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Muito me alegra pela sua visita. É um blog pretensioso, mas também informativo

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Joe Barry nos eleva ao mundo romântico do country music



I'm a fool to care

I'm a fool to care
When you treat me this way 
I know I love you 
But what can I do
I'm a fool to care
I'm a fool to cry
When you tell me goodbye 
You left me so blue 
When you were untrue 
I'm a fool to care
I know I should laugh 
And call it a day But I know I would cry
If you went away 
I'm a fool to care 
When you don't care for me
So why should I pretend
I'll lose in the end I'm a fool to care
I'm a fool to care
When you don't care for me
So why should I pretend 
I'll lose in the end 
I'm a fool to care

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Mickey rege com graciosidade a estonteante ópera Guilherme Tell



Aqui duas paixões minhas: o desenho animado e a ópera. Apesar de gostos tão extremos, aparentemente, o pronfundamente maduro da arte se associa ao diletantismo infantil, resultando num momento de alegria e contentamento pela obra clássica. Novamente, apresenta-se a ópera Guilherme Tell, de Rossini, que já foi postada ainda este mês.
O bom nessa versão da Disney é o aproveitamento da música não apenas para entreter, como para revelar os efeitos dos instrumentos musicais e, mais ainda, da força da abertura. Ao mesmo tempo em que os metais chegam "rasgando" na passagem da tempestade, há as cordas fazendo o contraponto da suavidade e calmaria- não no desenho, onde somente aparecem instrumentos de sopro e percussão,
Para os amantes da ópera e do desenho animado, para as pessoas de todas as idades, um dos desenhos que mais me encantam.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Bom gosto e sofisticação nos dão tapas com luva de pelica

The Truth about Cinderella II Royalty Free Stock Photo



Se cada vez menos fumar é sinal de elegância, o mesmo se pode dizer do uso de luvas. Fumar, que já teve seu charme e era associado à sofisticação, passou a ser algo violentamente patrulhado. Os fumantes passivos não toleram o cheiro do cigarro. Já o fim da luva tem uma história mais longa e de resistência. Não porque seja inadequada aos trópicos, mas porque no mundo da moda, ficou relegada a  um acessório extremamente elitista. Se não me engano, e excluindo cerimônias de casamento, a última mulher que vi no seu uso natural foi a Rainha Elisabeth.
Denner,  famoso pela sua aparição no Programa Flávio Cavalcante na década de 1970, da extinta TV Tupi, foi por muito tempo o nome da alta costura no Brasil. Sua defesa em torno da luva residia no fato de que a considerava como símbolo de status e usada por uma determinada categoria de pessoas. Na sua opinião, ela indicava berço, costumes, e não tinha nenhuma  relação com tendência ocasionais. "Às vezes, a diferença entre a empregada e a patroa está nas luvas", dizia o costureiro, que costumava elogiar o bom gosto com o bordão: "é um luxo".
Na literatura, A Mão e a Luva (1874), de Machado de Assis, não demonstra a sofisticação, mas algo que se adequa e se encarna como unha e carne. Talvez como o encontro de almas gêmeas. Guiomar, a protagonista, é uma jovem modesta, que busca ascender socialmente, ao mesmo tempo encontrar o pretendente que realmente possa amá-lo. Essa descoberta acontece num trecho do romance: "Guiomar, que estava de pé defronte dele (Luís Alves), com as mãos presas nas suas, deixou-se cair lentamente sobre os joelhos do marido, e as duas ambições trocaram o ósculo fraternal. Ajustavam-se ambas, como se aquela luva tivesse sido feita para aquela mão."

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Terra dos Mortos, de George Romero, será exibido pela Vila das Artes


Na próxima terça-feira (28), às 18h30, a Mostra George Romero apresenta o filme“Terra dos Mortos” (2005). O longa mostra o mundo dominado por zumbis. Dos poucos humanos restantes, os ricos acharam uma maneira de explorar as outras pessoas, cobrando-lhes um preço alto por um local seguro. Um grupo de lixeiros, então, toma a iniciativa de destruir os monstros, antes que eles se tornem criaturas ainda piores.


O título do filme inicialmente seria "Dead Reckoning", mas ele foi descartado para que não houvesse confusão com Confissão (1947), que tem este mesmo título original. Outra curiosidade é O diretor George A. Romero ficou tão impressionado com o trabalho de Edgar Wright e Simon Pegg em Todo Mundo Quase Morto( 2004) que decidiu convidá-los a fazer uma participação especial em Terra dos Mortos.



