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quinta-feira, 31 de maio de 2012

Bandeira fazia poemas como quem morre

Desencanto
(Manuel Bandeira 1886-1968)

Eu faço versos como quem chora
De desalento... de desencanto...
Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.
Meu verso é sangue. Volúpia ardente...
Tristeza esparsa... remorso vão...
Dói-me nas veias. Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.
E nestes versos de angústia rouca
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre sabor na boca.
- Eu faço versos como quem morre.

terça-feira, 29 de maio de 2012

Poetisa diz que a fé consiste em realizar seus sonhos


Te sueño

Claudia Sands

Mi cuerpo y mi alma te llaman,
sueño con perderme en tus alas
en tus besos, encontrarme en tus ojos.
Sueño por quedarme siempre en tus brazos,
mirándote en silencio, en mi regazo,
verte dormir en silencio y
que despiertes en mis brazos.
Sueño viéndote escribir
Sueño contigo siempre,
ese momento de tenerte
amarte, sueño y sueño
porque mi corazón te busca.
Sueño porque mi alma te clama,
mis pensamientos te llaman,
mi mente te desea
y mi fe esta puesta en realizar mis sueños.
Sueño y despierto
y no encuentro tu cuerpo junto al mio,
aún más mi cuerpo te extraña
mi alma te ama
más que a mi propia vida.

(Bogotá, 2012)

A doceira Cora Coralina tem poesia com todos os sabores e matizes

Todas as Vidas
Cora Coralina
(1889-1985)


Vive dentro de mim
uma cabocla velha
de mau-olhado,
acocorada ao pé
do borralho,
olhando para o fogo.
Benze quebranto.
Bota feitiço...
Ogum. Orixá.
Macumba, terreiro.
Ogã, pai-de-santo...
Vive dentro de mim
a lavadeira
do Rio Vermelho.
Seu cheiro gostoso
d'água e sabão.
Rodilha de pano.
Trouxa de roupa,
pedra de anil.
Sua coroa verde
de São-caetano.
Vive dentro de mim
a mulher cozinheira.
Pimenta e cebola.
Quitute bem feito.
Panela de barro.
Taipa de lenha.
Cozinha antiga
toda pretinha.
Bem cacheada de picumã.
Pedra pontuda.
Cumbuco de coco.
Pisando alho-sal.
Vive dentro de mim
a mulher do povo.
Bem proletária.
Bem linguaruda,
desabusada,
sem preconceitos,
de casca-grossa,
de chinelinha,
e filharada.
Vive dentro de mim
a mulher roceira.
-Enxerto de terra,
Trabalhadeira.
Madrugadeira.
Analfabeta.
De pé no chão.
Bem parideira.
Bem criadeira.
Seus doze filhos,
Seus vinte netos.
Vive dentro de mim
a mulher da vida.
Minha irmãzinha...
tão desprezada,
tão murmurada...
Fingindo ser alegre
seu triste fado.
Todas as vidas
dentro de mim:
Na minha vida -
a vida mera
das obscuras!

sábado, 26 de maio de 2012

A pior turma do STF e do Congresso não nos fazem perder a fé no Brasil


Deus perde a fé na humanidade e manda sua legião de Anjos, Miguel, Rafael e Gabriel para iniciar o Apocalipse. Miguel, no entanto, rebela-se contra essa ordem, corta suas asas e passa a viver com pessoas estranhas, que tentam resistir ao fim do mundo. Esse é o breve roteiro do filme A Legião, inspirado em história em quadrinhos, numa produção de 2010. A película tem sempre como tema a fé porque se mantém ou porque  se perde, como é o caso da afirmação de Miguel, que a sua crença na humanidade se dá em questões improváveis como a de Jeep, o protagonista. Ele ama Charlie, sabendo que está grávida de um outro homem, que essa não o ama tanto quanto o homem pela mulher e mesmo assim é capaz de matar e morrer por aquele amor.
Esse filme me fez lembrar porque ainda mantenho tanta fé no Brasil. É um País que teria tudo para ter sido tragado pela crise mundial, que leva instituições e Estados ao buraco(embora haja correntes que digam que isso vem acontecendo paulatinamente e, depois, será com mais frequência). Nunca antes na história deste País houve uma turma de ministros do Supremo Tribunal Federal e parlamentares do Congresso Nacional tão abaixo da crítica. Não vamos ter nenhuma esperança, ou fé, de que haja qualquer puniçao para Carlinhos Cachoeira ou para os envolvidos no Escândalo do Mensalão.
Se os Legislativo e o Judiciário frustram e aumentam nosso sofrimento por não aproveitarmos o momento para evoluir, não fazemos vista grossa ao Executivo. Essa costura de acordo para aprovação de projetos, essa falta de quadros no Ministério, a insistência em enaltecer quantas bolsas famílias estão sendo distribuídas ao invés de mostrar quanto estão deixando de ser necessitadas nos fazem parecer que todos os Poderes concorrem para tornar este País a próxima hecatombe social.
O final dos tempos, como se apregoa no filme, é combatida por  firme resistência em valentes e obstinados humanos, com a ajuda de Gabriel. Isso é mais ou menos que acontece no Brasil, que se ainda não se transformou num vale de lágrimas, em função de que há setores que carregam o País nas costas. E aqui vai meu elogio àqueles que acreditam na malícia, na macumba e na cachaça porque a dor e a culpa não lhes fazem os mais merecedores.
Eu recomendo o filme e também que as pessoas recuperem a fé, assim como é perfeitamente racional que somente o Brasil sendo muito abençoado, inclusive sendo exemplo de conduto pacífica não apenas nos Brincs, quanto na ONU, não fez perfilar multidões de zumbis e mortos vivos, vagando sem rumo e sem leme na nau dos insensatos.

 

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Água de Quartinha e Donadela se apresentam domingo no Adahil Barreto

Grupo Água de Quartinha
Neste Domingo acontecerá mais uma edição do projeto Música no Parque, realizado pela Secultfor, nesta edição mais do que especial contará com a presença de duas grandes bandas do cenário cearense Água de Quartinha e a Donaleda. Na mesma data, será realizada também ações alusivas a Semana do Meio Ambiente, com distribuição de mudas, dentre outras ações interativas. Os shows começão a partir das 15h e a entrada é Gratuita.  O evento acontece no Parque Adahil Barreto e a entrada é franca.
A banda cearense Água de Quartinha é um projeto de difusão musical sobre um determinado estilo que convencionou chamar-se de música popular. Em seu novo espetáculo “Casa Labiríntica em Desconserto” é uma idéia musical que através de sons, silêncios e ruídos forma, informa e “desforma” uma música dita como popular. A banda se utiliza de elementos como o pífano e percussão tipicamente regional para dialogar com letras e melodias urbanas, relacionando sempre com o psicodelismo.
Com 4 CDs lançados ao longo de 11 anos de existência, Donaleda  é a maior banda de reggae autoral do Ceará e uma das maiores do Norte/Nordeste. Desde 2001 a banda Donaleda vem trabalhando e divulgando o reggae que produz. O primeiro resultado desse projeto é o disco “Liberdade e Libertação” lançado em 2003, que levou a banda ao topo de rádios em Fortaleza e em outras cidades do Nordeste. Segundo os líderes da banda, "Música é arte , é comunicação, uma necessidade de se expressar. Sendo então nosso trabalho cantar em poesia nossos pensamentos , o que nós sentimos e acreditamos, dentro do estilo da música reggae cearense. Colocar opções aos ouvintes através da música para uma conscientização  social, política e espiritual é o nosso principal objetivo, na luta  contra todas as formas de descriminação e preconceito".

