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domingo, 12 de junho de 2011

Enrico Caruso canta "Vesti la giubba", em Pagliacci de Leoncavallo




Ópera em dois atos de Ruggero Leoncavallo (1858-1919), tendo como personagens Canio (Pagliaccio), diretor de uma trupe de saltibancos (tenor); Nedda (Colombina), sua mulher (soprano); Tonio (Taddeo), um palhaço (barítono); Beppe (Arlequim); Sílvio, Aldeão (barítono).
Pagliacci começa com um prólogo, em que Tonio passa a cabeça pela fresta da cortina pedindo permissão ao público.  Na tradição da arte da comédia,  diz-se para o público não se preocupar se houver uma tragédia no palco, porque, apesar de tudo, é somente uma peça e não a vida real. Tonio, entretanto, traz uma mensagem muito diferente:

Senhoras e senhores! Na peça que estão prestes a assistir, o autor quer capturar as velhas tradições e mostrá-las novamente. Mas ele não pretende contar-lhes o que estão sempre acostumados a dizer. Não! Este autor quer mostrar-lhes um verdadeiro pedaço de vida. A verdade foi sua inspiração. Verão o amor como o povo real ama. Verão os trágicos resultados do ódio e espasmos da dor real. Escutarão gritos de raiva real e risos cínicos.

Assim, não devem pensar em nosso pobres truques teatrais. Devem pensar em nossas almas, pois somos pessoas de carne e osso - e neste mundo solitário respiramos o mesmo ar que vocês.Todo o conjunto da abertura provoca grande efeito na ópera e resulta em ser extremamente popular em concertos, como nota o Conde de Herewood.
Neste trecho interpretado por Caruso, Canio expressa sua dor numa das árias mais célebres do repertório italiano, "Vesti la giubba", com o trágico "Ridi Pagliacci", resumindo a história do bufão que deve rir e fazer os outros rirem mesmo com o coração partido.





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