“Maracatus no Ceará – Sentidos e Significados (Edições UFC, 350 p., R$ 25,00)” é o título do livro que Danielle Maia Cruz lança na próxima quarta-feira (15), no Museu de Arte da Universidade Federal do Ceará, às 19h. A obra resultou da pesquisa de dissertação de mestrado em Sociologia pela Universidade Federal do Ceará e foi premiada no VI Edital de Incentivo às Artes da Secretaria da Cultura do Estado.
Danielle pesquisou os maracatus como instrumentos de reivindicação política. O estudo teve como base o Maracatu Nação Iracema, sediado no bairro Jardim Iracema, bairro da zona oeste de Fortaleza. A agremiação se destaca pelo trabalho em dar visibilidade à questão da negritude.
Em seu estudo, a autora fez um levantamento histórico e estendeu a pesquisa a outros maracatus no Ceará e em Pernambuco. Ela teve a oportunidade de entrevistar mestres da cultura, dentre eles Manuel Salustiano Soares, o Mestre Salustiano (1945 - 2008), fundador do maracatu rural pernambucano Piaba de Ouro.
Sobre a polêmica acerca do local de origem do maracatu, Danielle afirma que, embora registros deem conta de que Boca Aberta, fundador do primeiro maracatu cearense, esteve em Recife e só em 1937 criou o Az de Ouro, há relatos do historiador Gustavo Barroso (1888 — 1959) sobre ter visto maracatus na infância, no final do século XIX. Danielle, agora, no doutorado, quer aprofundar questões como as transformações pelas quais passam os maracatus na atualidade como, por exemplo, desfilar sem o negrume no rosto ou ter o ritmo da loa (equivalente ao samba-enredo das escolas de samba) mais acelerado.
Quem for ao MAUC para o lançamento do livro vai assistir a uma apresentação do Maracatu Nação Iracema e a um vídeo sobre o tema do livro. Ao final, será servido coquetel.
Fonte: Danielle Maia Cruz, mestra em Sociologia pela UFC e autora do livro “Maracatus no Ceará – Sentidos e Significados” - (fone: 85 9935 0167)
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