O grupo de estudos 24 Quadros reúne-se todas as terças-feiras do mês, às 18h30, na Vila das Artes (Rua 24 de Maio, 1221, Centro), para refletir sobre questões do audiovisual. As exibições dos filmes, seguidas de debate, acontecem às quintas. O grupo está aberto aos interessados em comparecer aos encontros. Informações pelo 3252-1444.
Exibição de Filmes
Quintas | 18h30
Dia 28 - Terra dos Mortos (2005)
Dia 30 - Diários dos Mortos (2007)
  

sábado, 25 de junho de 2011

América do Sul e narcotráfico passam a ser prioridade para os Estados Unidos


Com a retirada das tropas do Afeganistão e, de forma gradual, no Iraque, a Líbia é alvo prioritário da Otan e dos EUA. No entanto, não se pode deixar de notar as recentes mobilizações na América do Sul, onde já se apontam para uma ação mais ostensiva dos órgãos de inteligência e contra inteligência. A Agência Brasileira de Inteligência (Abin), através de um oficial da contra inteligência ,havia se pronunciado que a guerra do Iraque fez com que os Estados Unidos deixassem "de lado" essa parte do hemisfério, pelo menos no governo Bush.
No entanto, vamos notar alguns acontecimentos recentes. O ministro da Defesa do Brasil, Nelson Jobim, finalizou na sexta-feira passada sua visita à Colômbia, após acompanhar o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, que assinou a Lei de Segurança Cidadã.
Na capital colombiana, Jobim e Rivera anunciaram o início de projetos de fortalecimento na zona de fronteira comum para proteger os recursos naturais, a biodiversidade e os povoados situados na fronteira.
A ideia é iniciar a negociação de um plano binacional de segurança fronteiriça que garanta que nesses 1.645 quilômetros de fronteira entre Colômbia e Brasil se tenha as melhores condições de segurança.
No Site da CIA, o Brasil é apontado como o segundo maior consumidor de cocaína e o maior produtor da maconha. Dentre os problemas verificados no País, aponta a necessidade de erradicação dos plantios da maconha, bem como maior fiscalização na lavagem de dinheiro. O Brasil é visto como entreposto para o tráfico internacional.
Ainda na semana passada, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse achar preocupante o quadro mostrado pelo relatório da ONU sobre o avanço do tráfico de drogas no Brasil e no exterior. O ministro afirmou que o problema atinge todos os países e não apenas um país ou região específica. O relatório aponta o aumento de volume de cocaína apreendida no Brasil e também a multiplicação por dez do número de pessoas presas na Europa com carregamentos de drogas depois de passar pelo território brasileiro.
Pelo levantamento do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (Unodc), em 2009 foram apreendidas 24 toneladas de cocaína em território brasileiro. O número é três vezes maior que as 8 toneladas apreendidas em 2004. O relatório informa ainda que, em 2009, a Europa apreendeu 1,5 tonelada de cocaína que estava em poder de traficantes que passaram pelo Brasil antes de viajar para a Europa. O número é mais de quatro vezes maior que o volume da cocaína de mesma origem apreendida em 2005 em aeroportos e portos da Europa.
Não que essa história toda sirva de pretexto para uma intervenção militar na Região, embora suas bases na Colômbia e Paraguai, continuarão se expandindo  na administração do presidente democrata Barak Obama.



Livro sobre evasão de engenheiros no Brasil é candidato ao prêmio Jabuti

No Brasil, se formam 30 mil engenheiros por ano, enquanto que em países como a Coreia do Sul somam-se 300 mil. É muito provável que nos próximo cinco anos, de São Paulo ao Ceará, se importe engenheiros civis. Por mais técnico que tema represente, inspirou uma obra que disputa o Prêmio Jabuti, o mais importante da Literatura nacional.
O professor do curso de Mecânica, Roaldo Tonhon Filho, autor do livro “Ensino Superior & Mercado de Trabalho - Engenheiros no Brasil’, aborda, na sua publicação, a evasão nos cursos de Engenharia.

A obra identifica as origens da evasão. Entre elas, a redução na relação candidato/vaga nas instituições de ensino superior, reflexo da redução do crescimento populacional na faixa etária correspondente aos egressos no período vigente, associada ao crescimento das instituições de ensino superior e o aumento no numero de vagas disponíveis, motivado pela nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.

“A redução da relação candidato/vaga, dada a seleção ser menos apurada, torna o egresso uma matéria prima de mais baixa qualidade, a ser moldado pela instituição. Sem contar a flexibilidade curricular para adaptações de um curso de Engenharia. Antes, o curso era em período integral. O aluno se dedicava exclusivamente. Hoje, existem cursos noturnos. O aluno chega cansado após um período exaustivo de trabalho”, observa Roaldo Tonhon Filho.

Para acompanhar o desenvolvimento tecnológico em suas especialidades, as instituições precisam concentrar esforços em poucas modalidades, tornando-se cada vez mais especialistas e trabalhando em conjunto com empresas no atendimento das necessidades individuais para o mercado.

A exigência de acompanhar conhecimentos em ritmo acelerado e a falta de reciclagem dos professores nas especificidades técnicas ministradas também causam a evasão dos alunos, principalmente durante os primeiros ciclos, quando os estudantes percebem que os cursos não preenchem as necessidades de conhecimento que ele necessitaria para atender às exigências do mercado de trabalho. “As mudanças que aconteceram nos últimos 30 anos equivalem às mudanças que ocorreram ao longo de toda a história da humanidade”, detecta o professor.

