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domingo, 7 de agosto de 2011

Gold Diggers, de Busby Berkeley, é um momento curto para a beleza intensa



Gold Diggers, de 1933, de Busby Berkeley (1895-1976), tem vários méritos. E um desses, não menos importante, é a vitória do coletivo sobre o individual. O musical nos remete a tempos nostálgicos, em que o movimento da câmara, a canção romântica, a coregrafia bem planejada, e o artesanato da produção resultam num só termo: o esmero da produção.

Felizmente, Gold Diggers, um dos clássicos do diretor, encontra-se digitalizado e podemos apreciar com qualidade todo esse primor de arte. Sobre o diretor, Cristiano Câmara enaltece a sintonia que faz entre o valor individual de cada participante, como o cantor, a dançarina, o cenógrafo, a iluminação e os efeitos (que  não eram especiais assim naqueles anos), mas consegue chegar a algo parecido a um caleidoscópio. 
Busby Berkeley nasceu em 29 de novembro de 1895, em Los Angeles, Califórnia, filho de artistas de teatro. Começou trabalhando em uma fábrica de sapatos e se alistou para o Exército, com o início da Primeira Guerra Mundial. Acabou apresentando alguns espetáculos para a tropa. Após a guerra, iniciou carreira como ator e coreógrafo em musicais de teatro. Em 1928 já acumulava cinco shows na Broadway e foi chamado para o cinema. Seu primeiro trabalhou foi em Whoopee (1930), que coreografou. Após o filme, assinou contrato com a Paramount. Seguiram-se Kiki (1931), Palmy Days (1931), dentre outros, que o desanimaram da carreira. O sucesso, de fato, começou com Rua 42, que ele atuou como diretor de dança. Após o filme ganhou um contrato de sete anos.Quando assinou contrato com a Warner, fez questão de informar que dirigiria os filmes, e não apenas somente as partes musicais. Em 1935 o diretor foi processado após um acidente automobilístico causar a morte de três pessoas. Foi absolvido, mas ficou abalado com o fato. Na Warner fez filmes como Hotel de Hollywood (1937), Os Homens são uns Trouxas (1938), No Mundo da Lua (1938), Promessa Cumprida (1938), dentre outros. No final da década de 30 entrou para a MGM, onde dirigiu Judy Garland em Sangue de Artista (1939), Um Casal em Apuros (1939), O Rei da Alegria (1940) dentre outros. Após sucessos na MGM, foi emprestado para outros estúdios e iniciou um processo de desemprego e depressão. Tentou suicídio e chegou a ser internado em um sanatório.Seu último filme como diretor foi A Bela Ditadora (1949), com Gene Kelly. Busby faleceu em 14 de maio de 1976. Tinha 80 anos.

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