"O tráfico do quadro falso teve um papel importante para
que se chamasse a atenção de Bruno, enquanto estava sendo
caçado pela polícia, mafiosos italianos e pastores de igrejas
evangélicas roubadas pelo larápio. Onde estaria escondido o
vagabundo, que influenciou na morte de seu amado? Deveria
pagar com o cérebro estourado sem nenhuma consideração
de amenidades, quer seja pelo frio, pela calor, pela brisa, pelo
vento, pelo perfume silvestre exalando já pelos seus ossos.
Que bom fossem aqueles os últimos momentos na face
da Terra. Morria-se assim com um ar de felicidade imaginável,
que se refletiria perfumadamente das flores dos niobes
africanos e se estendiam por todos os continentes, conforme a
direção do vento, o mesmo cântico das sereias que Ulisses
ouviu amarrado ao mastro.
Ao mesmo tempo, um vento bom não chegava senão
para inaugurar de vez uma vida restaurada, inteira, com um
pouco de sofisticação e com a mente centrada no crime. Meu
Deus do Céu, o mundo não existia para Sandra sem o crime.
Não foi sem razão que ficou com o namorado pistoleiro até o
dia de sua morte. Conheceu Bruno por conta de seu furor
sexual em se saciar até a exaustão, o que não era mais o
caso, e satisfazer, assim, uma mania sexual do parceiro.
Sairia pela noite."Trecho do livro "A Igreja da Luz Vermelha", 258 páginas, edição impressa e e-book (PDF)
Bruno Prior é pintor, ambientalista e pastor protestante. Ele se envolve numa série de crimes, incluindo desde falsificação de quadros até lavagem de dinheiro. Por enganar um bispo evangélico para a construção de uma igreja no Red Light (Luz Vermelha), em Amsterdã, passa a ser alvo de uma caçada internacional. O dinheiro avaliado em milhares de euros é convertido em drogas e orgias.
No entanto, sua conversão é dada como certa por pessoas de sua proximidade, que passam a apoiá-lo até que um atentado faz com que repense toda a trajetória de sua vida.
http://www.agbook.com.br/book/51652--A_Igreja_da_Luz_Vermelha
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