![[Venezuela+1962.jpg]](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYcUXHEDzQX0w5NPl_XmOh__154yz_lYrjvt4Bhl6jIqE0v6W2JOlCtKiaWZSui8ouT_zWfzqj-hQVSUTJ5Ho4eKK9K4XcuR4bE1dwx4kP7rR4stCFvymo6aDKroDe_lhec5KpMJEzS4s/s320/Venezuela+1962.jpg)
Afirmar que a vida vale a pena e não conseguir desarmar estados beligerantes parece ser, ironicamente, uma batalha perdida. O tempo tem-se encarregado em mostrar que pouco ou quase nada avançamos em conter a indústria da guerra e não inserir as armas como produto necessário para a solução dos conflitos ou para a preparação desses. No lugar da caridade, da piedade e da harmonia há uma competitividade cruel na política, na economia e que se reflete nas relações pessoais.
Thomas Hobbes dizia que "um homem não pode se abster do direito de resistir àqueles que o atacam pela força para lhes privar a vida". Era explicitamente a favor da guerra, não tão enfaticamente quanto foi Heidegger. Ao mesmo tempo, outras correntes de pensadores como Hannah Arendt e os formadores da Escola de Frankfurt, para citar algumas, eram contrárias e responsabilizavam a incapacidade das ideologias e dos sistemas em corrigir o que estava errado.
Não obstante a guerra ter sido assunto que permeou não apenas as reflexões dos filósofos e humanistas, houve o malogro dos movimentos pacificistas, que ganharam força em meados da década de 1960. Essa é uma fotografia que retrata o humanismo e a guerra. Trata-se de um soldado ferido pedindo a proteção de um padre durante a insurreição cívico-militar na Venezuela em 1962, de autoria do fotógrafo Héctor Rondon e publicada na revista Life no mesmo ano. A tragédia humana se repete com enredos e pretextos diferentes, quer para derrubar ditaduras como as do Iraque e da Líbia, quer para dissuadir inimigos em potencial.
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