Fonte: Assessoria de imprensa

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Miguel Sousa Tavares diz que 80% dos livros infantis são feitos para idiotas

Escritor português Miguel Sousa Tavares
Está marcado para acontecer em São Paulo, o  lançamento do livro A criança e o marketing, no próximo dia 31 de maio,  na Livraria da Vila Madalena. No bate-papo com pais e educadores, as autoras, psicóloga Ana Maria Dias da Silva e a especialista em comunicação Luciene Ricciotti Vasconcelos, mostram como a publicidade atinge as crianças e quais são os caminhos para previnir o consumismo.
Na verdade, é um livro para adulto, com a proposta de prevenir o consumismo infantil, mas na verdade a ideia é vender o livro, com técnicas inovadoras de mercado. A publicidade da editora afirma que "nos dias de hoje, em que muitos pais não conseguem dedicar tempo suficiente aos filhos e sentem imensa culpa por isso, a qualidade do que as crianças assistem, leem e ouvem nem sempre é questionada. Numa época em que ter é mais valorizado do que ser, os apelos do marketing infantil podem contribuir para desvirtuar o caráter dos pequenos, encurtando a infância e facilitando a formação de adultos consumistas e infelizes. Porém, é possível reverter esse quadro com informação e senso crítico. Em seu livro, Ana Maria e Luciene analisam como se dá a formação do caráter, desvendam o funcionamento das principais ferramentas de marketing e da comunicação e mostram como a publicidade atinge as crianças."
Esse conflito sobre o que escrever para meninos e meninas  fez lembrar o escritor português Miguel Sousa Tavares, que entre um romance e outro,  escreve um livro infantil, mas adverte que sempre teve cuidado de não parecer mais infantil e nem descobrir a roda. Segundo ele, 80% dos livros infantis são escritos para idiotas, algo que ele evita não tratando crianças como adultos, falando uma linguagem que não venha a compreender. Lembra que uma vez escreveu "contexto", mas viu que uma criança não entenderia.
O interessante é que a literatura infantil de Miguel Sousa aparece como um recreio. Autor de obras densas, estabelecendo diálogos entre a realidade e a ficção, se sente exausto ao término de um desses seus livros, daí passa a ingressar no mundo da criança. "É como um jornalista que depois de escrever uma reportagem muito forte se vê levado a escrever sobre o cotidiano, como os acidentes que acontecem no tráfego", compara.
Já no caso de A Criança e o Marketing, as autoras partem do pressuposto de que pais e professores podem, desde a mais tenra infância, ajudar as crianças a se tornarem consumidores conscientes.
A questão que se coloca não é falar sobre a fantasia, o lúdico e o imaginário que permeiam o universo do público alvo. A questão é ensinar como consumir e o que se deve consumir. Segundo as autoras, atualmente, pessoas de todos os níveis sociais e de todas as idades estão escolhendo o consumo como atitude de vida e não como meio de satisfazer suas reais necessidades. Enfim, há maneiras e maneiras sobre como faturar.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Alegrias de uma noite mágica que devem ser compartilhadas



A imperfeição é um peso enorme para a humanidade. Se uma pessoa escreve um "a", mas não puxa a perninha o que posso pensar? A letra de médico ou aquela do repórter apressado para colher a informação pode representar, mesmo sabendo que estamos indo ao extremos dos extremos, num receituário criminoso, no caso do doutor, ou num injusto ataque à moral, como acontece com os chamados "historiadores do presente", os jornalistas.

É bem verdade que a caneta e o papel caminham para o desuso breve, em vista das planilhas eletrônicas, do uso do computador, mas ainda não é a realidade atual. O que tem sido comum em ambos os casos é a incompetência e a presunção disfarçadas nas mal traçadas linhas. Isso vale para ambas as categorias. E como se parecem na arrogância, na demonstração de falsos saberes e falsos talentos. Médico que é cantor, jornalista que tanto fala eloquentemente sobre a extração de petróleo no pré-sal quanto dos quadros de Miró fazem parte da mesma mistura de dons, que a loucura confunde numa auto estima, que por não representar realmente grande valor, ou será admirada por meia dúzia bajuladores ou simplesmente repudiada e ridicularizada.

Isso funciona em muitos casos e eu poderia vestir a carapuça se não fosse a grande fé no meu espírito, agora relutante em subonar-me às ilusões. Errando o "a", enaltecendo o que considerava genial fiz apenas parte do cortejo dos bobos alegres. Mesmo escrevendo no computador, continuo susceptível a errar, confundir palavras e magoar e padecer do destino da falibilidade. Mas eis que agora descobri São Paulo, e daí tenho uma visão. É como se eu estivesse escutando falar aos Efésios "não saia da sua boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graças aos que a ouvem".
Assim, continuarei admirando e falando dos quadros de Miró... Não posso, seria uma blasfêmia não compartilhar meu deslumbramento pelo concerto de cordas de Bach. Meu Deus, por que perdi tanto tempo contemplando e buscando saber sobre as fraquezas humanas, fuçando nas redes sociais como o mais hipócrita fofoqueiro deste começo de século?... Quanto tempo foi perdido, quando são os exemplos de fortaleza de seus artistas que mais enaltecem sua obra criadora e nos faz aceditar que a perfeição é possível?

Uma noite calma e silenciosa se avizinha e mais uma vez sinto que há música na quietude. Seus doces metais, flautas, harpas e violinos se misturam, se intercalam... param, por algum momento para que seja introduzido um solo de algum outro instrumento que somente identifico pela beleza. Eouvindo aquilo que edifica, minha alma se enche de alegria.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Coleção de xilogravuras integra festa dos 80 anos do Museu do Ceará

Sala de reunião by marcus peixoto
Sala de reunião, a photo by marcus peixoto on Flickr.
Os 80 anos do Museu do Ceará, instalado na Rua São Paulo, Centro, estão sendo comemorados com diversas atividades culturais. Ontem, foi inaugurada a exposição dos grandes mestres da xilografia de Juazeiro do Norte. O acervo é da coleção de coleção Geová Sobreira e reúne obras de artistas como Vi nessa coleção uma maneira de salvar a memória como Inocêncio Medeiros da Costa (Noza), João Pereira da Silva, Antônio Batista da Silva, Walderêdo Gonçalves, entre outros.

Durante o lançamento,os visitantes conhecerem um pouco mais da xilografia deJuazeiro, como xilicordeis e xilogravuras, também assistiram a apresentação “Raízes Nordestinas da Música Brasileira”, dos músicos Daniel Sobeira, Eugênio Matos e Jhony Rodergas, que animaram a noite ao som de Luiz Gonzaga, Villa-Lobos, Eleomar, entreoutros.

Para a diretora do Museu do Ceará, Cristina Holanda, a exposição é um presente que Geová deu para o Museu, que este ano comemora 80 anos. A diretora afirma ainda que esse é um momento de comemorar sua vitalidade,apesar dos percalços. Para o secretário da Cultura, Francisco Pinheiro, esta comemoração também deve servir para planejar o futuro, com o intuito degarantir uma existência longeva e criativa, promotora da reflexão crítica acerca dos caminhos da sociedade cearense, "que contribuapara o respeito à diversidade cultural que nos caracteriza, mas nem sempre nos aproxima dos outros e de nós mesmos", destacou.


