ação judicial.
MARCUS PEIXOTO
REPÓRTER
Diário do Nordeste
Assim tem sido a realidade das Forças Armadas Brasileiras. Enquanto o Exército mantém o gosto pela alvenaria, construindo estradas, barragens ou em operações civis, a Marinha utiliza hoje suas embarcações militares para excursões escolares. Exemplo disso acontece nas suas fragatas e no milionário porta-aviões de origem francesa, o São Paulo,que até hoje não fez outra coisa senão boiar. Já o caso da Força Aérea é a nossa eterna novela das 8. Com o dilema na escolha dos caças, passou a ser paraquerada por franceses (hoje sem muitas chances), os suecos (com muito poucas) e os norte-americanos, os mais cogitados. A indenição do povo papel das Forças Armadas, que devem se inserir no papel constituicional de defesa da soberania nacional, torna esse instrumento precário e inseguro.
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