O autor defende que os cursos não preenchem as necessidades de mercado porque perderam o foco e a qualidade específica. Ele relata que se surpreendeu com a onda de evasão, antes comum nas instituições particulares de ensino superior e presente hoje nos centros universitários públicos de excelência. “Tornam-se necessárias medidas acertadas. Não há tempo para experimentos. As mudanças são essenciais para a sobrevivência das instituições de ensino superior”.

Informações sobre o livro:
Título: Ensino superior e mercado de trabalho – engenheiros no Brasil
Autor: Roaldo Tonhon Filho
Número de páginas: 224 
Compra: Site do agBook

  

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Tradução livre para o amor apaixonado de Ray Charles




Can't Stop Lovin' You

(I can't stop loving you)
I've made up my mind
To live in memory of the lonesome times
(I can't stop wanting you)
It's useless to say
So I'll just live my life in dreams of yesterday
(Dreams of yesterday)
Those happy hours that we once knew
Tho' long ago, they still make me blue
They say that time heals a broken heart
But time has stood still since we've been apart
(I can't stop loving you)
I've made up my mind
To live in memory of the lonesome times
(I can't stop wanting you)
It's useless to say
So I'll just live my life in dreams of yesterday
(Those happy hours)
Those happy hours
(That we once knew)
That we once knew
(Tho' long ago)
Tho' long ago
(Still make me blue)
Still ma-a-a-ake me blue
(They say that time)
They say that time
(Heals a broken heart)
Heals a broken heart
(But time has stood still)
Time has stood still
(Since we've been apart)
Since we've been apart
(I can't stop loving you)
I said I made up my mind
To live in memory of the lonesome times
(I can't stop wanting you)
It's useless to say
So I'll just live my life of dreams of yesterday
(Of yesterday)

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Goya abandona o romantismo e cria um mundo demoníaco, cheio de exageros



Francisco Goya (1746-1828), nascido na Espanha e morto na França,  chegou a pintar mais de 500 quadros a óleo, além 300 gravuras e litogravuras. Figuras da aristrocracia espanhola, como a duquesa de Alba, eram seus modelos, ainda numa fase romântica e cheia de energia.
Esse seria apenas um dos retratos oficiais, que a corte lhe encomendava, com destaque para a  Maja desnuda e a Maja vestida, onde são evidentes ás menções á duquesa de Alba. Seu mais famoso quadro, no entanto, é o fuzilamento de 3 de Maio, onde mostra horrores de um massacre.
A partir de 1792, Goya é atacado de vertigens, fica surdo, e o mundo passa a parecer-lhe trágico. É perseguido pelas torturas da inquisição e pelos delírios das casas dos loucos, que se espalham com perversidade nas gravuras de seus Caprichos. Aqui já abre as portas para o irracional.
Com a invasão francesa em 1808, a sua misantropia chega ao auge. Essa não é mais algo impositivo e passa a ser um estado natural de seu espírito, não é uma doença, mas uma escolha de acomodação, exprimindo-se em pinturas negras, obsessões, alucinações, cenas de bruxarias como a do quadro acima.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Arte resgata jovens cidadãos em Acarape


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O curso de bordado, para 12 alunas, é ministrado pela professora Maria Porto, que antes era voluntária
FOTO: DIVULGAÇÃO



Projeto Ciranda da Cidadania insere jovens, entre crianças e adolescentes, na arte musical e no bordado


Fortaleza. Aprender a arte de tocar um instrumento musical e a elaboração do bordado. Essas são as atividades que estão sendo desenvolvidas em Acarape, a 54 quilômetros de Fortaleza.

A ação integra o Projeto Ciranda da Cidadania, que conta com recursos do Banco do Nordeste e as parcerias da Associação dos Moradores de Acarape e Instituto Agropolo do Ceará.

O coordenador do projeto, Erineudo Luis de Lima, lembra que o projeto funciona há mais de um mês. No entanto, somente hoje, a partir das 16 horas, haverá uma solenidade de inauguração, na sede da Associação.

"O projeto foi aprovado desde dezembro do ano passado. No entanto, os recursos foram chegando mais cedo este ano e, com as chuvas, não podíamos deixar os jovens sem as atividades, enquanto aguardávamos por um tempo propício para a festa", disse Erineudo.

Os cursos funcionam na própria sede da Associação, onde são ministradas aulas de violão, flauta, teclado e crochê. Também nesta etapa são oferecidas técnicas de escritório e secretariado para os alunos matriculados. Para fazer parte do projeto, a coordenação requer que o candidato, na faixa etária de 7 a 19 anos, esteja regularmente matriculado numa escola de Ensino Fundamental ou Médio.

Esse é o caso do estudante Francisco Darlan da Silva Pontes, 13 anos, aluno da Escola de Ensino Fundamental Padre Antônio Crisóstomo do Vale. Ele diz que um mês e meio de duração do curso de violão fizeram com que visse o mundo com outros olhos.

"Aqui convivo com muitas crianças pobres, que não pensam no futuro. Eu não vejo assim. Vou usar meus dons na Igreja Evangélica onde me congrego e, quem sabe, numa profissão", afirmou o adolescente.