Durante o tempo da exposição, que fica aberta para visitação até o dia 21 de agosto, o gravador e cordelista João Pedro do Juazeiro trará sua “Tipografia Padre Cícero para o Museu. São caixas de tipos, máquinas impressoras, matrizes de xilogravuras, tintas papéis eprelo de de provas. A ideia é que ele mostre como se faz um cordel e como se corta e entinta uma xilogravura.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Obra da Lituânia é vencedora do Prêmio Raimundo Cela na Imprima Sobral


O primeiro lugar foi linogravura “Wanderings”, Daliute Ivanauskaite, da Lituânia
 Com a linogravura “Wanderings”, Daliute Ivanauskaite, da Lituânia, foi o vencedor do Prêmio Raimundo Cela, concedido ao primeiro colocado na Imprima Sobral 2012 – Mostra Internacional de Gravuras, aberta na noite de sexta-feira, 18, na Ecoa, em Sobral, Ceará. O segundo lugar ficou com o canadense Briar Craig, com a obra “Kind of Blue”, e em terceiro o holandês Bert Menco, autor da obra “Salto Mortale”.
A comissão julgadora, composta por Antônio Carlos Campelo, Eduardo Eloy, Francisco Lara, Regina Raick e Roberto Galvão, analisou cerca de 140 gravuras de 34 países. Trabalhos de quatro artistas receberam menção honrosa: Miok Chung (Coréia do Sul), Janne Laine (Finlândia), Marcin Bialas (Polônia) e Szymon Prandzioch (Polônia).
A Imprima Sobral 2012 permanece aberta a visitação até o dia 15 de agosto, com trabalhos dos seguintes países: Alemanha, Argentina, Armênia, Bélgica, Bósnia, Brasil (entre eles 14 de Sobral), Bulgária, Canadá, Chile, Colômbia, Coréia do Sul, Cuba, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, Estônia, Finlândia, Grécia, Holanda, Hungria, Inglaterra, Itália, Japão, Kosovo, Lituânia, Macedônia, México, Polônia, Porto Rico, Sérvia, Romênia, Rússia, Turquia e Ucrânia.
Como parte do evento, no dia 1º de junho, às 19h, na Casa da Cultura, será aberta a individual Colagens...de fina estampa... do espanhol José Rincón, com a presença do artista. Formado pela Escola de Belas Artes de Madri, com especialidade em gravura e aperfeiçoamento no Círculo de Belas Artes e no Centro Nícolas Salmerón, ambos em Madri, Rincón possui obras em vários museus espanhóis, como Calcografia Nacional, Museu Rainha Sofia e Museu Casa de Goya, além de coleções em instituições internacionais.
No dia 8 de junho, às 19h, na Ecoa, será aberta a mostra Salvador Dali Aqui, composta de 105 gravuras do catalão Salvador Dalí, que compõem a coleção completa de litografias “Dalí: Bíblia Sagrada”. Considerado um dos artistas mais geniais do século XX e grande nome do surrealismo, Salvador Dalí é conhecido do grande público por telas com imagens e criaturas estranhas que marcam seu estilo. Em Sobral, o público terá contato com outra face do artista, que em sua versatilidade chegou a produzir obras no cinema, fotografia, teatro, moda, escultura e gravuras.
Gravados de Pestana. Também no dia 8 de junho, na Ecoa, será aberta a coletiva que reúne parte do acervo da Imprima Sobral.
A reunião de artistas dos diversos países, expoentes da gravura brasileira e artistas locais possibilita uma imagem do panorama da atual produção, estimulando e divulgando de forma abrangente a gravura, enquanto vertente das artes plásticas, e os gravadores. Durante todo o período das mostras serão realizadas ainda palestras e oficinas em outros pontos de Sobral e nos distritos de Aracatiaçu e Taperuaba.
Fonte: Assessoria de imprensa

domingo, 20 de maio de 2012

Concerto para clarinete, de Mozart, é pano de fundo para briga entre Veja e a Globo



Claro que nesta briga da Revista Veja com o Grupo Globo pode parecer que ambos têm razão e ambos estão errados. Podemos dizer que o grupo comandado pelos Marinho carregou nas tintas ao comparar Rupert Murdock a Roberto Civita, que conheci no L' Hotel, em São Paulo, falando em italiano e em voz alta, mesmo sabendo que estava próximo a uma mesa de jornalistas, todos brasileiros. Também não podemos dizer que a Veja é "bozinha" e que se pauta apenas pelos interesses jornalísticos. Seria muita inocência.

Entendo que há uma antropafagia em curso, ou como diria ironicamente o meu colega Cidrack Ratz, um atropelamento em andamento, e que faz parte de um jornalismo menor. Esse sim tem sido a pauta de boa parte do noticíário brasileiro, onde na falta de inteligência e bom gosto se apela para o destempero. Vide o comentário da âncora do SBT sobre a estudante de Direito que foi condenada pela Justiça por crime de preconceito contra os nordestinos.

Naturalmente que a tensão dos mercados se reflete nas redações e nos conteúdos. Quando fui indagado pelo Paulo Oliveira sobre o fim do jornalismo impresso disse que não acreditava, porque as mídias não destruiam umas as outras. Alberto Dines foi perguntado quase da mesma maneira pelo Juca Kfouri na ESPN internacional e sua resposta foi menos parecida, mas com o mesmo espírito. Não é hora de se pensar no fim do jornalismo impresso.

O problema é que a safra de se escrever e o prazer de ver o seu trabalho impresso no papel ou nas telas eletrônicas correm o risco de parecer ao leitor desinteressantes. A forma como a Veja e a Globo estão se digladiando deixa de ser técnica para ser política e tenho minhas dúvidas de que essas divergências que acontecem no varejo se estendam ao atacado.

Escrevo para dizer que ainda sinto grande prazer pelo que escrevo e ainda acredito no jornalismo e ,menos na política. Eis porque acabei não falando de Mozart, que é o objeto deste post para comentar sobre a briga intestina da imprensa brasileira. Mas depois de digerir tudo isso, se for possível, irei simplesmente ouvir música clássica.

