É do mundo exterior que o conhecimento precisa vir a nós, pela leitura, audição e contemplação. Wendy Beckett
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sábado, 10 de março de 2012
América do Sul vai às compras no mercado internacional de armas (I Parte)
Há duas verdades inquestionáveis. Uma é a estabilidade deste lado do hemisfério, que permite séculos seguidos de paz e quase nenhuma preocupação como os vizinhos. A última guerra que o Brasil se envolveu foi a do Paraguai, que durou de 1864 a 1870. Outra assertiva é que o tamanho tem importância e conta sim. A dimensão territorial brasileira praticamente inviabiliza uma invasão, assim como a história demonstrou com outros países gigantes, como os Estados Unidos, Rússia, Canadá e China.
Contudo, os observadores dos serviços de inteligência não têm deixado passar o crescente interesse por armas na América do Sul. O Chile possui, hoje, uma das melhores marinhas do Continente e sua eficiência na Antártida garantiu a sobrevivência de muitos marinheiros brasileiros, após o incêndio na Estação Antártica Comandante Ferraz, no dia 25 passado. Seu preparo, no entanto, é específico para situações de conflitos.
No lado da Amazônia, existem a Colômbia, que não poupou recursos para modernizar suas Forças Armadas e, com isso, incitar que situação parecida acontecesse com a Venezuela. Em 2004, escrevi um caderno especial para o Diário do Nordeste, com o título Fronteiras Ameaçadas, que revelei a existência de um contigente militar de apenas 934 homens para vigiar a área fronteiriça. De lá para cá, a Colômbia já bombardeou território equatoriano e expandiu ainda mais as bases norte-americanas, ainda na gestão de Barack Obama.
Não digo que o Brasil não fez nada e, muito menos, que não deve fazer. O fato de não ter havido conflitos até agora não significa que não terá. É impossível imaginar que um militar brasileiro seja fadado a cumprir toda uma carreira sem se envolver sequer num conflito real (aqui não vale mencionar missões de paz). Nos Estados Unidos, um militar não passa dois anos que não seja mobilizado para o campo de batalha, seja onde for.
O tamanho do Brasil também não é motivo para que deixe suas fronteiras desguarnecidas, porque a invasão colombiana, especialmente motivada pelo narcotráfico ainda é a mais séria ameaça à nossa soberania pelo lado oriental, mesmo as Farcs não sendo tão medonhas como propagavam há oito anos. O que não entendo, e isso será o tema de minha reflexão amanhã, é porque o País não aproveita este momento superavitario de sua economia e investe da indústria de defesa e segurança nacional, expandindo o mercado de trabalho e assegurando a integridade de nossas inestimáveis fortunas, particularmente na Amazônia Azul, onde há as maiores reservas petrolíferas na camada do pré-sal. Não digo que essas ações não estejam sendo executadas, mas não consigo me convercer do contrário: de que essas se apresentam incipientes diante das urgentes demandas, decorrentes da riqueza e do poder, que se refletem no fato de alçarmos o sexto lugar entre as economias mundiais.
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