Para Erineudo, a iniciativa tem como principal objetivo fazer o resgate dessa cidadania, envolvendo 100 jovens. "São crianças e adolescentes que vivem numa situação vulnerável e, agora, têm a oportunidade de vencer por meio da arte e de outros ofícios", afirmou.

MAIS INFORMAÇÕES
Projeto Ciranda da Cidadania funciona na Associação dos Moradores de Acarape. Rua Zumbi s/n - Telefones:

(85) 8502.9367 e (85) 9904.4440
Diário do Nordeste

MARCUS PEIXOTO
Repórter

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Livro "Filosofia em Onze Atos" será lançado hoje no SESC Centro

Karl Marx and "das kapital" with clipping path Royalty Free Stock Photo


 

Será lançada, hoje, às 19h, na Unidade Centro do Serviço Social do Comércio – SESC (Rua 24 de maio, 692 – Centro), a coletânea "Filosofia em Onze Atos", organizada pelos professores Casemiro Campos e Érika Bataglia. O livro reúne a reflexão de autores que possuem interpretações filosóficas distintas e compreensão de mundo diferentes.
Dentre os autores do livro, estão egressos, professores e servidores técnico-administrativos da Universidade Federal do Ceará. Os 11 artigos da coletânea abordam conceitos como educação informal, aplicação da Filosofia no cotidiano, pobreza, planejamento urbano, cordel e Filosofia, consumo, subjetividade e ausência, além das obras de Roger Bacon, Friedrich Hegel e Karl Marx.

Segundo o Prof. Marney Eduardo Ferreira Cruz, coordenador pedagógico do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Formação Continuada (Humanas) e professor do Instituto UFC Virtual, "neste livro não pretendemos tratar a filosofia de maneira hermética, aprofundando reflexões acerca de sistemas, mas queremos simplesmente filosofar, na acepção primordial da filosofa enquanto busca pelo saber. Apesar de aparentemente indigesto, o debate filosófico pode surpreender aqueles que se disponibilizarem a discutir ideias, percebendo que estamos diante apenas de um aperitivo das inúmeras possibilidades de 25 séculos de históricos contrastes poderia proporcionar".

Fonte: Prof. Marney Eduardo Ferreira Cruz, do Instituto UFC Virtual - (fone: 85 3366 9032 / 8801 3902)

Verdade e mentira sobre o invento do conhecimento no sentido extra moral


"Em algum remoto rincão do universo cintilante que se derrama em um sem-número de sistemas solares, havia uma vez um astro, onde animais inteligentes inventaram o conhecimento. Foi o minuto mais soberbo e mais mentiroso da ‘história universal’: mas também foi somente um minuto. Passados poucos fôlegos da natureza congelou-se o astro, e os animais inteligentes tiveram de morrer.
 – Assim poderia alguém inventar uma fábula e nem por isso teria ilustrado suficientemente quão lamentável, quão fantasmagórico e fugaz, quão sem finalidade e gratuito fica o intelecto humano dentro da natureza. Houve eternidades em que ele não estava; quando de novo ele tiver passado, nada terá acontecido. Pois não há para aquele intelecto nenhuma missão mais vasta que conduzisse além da vida humana. Ao contrário, ele é humano, e somente seu possuidor e genitor o toma tão pateticamente, como se os gonzos do mundo girassem nele. Mas se pudéssemos entender-nos com a mosca, perceberíamos então que também ela bóia no ar com esse páthos e sente em si o centro voante deste mundo. Não há nada tão desprezível e mesquinho na natureza que, com um pequeno sopro daquela força do conhecimento, não transbordasse logo um odre; e como todo transportador de carga quer ter seu admirador, mesmo o mais orgulhoso dos homens, o filósofo, pensa ver por todos os lados os olhos do universo telescopicamente em mira sobre seu agir e pensar".

Sobre verdade e mentira, no sentido extra moral

domingo, 19 de junho de 2011

Guilherme Tell nos passa sensações de serenidade, tempestade e bravura



Ópera em quatro atos de Gioacchino Rossini, que teve sua estreia em Paris, em 3 de agosto de 1829. Ao mesmo tempo em que a abertura ganhou, justificadamente, projeção no mundo todo, o desenrolar da obra é lento (são quase cinco horas) e pouco memorável. No entanto, são grandiosos os momentos lentos, em que lembram a calma das montanhas, assim como são expressivas a menção da tempestade. 
Guilherme Tell (Wilhelm Tell)  foi um herói lendário. Um governador austríaco tirano, Gessler, pendurou num poste um chapéu com as cores da  Aústria, numa praça  Todos que por lá passassem teriam de fazer uma cumprimento como prova do seu respeito. O chapéu era guardado por soldados que se certificariam que as ordens do governador fossem cumpridas.
Um dia, Guilherme e seu filho passaram pela praça e não saudaram o chapéu. Prenderam-no imeditamente e levaram-no à presença do governador que, reconhecendo-o, o fez, como castigo, disparar a flexa  a uma maçã na cabeça do filho. Tell tentou demover Gessler, sem sucesso; o governador ameaçaria ainda matar ambos, caso não o fizesse.
Tell foi assim trazido para a praça de Altdorf, escoltado por Gessler e os seus soldados e a população amontoava-se na expectativa de assistir ao castigo (e, sobretudo, ao seu culminar). O filho de Guilherme foi atado a uma árvore, e a maçã foi colocada na sua cabeça. Contaram-se 50 passos. Tell carregou a besta, fez pontaria calmamente e disparou. A seta atravessou a maçã sem tocar no rapaz, o que levaria a população a aplaudir os dotes do corajoso arqueiro.
Não obstante, Guilherme trazia uma segunda seta. Gessler, ao vê-la, perguntou por que ele a trazia. Tell hesitou. Gessler, apressando a resposta, assegurou-lhe que se dissesse a verdade, a sua vida seria poupada. Guilherme respondeu: "Seria para atravessar o seu coração, caso a primeira seta matasse o meu filho".