sábado, 19 de maio de 2012

Quando se perde uma boiada por causa de um oi


O Ceará irá intensificar as barreiras para impedir o trânsito de rebanho dos Estados do Rio Grande do Norte e da Paraíba no seu território. A medida atende portaria do Ministério da Agricultura, a fim de que os Estados que pleiteiam o status de livre da febre aftosa não venham a sofrer com a circulação do vírus por aqueles que não tiveram o mesmo cuidado. Ou seja, com apenas um boi se pode perder uma boiada.
A medida é radical, intransigente e exemplar. Lembro que quando a então prefeita de Fortaleza, Maria Luíza Fontenele, recomendou a retirada dos vendedores ambulantes do Centro da cidade, a determinação é para que não houvesse uma única exceção. E foi a mais bem sucedida ação de disciplinar o comércio na área central, sem criar um drama social e oferecendo melhor qualidade de vida para os usuários daqueles corredores.
É bem verdade que na linguagem da diplomacia existe o conceito de que cabe aos grandes o poder de ser tolerante, condescente e flexível. Como um pai bondoso, a supremacia sobre os pequenos é expressa pela bondade e não pela autoafirmação de rigor. Assim, as relações exteriores do Brasil têm se pautado, segundo o Itamaraty, ao contrário da postura arrogante de outras potências bem mais desenvolvidas.
Acontece que há momentos que não se pode transigir, não apenas em casos das perdas geradas pela febre aftosa, quanto o livre comércio de camelôs. Sei que é pedir demais para que não houvesse acordo e cambalachos nas ações de combate à corrupção, como estamos a assistir nos casos de Carlinhos Cachoeira e no Mensalão. Seria utópico pedir isso, quando sabemos quanto a corrupção está enraizada em nosso gênero. Mas ainda há pontos que a postura firme e não dobrável insere-se dentro de nossas possibilidades e forças.
Falo da gentileza. Devemos ser gentis e sorridentes com aqueles que não merecem? Socialmente, há até convenções para que gestos falsos se sobreponham sobre os atos mais sinceros e espontâneos. O sorriso e as frases chaves da boa educação, como por favor, bom dia, boa tarde, com licença, desculpe, obrigado, foi um prazer não devem ser banalizadas. O princípio de agir igual com iguais e desigual com os desiguais, conforme se ampliam as desigualdades se aplica a esse comportamento.
Se fôssemos verdadeiros com a manifestação de nossos sentimentos certamente teríamos uma sociedade menos hipócrita e não precisaria de leis para que nos mostrassem os riscos de revelarmos, mais claramente,  nossos gostos e preferências. Mesmo que para tanto tívessemos que perder uma boiada por causa de um oi.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Últimos dias de inscrições para o 2º Festival de Teatro Infantil

Termina nesta segunda-feira (21) o período de inscrições para o 2º Festival de Teatro Infantil do Ceará – TIC. Grupos de teatro de todo o Brasil interessados em participar, podem enviar proposta de um ou mais espetáculos infantis para compor a programação do evento. A inscrição será on-line pelo site http://www.festival-tic.com/.

Com toda a programação gratuita, o 2º TIC acontecerá de 06 e 14 de outubro deste ano em Sobral e Fortaleza, Ceará, com sessões abertas ao público e outras exclusivas para escolas públicas municipais. O principal intuito é conquistar novas plateias e reforçar o conceito de arte infantil para toda a família.

A proposta é contemplar espetáculos com temas pertinentes à família contemporânea de forma responsável e divertida, utilizando estéticas e dramaturgias mais apuradas, inovadoras e autorais, que quebrem alguns tabus, paradigmas e preconceitos em torno dessa linguagem.

Além da inscrição eletrônica, a 2ª edição do Festival terá novidades. O evento agora é ibero-americano, por meio do apoio do Fundo de Ajuda para as Artes Cênicas Ibero-americanas - Iberescena. Os grupos cearenses selecionados deverão garantir a presença de pelo menos dois  integrantes na residência artística e nos debates que vão compor a programação.

Fonte: Assessoria de Imprensa.

I Seminário da Fotografia no Ceará tem inscrições abertas

j. japonês by marcus peixoto
j. japonês, a photo by marcus peixoto on Flickr.
O Fórum da Fotografia Ceará comunica a realização do I Seminário da Fotografia no Ceará na cidade de Fortaleza, no período de 1 a 3 de junho de 2012. O evento tem como objetivo mobilizar fotógrafos e agentes da cadeia criativa da fotografia a fim de fortalecer e dinamizar esse segmento no estado, por meio da intensificação da troca de conhecimentos e experiências.

O encontro será uma oportunidade de discutir a realidade da fotografia em todo o Ceará, identificar demandas e elaborar propostas de ações estratégicas.

Esses resultados serão sistematizados para uma participação proativa no Ennefoto.12: Encontro Norte Nordeste de Produtores Culturais da Fotografia a ser realizado na cidade de Belém do Pará, de 14 a 16 de junho deste ano; e, posteriormente, no II Encontro da Rede de Produtores Culturais da Fotografia no Brasil, que será realizado em Fortaleza, em agosto de 2012.

Fotógrafos, estudantes, pesquisadores e produtores culturais da fotografia estão convidados para este amplo debate. Como a capacidade do evento é limitada a 100 participantes, as inscrições devem ser feitas por meio do endereço eletrônico http://www.forumdafotografiace.net/seminario. Após análise da ficha de inscrição, confirmaremos as participações por e-mail. A distribuição regional dos representantes será considerada para a definição dos selecionados.

Os 100 participantes terão hospedagem e alimentação custeadas pela organização do Seminário. Cada um dos selecionados será responsável por seu transporte até o local do evento em Fortaleza, no Sesc Iparana. Se necessário, poderá solicitar uma carta-convite nominal para justificativa de ausência no trabalho e/ou captação de apoio para passagem.

A programação será composta por palestras e grupos temáticos que discutirão difusão, políticas públicas, memória, formação e projetos socioculturais da fotografia. Haverá plenária final para definição e registro das ações a serem adotadas para a elaboração de um plano setorial da fotografia no Ceará.Programação prevista - Sujeita a alterações

Sexta-feira, 1 de junho 17h30 a 18h30 - Credenciamento Entrega de pastas e crachás; definição de grupos de trabalho 18h30 a 19h30 - Jantar 20h Abertura Palestra “Economia da Cultura e Economia da Fotografia”

Sábado, 2 de junho 8h a 12h - Grupos de trabalho 1. Difusão e comunicação 2. Formação e projetos socioculturais 12h a 14h - Almoço 14h a 18h - Grupos de trabalho 3. Políticas para fomento e financiamento 4. Memória das produções histórica e contemporânea

Domingo, 3 de junho 8h30 - Abertura

Apresentação “Linhas de financiamento e fomento à cultura” 10h a 12h30 - Plenária final Exposição e discussão das diretrizes e propostas elaboradas nos GTs

Em 2012, o Ceará ocupa lugar de destaque no cenário fotográfico nacional e promove eventos inéditos, com a perspectiva de produzir conhecimento sobre a fotografia cearense e estabelecer novas trocas de experiências no setor. Portanto, é fundamental a participação de todos para o sucesso dessas iniciativas e o fortalecimento da fotografia.


Contatos e Informações

seminariodafotografiace@gmail.com www.forumdafotografiace.net/seminario (85) 3261 0525

Glicia Gadelha - (85) 8820 0083 Igor Grazianno - (85) 8850 0999; 9652 4593 Patricia Veloso - (85) 8878 7021 Roberta Felix - (85) 8865 4834 Clara Machado - (85) 9903 6966 Nívia Uchoa - (88) 9612 7485; 8855 2267

Fonte: Assessoria de imprensa

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Fotógrafos do Cariri farão vivência no geossítio Parque dos Pterossauros

O Geopark Araripe promove amanhã, 17/05 e sexta-feira, 18/05, uma Oficina de Vivência Fotográfica no geossítio Parque dos Pterossauros, em Santana do Cariri, para um grupo de 12 fotógrafos da região. Coordenada pelo fotógrafo Allan Bastos, a oficina proporcionará o conhecimento sobre o Geopark Araripe e os lugares os quais podem se observar o patrimônio geológico e paleontológico da Região do Cariri, os geossítios.
A oficina ocorrerá pela manhã e à tarde no Museu de Paleontologia da Universidade Regional do Cariri-URCA com saída às 8 horas da sede administrativa do Geopark. Os participantes ficarão hospedados no Museu, onde também farão vivência. As fotografias produzidas serão selecionadas para serem expostas no hall de entrada da sede do Geopark Araripe, no Crato.
Descobrir novos fotógrafos e despertar o conhecimento sobre o projeto Geopark por meio das fotografias é o objetivo da oficina que ocorre em três momentos, sendo o segundo deles em junho, ministrada pela fotógrafa Nívea Uchôa e o terceiro sem data confirmada.  Ao final de todo o processo será feito uma grande exposição no Dia Mundial do Fotógrafo, comemorado em 19 de agosto.
Fonte: Assessoria de imprensa

