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domingo, 20 de maio de 2012

Concerto para clarinete, de Mozart, é pano de fundo para briga entre Veja e a Globo



Claro que nesta briga da Revista Veja com o Grupo Globo pode parecer que ambos têm razão e ambos estão errados. Podemos dizer que o grupo comandado pelos Marinho carregou nas tintas ao comparar Rupert Murdock a Roberto Civita, que conheci no L' Hotel, em São Paulo, falando em italiano e em voz alta, mesmo sabendo que estava próximo a uma mesa de jornalistas, todos brasileiros. Também não podemos dizer que a Veja é "bozinha" e que se pauta apenas pelos interesses jornalísticos. Seria muita inocência.

Entendo que há uma antropafagia em curso, ou como diria ironicamente o meu colega Cidrack Ratz, um atropelamento em andamento, e que faz parte de um jornalismo menor. Esse sim tem sido a pauta de boa parte do noticíário brasileiro, onde na falta de inteligência e bom gosto se apela para o destempero. Vide o comentário da âncora do SBT sobre a estudante de Direito que foi condenada pela Justiça por crime de preconceito contra os nordestinos.

Naturalmente que a tensão dos mercados se reflete nas redações e nos conteúdos. Quando fui indagado pelo Paulo Oliveira sobre o fim do jornalismo impresso disse que não acreditava, porque as mídias não destruiam umas as outras. Alberto Dines foi perguntado quase da mesma maneira pelo Juca Kfouri na ESPN internacional e sua resposta foi menos parecida, mas com o mesmo espírito. Não é hora de se pensar no fim do jornalismo impresso.

O problema é que a safra de se escrever e o prazer de ver o seu trabalho impresso no papel ou nas telas eletrônicas correm o risco de parecer ao leitor desinteressantes. A forma como a Veja e a Globo estão se digladiando deixa de ser técnica para ser política e tenho minhas dúvidas de que essas divergências que acontecem no varejo se estendam ao atacado.

Escrevo para dizer que ainda sinto grande prazer pelo que escrevo e ainda acredito no jornalismo e ,menos na política. Eis porque acabei não falando de Mozart, que é o objeto deste post para comentar sobre a briga intestina da imprensa brasileira. Mas depois de digerir tudo isso, se for possível, irei simplesmente ouvir música clássica.

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