sábado, 18 de junho de 2011

O Brasil entra na marcha revolucionária para inspirar um grande livro

Aconteceu num estúdio de TV, mas a postura do entrevistador assemelhava-se a um advogado cioso pela tensão:

- Mas o senhor não pode ser favorável à publicação de pornografia.
Era um homem de televisão já idoso e de olhos azuis e frios, como hoje notaria o ex presidente Lula
- Claro, sou a favor de que se publique...
- O senhor é a favor da pornografia?
- Eu disse que sou a favor da publicação da pornografia...
- Mas qual a diferença? quer dizer, entre ser a favor da publicação de pornografia e ser a favor da pornografia?
- Se eu, pessoalmente, gosto de pornografia ou deixo de gostar, é uma coisa absolutamente sem importância. A liberdade de publicar qualquer coisa está garantida pela Constituição.

O diálogo aconteceu em 1979, em entrevista concedida pelo escritor norte-americano Gore Vidal, a um canal televisivo daquele País
É um diálogo atual se lembrarmos que argumentos parecidos foram utilizados na quarta-feira passada pelos ministros do Supremo Tribunal Federal, ao votar sobre a constitucionalidade ou não da Marcha da Maconha. O relator da matéria, ministro Celso Melo, afirmou que o ato era expressão concreta  do exercício legítimo da liberdade de reunião. Não se tratava de apologia, mas da garantia do direito de expressão.
Não haverá mais repressão e nem assim se coibirá os viciados e os traficantes, porque a ideia que prevalece é que a maconha é apenas uma etapa para coisas piores.
Enquanto isso, fortalecerão os movimentos populares, as grandes marchas, a necessidade de se fazer revolução. Também lembrando Jean-Paul Sartre, quando esteve no Rio de Janeiro no final da década de 1960, o Brasil não merecia um livro porque aqui nunca houve de fato uma revolução.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Licenciatura em Teatro realiza mostra cênica


Espetáculos, exposição de figurino, apresentações cênicas e todo o resultado do trabalho produzido pelos alunos do curso de Licenciatura em Teatro da Universidade Federal do Ceará estarão reunidos, de 18 a 26 de junho, na II Semana de Mostras Teatrais da UFC. Totalmente gratuita, a programação será realizada sempre no período da noite, com horários que variam de acordo com a atração. O palco será o Teatro Universitário Paschoal Carlos Magno (Av. de Universidade, 2210 - Benfica) e Instituto de Cultura e Arte - ICA Carapinima (Av. Carapinima, 1615 - Benfica). 

A peça de abertura, intitulada “Pequenas criaturas”, será apresentada às 19h do próximo sábado (18), no Teatro Universitário. O espetáculo é uma adaptação de contos do escritor Rubem Fonseca. No mesmo dia, às 20h30min, “Tem que andar pra ver” apresenta uma experiência teatral itinerante, no prédio do ICA Caparinima, onde os espectadores passearão por salas, corredores e outros espaços.

A programação completa pode ser acessada em: www.teatro.ufc.br

Fonte: Prof. Pedro Henriques, do Curso de Teatro da UFC - (fone: 85 9677 0234)

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Não veio a ti a sílaba de chamas para defender e clamar pelo teu povo?




O traidor

 (Pablo Neruda)
E por cima destas desventuras
Um tirano que sorria
Cuspindo nas esperanças
Dos mineiros traídos.
Cada povo com suas dores.
cada luta com seus tormentos,
mas vinde aqui dizer-me
se entre os sanguinários,
entre todos os desmandados
déspotas, coroados de ódio,
com cetros de látegos verdes,
foi algum como o do Chile?

Este traiu pisoteando
suas promessas e seus sorrisos,
este do asco fez o seu cetro,
este bailou sobre as dores
de seu pobre povo cuspido.

E quando nas prisões cheias
por seus desleais decretos
se acumularam olhos negros
de agravados e ofendidos,
ele dançava em Viña del Mar,
rodeado de jóias e taças.

Mas os olhos negros olham
através da noite negra.

Que fizeste tu? Não veio tua palavra
para o irmão das minas profundas,
para a dor dos atraiçoados,
não veio a ti a sílaba de chamas
para defender e clamar por teu povo?


(Canto Geral)


terça-feira, 14 de junho de 2011

Mr. Bojangles dançava como aqueles menestréis





Mr. Bojangles

(Nina Simone)

I knew a man,
Bojangles,
and he'd dance for you
in worn out shoes,
with silver hair,
a ragged shirt,
and baggy pants.
the old soft shoe.
jump so high,
jump so high,
then he'd lightly touch down.


I met him in a cell
in New Orleans,
I was down and out.
He looked to me to be the very eyes of age
as he spoke right out,
talked of life, talked of life,
laughed, slapped his leg and stepped.


He said the name "Bojangles"
and he danced a lick
across the cell.
grabbed his pants,
a better stance,
and wow he jumped up high.
clicked his heels.
he let go a laugh,
let go a laugh,
shook back his clothes all around.


Mr. Bojangles.
Mr. Bojangles.
Mr. Bojangles.
dance.


he danced with those at minstrel
shows & county fairs,
throughout The South.
He spoke with tears
of fifteen years
of how his dog and him,
had traveled about.
his dog up and died,
he up and died,
after twenty years he still greives.


He said "I dance
now and every chance at
honkey-tonks,
for drinks and tips.
But most of time
I spend behind these country bars,
cause I drinks a bit."


he shook his head.
and as he shook his head,
I heard someone ask please,


Mr. Bojangles.
Mr. Bojangles.
Mr. Bojangles.
dance,

Guaiuba exibe arte inovadora com o uso do acrílico


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Jovens e adultos participam da oficina, em que utilizam caixas de pizzas para pintura em acrílico
FOTOS: FLORIANO RIBEIRO

Cinquenta trabalhos, de autoria de oito alunos de uma oficina de arte, estarão em exposição em Guaiuba, a 40 quilômetros de Fortaleza. A iniciativa conta com o apoio do Ministério da Cultura e da Prefeitura Municipal, estando aberta ao público a partir da próxima quinta-feira.

A exposição, com duração de dois meses, tem como tema "Cultura Popular, a alma de um povo". Os trabalhos ficam disponíveis à visitação na Galeria Aldemir Martins, no Centro de Arte Portal da Serra, no Centro de Guaiuba.

Segundo o organizador e curador da mostra, Silvano Tomaz, a ideia foi reunir os melhores trabalhos elaborados pela oficina, que contou com o apoio do Ministério da Cultura, através do programa Cultura Viva, e da Prefeitura Municipal, que mantém o projeto Cultura de Ponta no Ponto de Cultura.

As peças que ficarão expostas foram selecionadas, dentre os 15 participantes que atuam na oficina. A escolha obedeceu critérios e o tema, em que se faz uma valorização da cultura e da arte popular, buscando referências em diferentes manifestações, desde artistas como Luiz Gonzaga até danças e artesanato regional.

"Na verdade, trata-se de uma iniciativa vencedora de um edital, e que tem como principal objetivo a valorização da cultura popular, ao mesmo tempo em que destacará a importância da reciclagem", disse o curador.

As obras são feitas em caixas de pizzas, utilizando pinturas acrílicas, abordando manifestações populares como o Bumba Meu Boi, danças e a capoeira. As representações, segundo Silvano, são figurativas e utilizam técnicas mistas, embora com a predominância do acrílico.

De acordo com o assessor de imprensa da Prefeitura, Floriano Ribeiro, o trabalho dá prosseguimento ao investimento que a administração vem desenvolvendo na ampliação da oferta de atrativos culturais.

"Hoje, estamos trabalhando com seis linguagens artísticas, tais como música, dança, teatro, pintura, fotografia e educação patrimonial´, afirmou Floriano Ribeiro.

Ele lembrou que o Centro já vem oferecendo para a juventude local aulas de violão e percussão, e com a oficina, aumenta ainda mais o leque de atividades artísticas e culturais para a juventude.

A ação coordenada por Silvano Tomaz, 37 anos, tem precedentes no trato com jovens e no estímulo às atividades artísticas no desenvolvimento de vocações e no aprimoramento educacional. Ele lembra que a oficina conta, atualmente, com adolescentes e adultos.

Antes de atuar em Guaiuba, Silvano foi precursor do trabalho "Não piche, faça arte: grafite", em Caucaia, também na Região Metropolitana de Fortaleza. Ele lembra que até 2009, a ação voltou-se à reeducação dos jovens, que antes praticavam a pichação, envolvendo membros de gangues, que passavam mensagens cifradas em muros e fachadas de prédios públicos e particulares.

"Nós trabalhamos arduamente com esses jovens, ressaltando que a atitude até então ilícita poderia se converter em arte. E isso foi um trabalho de convencimento de sucesso, a ponto de que até hoje existe uma continuidade", disse Silvano.

A exemplo do que aconteceu em Caucaia, o artista plástico acredita que esse mesmo espírito deverá nortear meninos e meninas, que hoje atuam nas oficinas e nas atividades culturais do Município.

Certificados
Para a festa de abertura da exposição, que acontece no dia 16 deste mês, se contará com a presença do prefeito Marcelo Fradique (PT), secretários municipais e vereadores. "Essa é uma ação inovadora e pioneira. Afinal, não somente cultuamos a questão da reciclagem, porque a matéria prima são caixas de papelão onde se servem pizza, mas damos destaque aos diferentes aspectos da cultura popular, e que são aqueles que estão mais próximos da comunidade residente na Região Metropolitana", afirmou o curador.

Além da festa da abertura da exposição, também haverá a entrega de certificados para os participantes da oficina, um grupo formado por 16 integrantes.

Segundo Floriano Ribeiro, novas ações deverão ser desenvolvidas pelo Centro de Cultura e arte, envolvendo fotografia, teatro e dança.

"Nosso propósito, é que novos parceiros se somem ao Município, assim como já fazemos com os governo Federal e Estadual", afirma, otimista, Floriano Ribeiro.




Diario do Nordeste
MARCUS PEIXOTO
Repórter

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Livro sobre Maracatus no Ceará terá lançamento no MAUC

Maracatu
“Maracatus no Ceará – Sentidos e Significados (Edições UFC, 350 p., R$ 25,00)” é o título do livro que Danielle Maia Cruz lança na próxima quarta-feira (15), no Museu de Arte da Universidade Federal do Ceará, às 19h. A obra resultou da pesquisa de dissertação de mestrado em Sociologia pela Universidade Federal do Ceará e foi premiada no VI Edital de Incentivo às Artes da Secretaria da Cultura do Estado. 

Danielle pesquisou os maracatus como instrumentos de reivindicação política. O estudo teve como base o Maracatu Nação Iracema, sediado no bairro Jardim Iracema, bairro da zona oeste de Fortaleza. A agremiação se destaca pelo trabalho em dar visibilidade à questão da negritude. 

Em seu estudo, a autora fez um levantamento histórico e estendeu a pesquisa a outros maracatus no Ceará e em Pernambuco. Ela teve a oportunidade de entrevistar mestres da cultura, dentre eles Manuel Salustiano Soares, o Mestre Salustiano (1945 - 2008), fundador do maracatu rural pernambucano Piaba de Ouro.

Sobre a polêmica acerca do local de origem do maracatu, Danielle afirma que, embora registros deem conta de que Boca Aberta, fundador do primeiro maracatu cearense, esteve em Recife e só em 1937 criou o Az de Ouro, há relatos do historiador Gustavo Barroso (1888 — 1959) sobre ter visto maracatus na infância, no final do século XIX. Danielle, agora, no doutorado, quer aprofundar questões como as transformações pelas quais passam os maracatus na atualidade como, por exemplo, desfilar sem o negrume no rosto ou ter o ritmo da loa (equivalente ao samba-enredo das escolas de samba) mais acelerado.

Quem for ao MAUC para o lançamento do livro vai assistir a uma apresentação do Maracatu Nação Iracema e a um vídeo sobre o tema do livro. Ao final, será servido coquetel. 

Fonte: Danielle Maia Cruz, mestra em Sociologia pela UFC e autora do livro “Maracatus no Ceará – Sentidos e Significados” - (fone: 85 9935 0167)

domingo, 12 de junho de 2011

Enrico Caruso canta "Vesti la giubba", em Pagliacci de Leoncavallo




Ópera em dois atos de Ruggero Leoncavallo (1858-1919), tendo como personagens Canio (Pagliaccio), diretor de uma trupe de saltibancos (tenor); Nedda (Colombina), sua mulher (soprano); Tonio (Taddeo), um palhaço (barítono); Beppe (Arlequim); Sílvio, Aldeão (barítono).
Pagliacci começa com um prólogo, em que Tonio passa a cabeça pela fresta da cortina pedindo permissão ao público.  Na tradição da arte da comédia,  diz-se para o público não se preocupar se houver uma tragédia no palco, porque, apesar de tudo, é somente uma peça e não a vida real. Tonio, entretanto, traz uma mensagem muito diferente:

Senhoras e senhores! Na peça que estão prestes a assistir, o autor quer capturar as velhas tradições e mostrá-las novamente. Mas ele não pretende contar-lhes o que estão sempre acostumados a dizer. Não! Este autor quer mostrar-lhes um verdadeiro pedaço de vida. A verdade foi sua inspiração. Verão o amor como o povo real ama. Verão os trágicos resultados do ódio e espasmos da dor real. Escutarão gritos de raiva real e risos cínicos.

