É do mundo exterior que o conhecimento precisa vir a nós, pela leitura, audição e contemplação. Wendy Beckett
Pesquisar este blog
Olá
Muito me alegra pela sua visita. É um blog pretensioso, mas também informativo
sábado, 5 de maio de 2012
Os Simpsons imitam com graça as trapalhadas e o ridículo coloniais
Enquanto não chegam os novos episódios de Os Simpsons no Brasil, aqui nos contentamos, e até de forma prazeirosa, com as reprises. Há, de fato, graça ao rever antigas temporadas, porque vamos percebendo detalhes e peculiaridades nos textos que ainda não havíamos visto antes. Mal ou bem comparando com os filmes de Chaplin, sempre estamos rindo e, sobretudo, percebendo coisas novas, mesmo assistindo repetidamente seus filmes.
Um desses episódios aconteceu esta semana transmitido pela Fox, com o título "Monólogos da Rainha". Bart encontra uma cédula de mil doláres. Movido pela ética de sua mãe, Marge, e a irmã Lisa, tentam encontrar aquele que perdeu a nota. Então, é feito um museu para a contemplação do dinheiro, no qual é arrecadado mais de 3 mil dólares. Com essa soma, Bart financia uma viagem da família a Londres, a fim de oferecer umas merecidas férias para sua sempre dedicada mãe.
O episódio é permeado com os estereótipos comuns da série ácida, sarcástica, politicamente incorreta (mas com limites), e versando no pedaço d'asno, como se diria de Dom Sebastião (ainda vou falar sobre isso aqui) do Homer Simpsons, a dona de casa exemplar Magie, a estudiosa Lisa, o canalha menor Bart e a enigmática Maggie.
O fato é que chegam a Londres, com Simpsons com camisa havaiana e lembrando para um formal cavalheiro inglês, que seu povo deve gratidão aos norte-americanos por salvá-los no Vietnã e por repartir as prostitutas norte-americanas (Divine Brown), com o ator inglês Hugh Grant.
Aqui merece uma pausa para uma reflexão. Qual é o preço dessa aliança incondiação entre ingleses e americanos, que tiveram o apoio americano ianque na Guerra das Malvinas, uma aventura cara naquela época, e mais ainda para manter a permanência britânica naquele País nos dias de hoje, em tempos de depressão e crise econômica? A resposta seria o apoio inglês, com todas as vantagens dos campos de petróleo, na invasão ao Iraque?
Mas vamos às partes engraçadas. Os monólogos da Rainha acontecem porque se realiza uma profecia em todas as viagens da família Simpsons ao exeterior, como a prisão de Holmer. Neste caso, porque colide com a carruagem real, onde estava sendo transportada a Rainha Elisabeth. Holmer é perdoado pela sua realeza, com a condição de levar de volta para a América a cantora Madonna, "embalada", num tapete.
Neste episódio, temos referências às duas nações mais destestadas ou odiadas, pelo menos, nos último quatro séculos em quase todo mundo. A Inglaterra no passado, dona de um império onde o sol nunca se ponha) e, na atualidade, os Estados Unidos, capazes dos maiores golpes de estado no terceiro mundo, a total falta de regras e modos para impor seus domínios e a falta de fairplay, qundo sai perdedor (vide os casos Vietnã e Cuba).
No entanto, são duas nações, em estilos diferentes, que com seus desenhos animados,os musicais, cinema, teatro,literatura e o futebol, nos entretêm como ninguém e torna a vida menos amarga. São países que deixariam o mundo mais triste se não fossem suas trapalhadas reais e na ficção. Também não podem ser responsabilizados por toda maldade. São apenas os remanescentes do colonialismo. Talvez a nova temporada de Simpsons não seja tão engraçada, mas o telespectador brasileiro sempre se diverte com a série nas suas histórias mais antigas, quer na televisão aberta, quer na TV por assinatura.
Marcadores:
desenho animado,
País
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário