Fotos: Alex Costa |
O Mercado Municipal de São Paulo, construído entre 1928 e 1933, está localizado em uma das áreas mais degradadas da capital paulista. No entanto, é uma referência importante não apenas pelo equipamento artetônico, como uma alusão a uma estrutura comercial que deveria estar à altura do Estado mais rico e que vivia o apogeu do café. O ponto alto da decoração são os 55 vitrais em estilo gótico, executados com vidros coloridos vindos da Alemanha, retratando cenas do campo - a lida com o gado, o plantio e a colheita do café – base das atividades econômicas do Estado no período. As peças eram de autoria de Conrado Sorgenicht Filho, o grande nome da arte em vitral de São Paulo. De uma família de mestres vitralistas alemães de apurada técnica, que, com Conrado Sorgenicht pai, chegou à São Paulo em 1888 e fundou a Conrado Vitrais e Cristais, ele também foi o autor dos vitrais da Estação Sorocabana e de vários outros edifícios importantes, como o Teatro Municipal, a Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, a Catedral da Sé e mais 300 outras igrejas brasileiras. A confecção dos vitrais do Mercado Municipal demandaram a Conrado cinco anos de trabalho árduo. E no final dos anos 80, Conrado Sorgenicht Neto se encarregou da restauração dos vitrais que seu pai havia criado sessenta anos antes.
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