Tradução literária é debatida em simpósio multilingue da UFC


O II Simpósio de Tradução Literária, evento multilingue da Universidade Federal do Ceará, reunirá pesquisadores de Estudos da Tradução da UFC e de outras universidades brasileiras, a partir de amanhã até a próxima sexta-feira. A conferência de abertura do simpósio, intitulada “A tradução literária e o retorno à filologia”, será proferida, às 9h, pelo professor. Maurício Santana Dias, da Universidade de São Paulo. Ainda amanhã, acontecerão mesas-redondas com a presença dos professores Luana Ferreira de Freitas (UFC), Cide Piquet (Editora 34), Marie-Hélène Catherine Torres (UFSC), Julio Cesar Neves Monteiro (UnB) e Tito Lívio Cruz Romão (UFC).
Na manhã do dia 18, os debates seguem tendo como convidados os pesquisadores Walter Carlos Costa (UFSC), Roseli de Cunha Barros (UFC), Odalice de Castro Silva (UFC), Ana Maria Pompeu (UFC), Robert de Brose (UFC) e Martine Kunz (UFC).
As inscrições podem ser feitas através do site http://www.simposiotraducaoufc.blogspot.com/. Os interessados deverão comparecer à sala de reuniões do Centro de Humanidades (Bloco da Diretoria do Centro de Humanidades - Área I – Campus do Benfica) para confirmar a inscrição. É necessário doar uma lata de leite em pó, que será entregue ao Lar Torres de Melo. A organização emitirá certificado de participação para os inscritos que obtiverem 100% de presença na programação. Mais informações e a programação do evento estão disponíveis no blog do Simpósio.
O II Simpósio de Tradução Literária da UFC é organizado pelos professores Luana Ferreira de Freitas (UFC), Orlando Luiz de Araújo (UFC) e Marie-Hélène Torres (UFSC). Entre os apoiadores, estão o Departamento de Letras Estrangeiras, o Centro de Humanidades e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Fonte: Profª Luana Ferreira de Freitas, Coordenadora do I Simpósio de Tradução Literária da UFC - (fone: 85 3366 7612)
Assessoria de imprensa

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Luta contra a corrupção é desafio maior do que punir torturadores

Existe um conto escrito por Moreira Campos que nunca li, mas da forma como me contaram é brilhante. Trata-se de "A grande mosca no copo de leite". Resumindo, o título é uma metáfora absurda e cruel sobre a sensação de um jovem ao ver sua mãe, uma empregada doméstica, sendo torturada, nua, amarrada ao medonho  pau de arara. A imagem do púbis descoberto e seu corpo muito branco levou à essa comparação, que na verdade possui uma dor com dimensão bem maior: a acusação injusta de um roubo na casa onde trabalhava.
Ao longo da minha existência e da minha carreira, nunca testemunhei uma cena de tortura. Ouvi casos de presos comuns a políticos, "quase-confissões" de policiais e fiquei comovido com as vítimas em cenas de filmes, como o Bom Pastor, mesmo sabendo que o que via não era real. Ou seja, repugna como o homem pode aviltar outro homem, seja por qualquer razão, onde se misturam sentimentos como obsessão, fanatismo, ódio, inveja, etc.
Faço essa introdução para abordar a existência da Comissão da Verdade, que acaba de instituir seus membros e deverá investigar, especialmente, os casos que contrariam os direitos humanos. Tenho medo dessa afirmação, porque em nome dos direitos humanos, foram cometidos pelas civilizações ocidentais as maiores matanças: Iraque (ainda com as denúncias inverídicas de possuir armas químicas e nucleares) e a Líbia.
É bom que o Brasil resgate sua história e ilumine o passado sombrio. Como não atender ao clamor daqueles que perderam seus entes queridos na luta pela liberdade ou pelos direitos humanos e para aqueles mais sensíveis, que se repugna contra toda ação de tortura?
Não sei se existe uma corrente neste sentido, mas penso que o temor maior é que a Comissão da Verdade ofusque os problemas mais atuais do Brasil e que são bem piores do que a fome ou a seca no Nordeste, Falo da corrupção. Devemos elogiar as medidas duras da presidente Dilma adotadas até agora, exonerando ministros envolvidos em ilicitudes, mas o leque dos desmandos e da avidez pelo dinheiro público é tão diverso, que não vislumbro apenas a inconsequência dos gestos mais honestos, como também atos que não venham a ser escamoteados, ora por um novo escândalo que surge, ora pela dor que pulsa nas feridas reabertas dos tempos da ditadura.
Se o Brasil tomar medidas efetivas  contra o Mensalão, como exemplo notório de desmando ocorrido nos tempos da administração petista que tanto esperamos pela retomada da moralidade política,  e que tenha ou não a firmeza da presidente Dilma, não apenas  consolidamos a democracia, como realmente nos apresentamos como Nação desenvolvida, que sepultou o totalitarismo e que não dá mais um passo atrás. Nem mesmo para pegar impulso.

domingo, 13 de maio de 2012

Moreira Campos evoca a cantilena eterna das águas

Passagem molhada by marcus peixoto
Passagem molhada, a photo by marcus peixoto on Flickr.
Natureza
(Moreira Campos)

Sento-me no silêncio
e apalpo a natureza.
A cantilena eterna da água,
que tem raízes límpidas
e misteriosas.
Nasce não sei onde,
vem de entranhas
antigas como o tempo
e desce em cachos de espuma.
Vem branda a brisa
e fresca como um bálsamo.
Mil cigarras que explodem
em concerto único.
O canto longínquo do pássaro não identificado
(mas um pássaro).
O baque surdo da fruta
na legitimidade do seu amadurecimento.
Todos os ruídos
estão milenarmente impregnados no homem
como uma memória platônica.
Sons honestos.
Uma herança,
uma identificação,
ou sinfonia.
Nada resulta do petróleo
ou é conquista do plástico.
Não há insultos,
não há agressões à natureza.
Sobretudo ninguém
que me perturbe esse recolhimento.
Somente o silêncio.

sábado, 12 de maio de 2012

Florais de pintores ilustres que perfumam o Dia das Mães

Jan de Hemm, Vaso de flores (1645)

O Dia das Mães, que se celebra amanhã, é também um período de maiores vendas para os floristas. Acredita-se que o comércio no Brasil deverá movimentar, hoje e amanhã, R$ 10 milhões. A associação das flores com as mães desprende uma mensagem de beleza e ternura, que foi muito bem explorada em natureza morta uma imagem que lembra a fotografia. A magia das flores que acontece em profusão nos presentes dos filhos faz parte de toda a tradição da relação de maio com o mês das flores e com final da primavera europeia.
Várias escolas tiveram seus florais destacados, não apenas para motivos de decoração como de afirmação dos artistas. Através dessas imagens inanimadas aprimoravam seus estudos de cores, e quanto mais se pintavam aquelas com maior número de pétalas e detalhes mais primorosas surgiam os óleos e até as aquarelas. Há quem prefira um estilo mais do que os outros, mas há um consenso de se chegar não à perfeição do retrato, mas da pureza de seus encantos.
O Vaso de Flores, de Jan de Heem (1645) se insere dentro do período barroco. O quadro é como um desafio à imortalidade da beleza, a ponto de nos fixar o essencial, o significativo, o máximo.

