No Brasil, se formam 30 mil engenheiros por ano, enquanto que em países como a Coreia do Sul somam-se 300 mil. É muito provável que nos próximo cinco anos, de São Paulo ao Ceará, se importe engenheiros civis. Por mais técnico que tema represente, inspirou uma obra que disputa o Prêmio Jabuti, o mais importante da Literatura nacional.
O professor do curso de Mecânica, Roaldo Tonhon Filho, autor do livro “Ensino Superior & Mercado de Trabalho - Engenheiros no Brasil’, aborda, na sua publicação, a evasão nos cursos de Engenharia.
O professor do curso de Mecânica, Roaldo Tonhon Filho, autor do livro “Ensino Superior & Mercado de Trabalho - Engenheiros no Brasil’, aborda, na sua publicação, a evasão nos cursos de Engenharia.
A obra identifica as origens da evasão. Entre elas, a redução na relação candidato/vaga nas instituições de ensino superior, reflexo da redução do crescimento populacional na faixa etária correspondente aos egressos no período vigente, associada ao crescimento das instituições de ensino superior e o aumento no numero de vagas disponíveis, motivado pela nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
“A redução da relação candidato/vaga, dada a seleção ser menos apurada, torna o egresso uma matéria prima de mais baixa qualidade, a ser moldado pela instituição. Sem contar a flexibilidade curricular para adaptações de um curso de Engenharia. Antes, o curso era em período integral. O aluno se dedicava exclusivamente. Hoje, existem cursos noturnos. O aluno chega cansado após um período exaustivo de trabalho”, observa Roaldo Tonhon Filho.
Para acompanhar o desenvolvimento tecnológico em suas especialidades, as instituições precisam concentrar esforços em poucas modalidades, tornando-se cada vez mais especialistas e trabalhando em conjunto com empresas no atendimento das necessidades individuais para o mercado.
A exigência de acompanhar conhecimentos em ritmo acelerado e a falta de reciclagem dos professores nas especificidades técnicas ministradas também causam a evasão dos alunos, principalmente durante os primeiros ciclos, quando os estudantes percebem que os cursos não preenchem as necessidades de conhecimento que ele necessitaria para atender às exigências do mercado de trabalho. “As mudanças que aconteceram nos últimos 30 anos equivalem às mudanças que ocorreram ao longo de toda a história da humanidade”, detecta o professor.
O autor defende que os cursos não preenchem as necessidades de mercado porque perderam o foco e a qualidade específica. Ele relata que se surpreendeu com a onda de evasão, antes comum nas instituições particulares de ensino superior e presente hoje nos centros universitários públicos de excelência. “Tornam-se necessárias medidas acertadas. Não há tempo para experimentos. As mudanças são essenciais para a sobrevivência das instituições de ensino superior”.
Informações sobre o livro:
Título: Ensino superior e mercado de trabalho – engenheiros no Brasil
Autor: Roaldo Tonhon Filho
Número de páginas: 224
Compra: Site do agBook
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