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sábado, 9 de abril de 2011

Courbet rompe as amarras religiosas,intelectuais e acadêmicas

Musée Fabre, Montpellier


Bom dia, senhor Courbet, de Gustave Courbert ((1819-1877), celebra o auge da pintura realista. A ideia do quadro era mostrar o artista tal como ele era. Aqui caminhando por uma estrada rural, ele é abordado e recebe o cumprimento reverente do seu cliente dedicado Alfred Bruyas e seu criado. A cabeça inclinada do criado e o sorriso gentil do pintor revelam que este é reconhecidamente um ser superior, consciente da importância de sua arte e acima das mediocridades. Um cachorro compõe a cena na indicação do desapego aos seus temas.
As amarras sociais são liberadas nessa representação em que o artista se apóia numa bengala e transporta uma mochila. Courbet é apontado como uma grande influência em Monet e nos impressionistas. Ele afirmava que somente pintava aquilo que podia ver. Certa vez, ao ser sugerido que colocasse anjos em seu quadro, disse que era preciso que lhe mostrasse algum, para que fosse pintado.
A fase final de Courbet foi pintando quadros eróticos, como a Origem do Mundo, em que causou grande controvérsia durante sua exibição. Ele foi elevado a uma categoria de criador de um novo tipo de arte, rompido com as vertentes intelectuais e acadêmicas.

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