Girassois, van Gogh (1853)


Não há numa sequência coerente, os florais voltam a ser tema predominante nos artistas impressionistas, tais como Monet. É notório o quadro de Monet e sua família no jardim de sua casa, quando havia pouco tempo que tinha sido despejado de uma residência por falta depagamento. A imagem transmite apenas candura e harmonia, sem nenhuma transmissão das dificuldades vividas pelo artista francês.
Também impressionista, van Gogh pintou seus berrantes Girassóis (1853), que explodiam com intensa vibração. Para o pintor que fugia da monocromia, trata-se de uma exceção. O amarelo irradia um brilho chocante, se somam às sombras em marrom. A fase floral se aproximou dos últimos dias do pintor holandês, quando já sumcumbia às constantes crises de loucura.
Sabedor de seu sofrimento, van Gogh buscava contentamento na pintura, primeiro nas paisagens ao ar livre, como os campos de trigo, o sol de Arles e os lilases, para por fim se render ao estúdio que se improvisou no hospício. Mais uma vez o destaque é para sua capacidade de enxergar a formosura em objetos simples.
A Sala de Flores, Childe Hassam (1894)



A profussão de flores também aparece no quadro "A Sala das Flores", de Childe Hassam, em 1894, onde o floral se mistura com pilhas de livros. A saturação de objetos chega até passar despercebida uma moça de vestido rosa, deitada sobre um divã. Ela lê um livro e demonstra o aconchego e a satisfação causada pelo gosto daquele compartimento.
A casa pertencia a Celia Thaxter e era conhecida por reunir escritores, pintores e intelectuais norte americanos e de outros países que visitam sua casa. Dentre os convidados, estava o próprio Hassam, que trabalhou nos EUA como ilustrador e e gravador em madeira, antes de ir para Paris estudar arte.
Papoulas vermelhas, Emil Nolde (1867)


Destaco o quadro "Papoulas vermelhas", de Emil Nolde (1867), nome de relevância do expressionismo alemão, uma aquarela sobre papel. A cor é como se saltasse do papel e é as flores são singularmente desenhadas, não como se fossem reais, mas para dar a sensação de que o compromisso do artista é de fato com a estética.
Nolde foi perseguido pelo regime nazista e passou algum tempo tendo que pintar escondido. Mas viveu até sua morte na Alemanha e deixou obras que também retratam imagens religiosas e temas que ele acreditava.
Anêmonas e lilases, Odilon Redon (1912)


Também gosto muito do quadro "Anêmonas e lilases" (1912), de Odilon Redon. Ao contrário dos Girassóis de van Gogh, aqui há uma policromia forte, sem inibição, mas sem perder a suavidade. A variedade das cores nos transmite uma sensação de sonho, de realização como poucas obras artísticas nos oferece.
Redon faz parte do período do simbolismo, que começou como movimento literário, vendo na imaginação como mais importante fonte de criatividade. Depois se expandiu para outros ramos das artes e encontrou em alguns artistas adeptos fervorosos que imprimiram sua marca e seu gênio.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Bem que se quis é receita de ainda ser feliz



Bem Que Se Quis
Marisa Monte

Bem que se quis
Depois de tudo
Ainda ser feliz
Mas já não há
Caminhos prá voltar
E o quê, que a vida fez
Da nossa vida?
O quê, que a gente
Não faz por amor?...

Mas tanto faz!
Já me esqueci
De te esquecer
Porque!
O teu desejo
É meu melhor prazer
E o meu destino
É querer sempre mais
A minha estrada corre
Pro seu mar...

Agora vem, prá perto vem
Vem depressa, vem sem fim
Dentro de mim
Que eu quero sentir
O teu corpo pesando
Sobre o meu
Vem meu amor, vem prá mim
Me abraça devagar
Me beija e me faz esquecer...

Bem que se quis
Depois de tudo
Ainda ser feliz
Mas já não há
Caminhos prá voltar
E o quê, que a vida fez
Da nossa vida?
O quê, que a gente
Não faz por amor?...

Mas tanto faz!
Já me esqueci
De te esquecer
Porque!
O teu desejo
É meu melhor prazer
E o meu destino
É querer sempre mais
A minha estrada corre
Pro seu mar...

Agora vem, prá perto vem
Vem depressa, vem sem fim
Dentro de mim
Que eu quero sentir
O teu corpo pesando
Sobre o meu
Vem meu amor, vem prá mim
Me abraça devagar
Me beija e me faz esquecer...

Bem Que Se Quis!...

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Diante de Daniel, os leões tiveram que jejuar



Uma das passagens mais belas da Bíblia encontra-se no livro de Daniel. Trata-se de um profeta, que na sua ascese antecedeu a Cristo, detém uma história pessoal de renúncia radical à sua humanidade e por mais mítica que possa parecer é plena de ensinamentos. Tanto nos deparamos com os demônios para nos enganar e desvirtuar, assim como o Criador foi sábio em fazer com que seus interlocutores, os seus anjos, mostrassem o caminho da virtude, da vitória do bem sobre o mal.
Naturalmente que esse é um papo muito parecido com o do pregador evangélico, mas para quem lê muitos livros, assiste muitos filmes, contempla quadros e embora não seja raro o deslumbramento, há poucos momentos em que encontramos a transcedência, um rumo a seguir, um exemplo -embora muito difícil de ser seguido - que nos fortalece, nos torna um vencedor diante dos inimigos.
Daniel foi proibido pelo rei Nabucodonosor de rezar. Então, ele rezava três vezes ao dia. Para tentá-lo pela gula, lhe ofereciam os melhores manjares. Daniel simplesmente rejeitava. Quando foi posto ao sacríficio dos leões, não encontraram mais um homem em carne. O profeta havia se transformado em espírito. Então, aconteceu de também ter sido rejeitado pelas feras.
Verdade? Mentira? Chegamos a um momento na história de nossa vida que nos vimos numa encruzilhada. Faltam-nos os amigos, os familiares já não nos consolam, o mundo secular é insufiente. Então, eis que surgem sinais místicos, que redimem. Em algum momento, se pode pensar em Daniel. E o que importa se agora só lhe habita o espírito? Quem irá sentir falta? São muitas perguntas. Mas o mistério da fé melhor que seja permeado por mais dúvidas do que por certezas.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Realejo Viramundo show gaita Mundo Afora no Sesc Senac Iracema



O quarteto Realejo Viramundo nasceu em novembro de 2010, tendo como “maternidade” o curso de Música da Universidade Federal do Ceará. Resgatando a musicalidade nordestina através do “Realejo”, instrumento mais conhecido como gaita ou harmônica, rico em sonoridade, versátil e envolvente pela saudade que expressa em seu timbre, mesmo quando ainda não representava uma revolta contra a atual poluição sonora encontrada nas músicas enlatadas nos discos e televisões.


O Realejo Viramundo é formado por quatro músicos com diferentes trajetórias, influências e propostas estéticas, mas com um objetivo em comum: mostrar a música instrumental brasileira através de interpretações criativas, utilizando quase sempre, a fusão de gêneros musicais como o blues, o baião, o rock, a bossa-nova, o jazz, o choro, a salsa, o xote, o frevo, a valsa e outros.


Além de músicas autorais, o repertório do grupo é formado por clássicos da música brasileira, de autoria diversa (Tom Jobim, Hermeto Pascoal, Baden Powell, Jacob do Bandolim, Pixinguinha, Noel Rosa, Cartola, Chico Buarque, João Donato...).


