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sábado, 18 de junho de 2011

O Brasil entra na marcha revolucionária para inspirar um grande livro

Aconteceu num estúdio de TV, mas a postura do entrevistador assemelhava-se a um advogado cioso pela tensão:

- Mas o senhor não pode ser favorável à publicação de pornografia.
Era um homem de televisão já idoso e de olhos azuis e frios, como hoje notaria o ex presidente Lula
- Claro, sou a favor de que se publique...
- O senhor é a favor da pornografia?
- Eu disse que sou a favor da publicação da pornografia...
- Mas qual a diferença? quer dizer, entre ser a favor da publicação de pornografia e ser a favor da pornografia?
- Se eu, pessoalmente, gosto de pornografia ou deixo de gostar, é uma coisa absolutamente sem importância. A liberdade de publicar qualquer coisa está garantida pela Constituição.

O diálogo aconteceu em 1979, em entrevista concedida pelo escritor norte-americano Gore Vidal, a um canal televisivo daquele País
É um diálogo atual se lembrarmos que argumentos parecidos foram utilizados na quarta-feira passada pelos ministros do Supremo Tribunal Federal, ao votar sobre a constitucionalidade ou não da Marcha da Maconha. O relator da matéria, ministro Celso Melo, afirmou que o ato era expressão concreta  do exercício legítimo da liberdade de reunião. Não se tratava de apologia, mas da garantia do direito de expressão.
Não haverá mais repressão e nem assim se coibirá os viciados e os traficantes, porque a ideia que prevalece é que a maconha é apenas uma etapa para coisas piores.
Enquanto isso, fortalecerão os movimentos populares, as grandes marchas, a necessidade de se fazer revolução. Também lembrando Jean-Paul Sartre, quando esteve no Rio de Janeiro no final da década de 1960, o Brasil não merecia um livro porque aqui nunca houve de fato uma revolução.

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