Assim, não devem pensar em nosso pobres truques teatrais. Devem pensar em nossas almas, pois somos pessoas de carne e osso - e neste mundo solitário respiramos o mesmo ar que vocês.Todo o conjunto da abertura provoca grande efeito na ópera e resulta em ser extremamente popular em concertos, como nota o Conde de Herewood.
Neste trecho interpretado por Caruso, Canio expressa sua dor numa das árias mais célebres do repertório italiano, "Vesti la giubba", com o trágico "Ridi Pagliacci", resumindo a história do bufão que deve rir e fazer os outros rirem mesmo com o coração partido.





sábado, 11 de junho de 2011

Rubens considerava o mundo inteiro a sua pátria

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Paul Rubens (1577-1640) assinou mais de dois mil quadros, mas se sabe que somente isso foi possível graças aos vinte artistas de seu ateliê, em que se destacavam Jordaens e Van Dick. No entanto, é A Descida da Cruz (1612), uma obra extraordinária, em estilo barroco, que se volta ao sagrado, ao triunfo da fé, os mártires, os milagres e os êxtases. Neste quadro, nota-se uma pintura cheia de energia, onde os críticos encontram a influência de Caravaggio, no realismo humanitário, e de Michelangelo, nas formas musculares do Cristo morto.
Curioso na biografia do artista foi o fato de ter sido o pintor oficial dos arquiduques - regentes dos países baixos espanhóis. Ele colocou seu gênio a serviço dos padres da Companhia de Jesus, tendo naquele momento uma árdua tarefa de impor  a contra reforma, que ganhava força pela Europa e ameaçava se espalhar pelas colônias. Os jesuítas, orientados pelo fundador da ordem Santo Inácio de Loyola, eram o antídoto para a reforma protestante.
Apesar de toda sua identificação religiosa, também é conhecida sua arte voltada para o livre curso de sua embriaguez. Viúvo aos 53 anos, voltou a casar-se com uma sobrinha de 16 anos, Hélène Fourment, que serviu de modcelo para as suas alegorias.
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quarta-feira, 8 de junho de 2011

Mestres capoeiristas recebem homenagem da Câmara na sexta-feira

capoeira by marcus peixoto
capoeira, a photo by marcus peixoto on Flickr.

A Câmara Municipal de Fortaleza realizará, nesta sexta-feira, 10 de junho, às 14h, sessão solene para homenagear os mestres capoeiristas do Ceará. A iniciativa é do vereador Ronivaldo Maia (PT). "Queremos com essa iniciativa prestar uma justa homenagem àqueles que constroem a tradição da capoeira no Ceará, atividade que mantém forte a cultura afro-brasileira e muito contribui para a inclusão social e esportiva”, afirma o vereador.

Durante a sessão, 73 mestres capoeiristas receberão homenagens, entre placas e certificados, com destaque para os 15 mestres considerados pioneiros na difusão da capoeira no Estado. Deverão compor a mesa da solenidade, além do vereador, o presidente da Federação Cearense de Capoeira, mestre César Simpatia; o mestre Zé Renato, pioneiro da capoeira no Ceará; o presidente da Associação de Capoeira Jogo Ligeiro, mestre Sério Tronco; o professor Josenir Camisola, também da Associação de Capoeira Jogo Ligeiro e idealizador da sessão solene; representantes da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer (Secel) e dos mandatos do deputado estadual Antônio Carlos e do deputado federal Eudes Xavier, ambos do PT.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Mesmo ocupando as estrelas ou as nuvens, Malud acusa Deus de não existir





Manischevitz visitou uma sinagoga e lá falou com Deus, mas Deus parecia ter se ausentado. O alfaiate procurou no fundo de sua alma, mas lá tão pouco encontrou esperança alguma(...). Ocorre-lhe por fim à própria vida, mas sabia que não faria isso. Contudo, era uma ideia a considerar. Pensar é existir. Ele se queixou de Deus. Como pode amar alguém tão insensível, como uma pedra, uma vassoura, como o vazio? Abrindo a camisa, Manischevitz pôr-se a dar socos no peito magro, amaldiconando-se por ter acreditado que Deus o ajudaria.
O trecho é do conto Anjo Levine, do livro o Barril Mágico, de Bernard Malud. A obra é composta por 13 contos, tendo como cenário Nova York e a Itália. Malud (1914-1986) nasceu nos Estados Unidos e sua obra se centra sempre em personagens judeus, sendo a grande maioria migrantes da Europa Oriental. O tema  principal é o desespero, a dificuldade de viver com o outro, e há sempre uma tensão que somente pode ser superada exatamente com a compreensão do outro.
Malud não tenta acabar com Deus. Em O Faz Tudo, o protagonista O acusa por não existir. Mas há uma espiritualidade proveniente dos conflitos e o êxito, longe da idolatria, é possível.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Emily Dickinson é a maior poeta mulher de todos os tempos



A bela de Amherst
Emily Dickinson


Noites Loucas — Noites Loucas! 
Estivesse eu contigo
Noites Loucas seriam 
Nosso luxuoso abrigo!

Para Coração em porto — 
Ventos — são coisas fúteis — 
Bússolas — dispensáveis —
Portulanos — inúteis! 

Navegando em pleno Éden —
Ah, o Mar! 
Quem dera — esta Noite — em Ti 
Ancorar! 

               Tradução: Paulo Henriques Britto

Wild Nights — Wild Nights!
Were I with thee
Wild Nights should be
Our luxury!

Futile — the Winds —
To a Heart in port —
Done with the Compass —
Done with the Chart!

Rowing in Eden —
Ah, the Sea!
Might I but moor — Tonight —
In Thee!