O Realejo Viramundo é composto por Rodrigo BZ (realejo, percussão, violão e bandolim), Rafael Lima (baixo elétrico e baixolão), André Benedecti (bateria e percussão) e Neto Teixeira (guitarra e violão). Produção: Joanice Sampaio.




Serviço

Projeto Armazém do Som

Show Gaita Mundo a Fora

Realejo Viramundo

Dia 11 de maio, 20h

SESC SENAC Iracema

Rua Boris, 90C - Praia de Iracema (ao lado do Dragão do Mar)

R$ 6,00 (inteira) e R$ 3,00 (meia)

sábado, 5 de maio de 2012

Os Simpsons imitam com graça as trapalhadas e o ridículo coloniais



Enquanto não chegam os novos episódios de Os Simpsons no Brasil, aqui nos contentamos, e até de forma prazeirosa, com as reprises. Há, de fato, graça ao rever antigas temporadas, porque vamos percebendo detalhes e peculiaridades nos textos que ainda não havíamos visto antes. Mal ou bem comparando com os filmes de Chaplin, sempre estamos rindo e, sobretudo, percebendo coisas novas, mesmo assistindo repetidamente seus filmes.
Um desses episódios aconteceu esta semana transmitido pela Fox, com o título "Monólogos da Rainha". Bart encontra uma cédula de mil doláres. Movido pela ética de sua mãe, Marge, e a irmã Lisa, tentam encontrar aquele que perdeu a nota. Então, é feito um museu para a contemplação do dinheiro, no qual é arrecadado mais de 3 mil dólares. Com essa soma, Bart financia uma viagem da família a Londres, a fim de oferecer umas merecidas férias para sua sempre dedicada mãe.
O episódio é permeado com os estereótipos comuns da série ácida, sarcástica, politicamente incorreta (mas com limites), e versando no pedaço d'asno, como se diria de Dom Sebastião (ainda vou falar sobre isso aqui) do Homer Simpsons, a dona de casa exemplar Magie, a estudiosa Lisa, o canalha menor Bart e a enigmática Maggie.
O fato é que chegam a Londres, com Simpsons com camisa havaiana e lembrando para um formal cavalheiro inglês, que seu povo deve gratidão aos norte-americanos por salvá-los no Vietnã e por repartir as prostitutas norte-americanas (Divine Brown), com o ator inglês Hugh Grant.
Aqui merece uma pausa para uma reflexão. Qual é o preço dessa aliança incondiação entre ingleses e americanos, que tiveram o apoio americano ianque na Guerra das Malvinas, uma aventura cara naquela época, e mais ainda para manter a permanência britânica naquele País nos dias de hoje, em tempos de depressão e crise econômica? A resposta seria o apoio inglês, com todas as vantagens dos campos de petróleo, na invasão ao Iraque?
Mas vamos às partes engraçadas. Os monólogos da Rainha acontecem porque se realiza uma profecia em todas as viagens da família Simpsons ao exeterior, como a prisão de Holmer. Neste caso, porque colide com a carruagem real, onde estava sendo transportada a Rainha Elisabeth. Holmer é perdoado pela sua realeza, com a condição de levar de volta para a América a cantora Madonna, "embalada", num tapete.
Neste episódio, temos referências às duas nações mais destestadas ou odiadas, pelo menos, nos último quatro séculos em quase todo mundo. A Inglaterra no passado, dona de um império onde o sol nunca se ponha) e, na atualidade, os Estados Unidos, capazes dos maiores golpes de estado no terceiro mundo, a total falta de regras e modos para impor seus domínios e a falta de fairplay, qundo sai perdedor (vide os casos Vietnã e Cuba).
No entanto, são duas nações, em estilos diferentes, que com seus desenhos animados,os musicais, cinema, teatro,literatura e o futebol, nos entretêm como ninguém e torna a vida menos amarga. São países que deixariam o mundo mais triste se não fossem suas trapalhadas reais e na ficção. Também não podem ser responsabilizados por toda maldade. São apenas os remanescentes do colonialismo. Talvez a nova temporada de Simpsons não seja tão engraçada, mas o telespectador brasileiro sempre se diverte com a série nas suas histórias mais antigas, quer na televisão aberta, quer na TV por assinatura.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Coletivo Camaradas lança livro e documentário no Crato sobre arte e engajamento político

A Praça Siqueira Campos no Crato será mais uma vez ocupada pelo Coletivo Camaradas, no dia 10 de maio, a partir das 18 horas. Desta vez o grupo fará o lançamento do livro e documentário “Entranhamentos entre Arte, estética, política, cultura e educação” do artista/educador Alexandre Lucas. O livro trata-se de uma coletânea de artigos baseados em experimentos, vivências e reflexões do autor, através da sua participação em coletivos de artes, como é o caso do Coletivo Camaradas. O livro tem caráter pedagógico e aborda a questão da arte de forma contextualizada com os aspectos sociais, políticos e culturais. Já o documentário reúne falas de 56 pessoas, entre artistas, pesquisadores e produtores culturais de diversos estados brasileiros. Para produzir o documentário foram captadas imagens nas cidades de Recife-PE, Rio de Janeiro - RJ, Fortaleza, Aracati e na região do Cariri. O livro faz questionamentos sobre o papel social do artista e do educador, a partir de uma tomada de posição política ligada aos interesses das camadas populares. As experiências compartilhadas ao longo dos anos com os coletivos e artistas de outros estados, através do Programa Nacional de Interferência Ambiental – PIA e do Instituto Centro Universitário de Cultura e Arte – CUCA possibilitou acumular argumentos para a produção do livro e do documentário. A apresentação do livro é feita pelo filósofo e cineasta Rosemberg Cariry que entre outras questões cita : "Entre estes novos movimentos, destaco a marcante presença do Coletivo Camaradas, à frente do qual está Alexandre Lucas e uma “nação aguerrida” de jovens artistas, com uma perspectiva mais ampla do país e do mundo, levando artes e culturas em todas as frentes; das universidades às escolas públicas, das feiras às romarias, dos palcos às praças das pequenas cidades do sertão." Para a arte/educadora, doutoranda pela Universidade de Sevilla em Artes Visuais e Educação, Sislândia Brito, “O artista/educador Alexandre Lucas tem um trabalho de engajamento político e de comprometimento com as causas populares na sua arte”, e destaca que “sempre com a preocupação de uma arte de interação com o público, seu trabalho sempre evidencia que é necessário possibilitar e criar condições para que o grande público se sinta parte do fazer artístico”. O

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Banda Jardim Suspenso se apresenta no Cariri em comemoração ao Dia das Mães

A banda cearense Jardim Suspenso, fará seu primeiro show na Região do Cariri, na cidade do Crato no próximo dia 12, a partir das 22h, no Terraçus Bar e Petiscaria. A festa organizada pela Sertão Pop Produções homenageia as mães caririenses, pois acontece na véspera do Dia das Mães. Para isso está trazendo duas bandas onde a mulher é destaque: para abrir o evento Banda Godivas, do Crato, formada por mulheres e o show que elas nos apresentarão é em cima da obra de Roberto Carlos. A outra, de Fortaleza, é a Jardim Suspenso, que faz uma releitura da obra da Rainha Rita Lee. "Naturalmente será um grande evento e em um momento muito especial, pois achamos que as mães são a mola-mestra da família e portanto merecem essa grande homenagem através da música", afirma Kaika Luiz, produtor do evento. A banda Jardim Suspenso está na cena musical cearense desde 2010 e desde então vem realizando show de releitura da obra de Rita Lee e de seu ex-grupo, Os Mutantes. A banda tem se apresentado em importantes espaços culturais, eventos de Fortaleza e programas de TV. Fora da capital, já se realizaram show na Região Metropolitana e na cidade Sobral. O grupo é formado por Joanice Sampaio (vocal), Pedro de Farias (guitarra), Victor Fontenele (baixo) e Carlinhos Perdigão (bateria). Serviço: Festa do Rei e da Rainha Tributo à Rita Lee, com a banda Jardim Suspenso (Fortaleza) Tributo a Roberto Carlos, com a banda Godivas (Crato) Terraçus - Bar e Petiscaria Dia 12 de maio, a partir das 22h Av. Pedro Felício Cavalcanti - 1969, 63106-010 Crato-CE Info: (88) 9666.9666 (88) 3521.5398 (88) 8824.2131

Concurso cultural premiará trabalhos de jovens com foco em cooperativismo

Jovens entre 16 e 35 anos de idade têm até o dia 31 de maio para se inscrever no concurso Coop´Arte – Expressa-te. A atividade, organizada pela Aliança Cooperativa Internacional (ACI), faz parte das celebrações do Ano Internacional das Cooperativas 2012. O concurso é destinado a jovens de 16 a 35 anos de todo o mundo. Os/as interessados/as podem produzir canção, vídeo ou fotografia que destaque os princípios do cooperativismo. Para participar, é necessário preencher o formulário de inscrição disponível na página eletrônica de ACI (http://www.aciamericas.coop/cooparte/) e enviar a produção através da internet. Cada candidato pode apresentar somente uma produção por categoria. Os trabalhos serão analisados por uma equipe de jurados, os quais elaborarão uma lista de pré-selecionados para serem votados pelo público através da internet. Serão premiadas as três produções mais votadas em cada categoria. A ideia, segundo a convocatória do concurso, é fazer com que os/as jovens produzam canções, vídeos e fotografias que promovam os princípios do cooperativismo de modo a chamar a atenção de outros/as jovens. As produções devem ser originais e respeitar as normas de direitos do/a autor/a e registro de marcas. Os trabalhos audiovisuais e as canções devem ter entre dois e três minutos de duração. Já as fotografias devem ser enviadas com uma resolução mínima de três megapixels e não podem ter sido modificadas. Critérios e prêmios Um júri selecionará as produções a partir dos seguintes critérios: expressão da natureza das cooperativas como empresas de propriedade de seus sócios e baseadas em valores; valor artístico dos trabalhos de cada categoria; e produções que sejam destinadas aos jovens. Os trabalhos selecionados pelo jurado passarão por uma votação pública na internet. O primeiro mais votado em cada categoria receberá o equivalente a três mil dólares estadunidenses na moeda local e uma passagem de ida e volta a Manchester, no Reino Unidos, com hospedagem, entre os dias 30 de outubro e 2 de novembro, quando ocorrerá a ExpoCoop. O segundo colocado em cada categoria receberá o equivalente a 1.500 dólares estadunidenses na moeda local. Já o terceiro lugar ganhará um tablet. Para mais informações, acesse: http://www.aciamericas.coop/cooparte/

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Mais histórias vampirescas são o foco da série da Irmandade da Adaga Negra

Reviravoltas, lutas, intrigas e muita sedução no mundo fantástico dos vampiros e a guerra travada para a preservação da espécie. A série mais instigante de romances vampirescos modernos está de volta, com o lançamento do décimo volume de A Irmandade da Adaga Negra, da editora Universo dos Livros. Sob o título de Amante Libertada, a escritora J.R. Ward dá foco a uma personagem feminina, ao contrário dos outros livros da saga criada por ela. Aqui, Payne, irmã gêmea do guerreiro Vishous, é finalmente libertada de sua mãe (a Virgem Escriba) e se revelará uma lutadora por natureza, descobrindo sua verdadeira essência. Ao sofrer uma lesão que a paralisa, o cirurgião Manny Manello é chamado para curá-la. Embora nunca tenha acreditado em vampiros, ele será logo sugado para o secreto e perigoso mundo da Irmandade dos vampiros-assassinos e seduzido por esta misteriosa mulher que precisa salvar. À medida que Payne e Manny descobrem que têm mais do que uma ligação erótica, eles precisam enfrentar o choque entre os mundos e uma dívida de séculos atrás que será cobrada de Payne e colocará tanto seu amor como sua vida em perigo. Uma paixão arrebatadora que promete ser quente... Essa ligação erótica entre os dois universos poderá se concretizar? Amante Libertada nos leva novamente a imaginar o encontro dos vampiros sexys e glamourosos e suas batalhas contra os redutores para manter a raça. Uma narrativa criativa e apaixonante desse novo embate, recheada de cenas darks e passagens que emanam erotismo. A série de vampiros Irmandade da Adaga Negra colocou a premiada escritora J.R Ward como Best Seller na lista do New York Times e vem encantando fãs do mundo inteiro. Autora também da série Fallen Angels, lançada no Brasil também pela editora Universo dos Livros, ela hoje é considerada uma das grandes escritoras de romances modernos do gênero vampiresco.

terça-feira, 1 de maio de 2012

O trabalho do beija flor, entre a beleza das alturas e a feiura terrestre


Maio é o mês que o céu fica mais bonito. Essa é uma das frases que ouvi há muito tempo, passei a admitir, depois a negar e, por fim, a ser indiferente. Retomo, há uma grande coincidência: hoje está mais bonito. Em tempos quando há poucas chuvas, pelo dia, o celeste firmamento  é sempre muito intenso, as nuvens realçam a brancura. À noite, a admiração das estrelas não é menos encantadora. As estrelas parecem brilhar mais, principalmente quando a gente se encontra num lugar com parca ou nenhuma energia elétrica. Na maior parte de nossa vígilia, no entanto, está tudo azul lá em cima. Daí que vem uma reflexão, os homens foram concebidos para contemplar os astros, numa demonstração do imenso poder do criador ou esses existem para a admiração humana, ser mais querido, pois dotado de consciência e alma?
Não obstante todas as indagações que o período do ano nos suscita, o certo é há beleza nas alturas, enquanto que aqui embaixo não apenas  a feiura nos cerca, como a própria capacidade de uso da inteligência humana para a auto destruição e para aviltante convivência social. Síria e a destruição dos últimos povos que falam aramaico, a língua de Jesus Cristo, Sarkozi e seu pacto com Gadaffi, que depois iniciou o bombadeiro com a autorização de Obama, Cia e marines  que enlamam a glória norte americana com prostitutas da Colômbia e do Brasil, respectivamente, a ética e a moral furadas de Demóstenes Torres, o poder do contraventor Cachoeira, a grande epidemia que grassa o Ceará, mais de 800 homicídios nos quatro primeiro meses do ano (sendo boa parte tendo como vítimas adolescentes)... Precisa falar mais?
É claro que temos que manter a esperança, contemplar o lado bom da vida, enaltecer aqueles que constróem o dia de hoje e do amanhã com a poesia, com os sentimentos mais puros, e com a valentia dos heróis. Como disse para uma imaginária amiga minha, vou continuar neste blog fazendo o trabalho do beija flor: beijando a flor, não importando se esta se sente ou não beijada. Feliz mês mariano.