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sábado, 4 de junho de 2011

A arte despida se confunde com a vulgaridade



Aqui vale lembrar Pablo Picasso: "A arte nunca é casta, se deveria mantê-la longe de todos os cândidos ignorantes. Nunca se deveria deixar que gente despreparada se lhe aproximasse. Sim, a Arte é perigosa. Se é casta não é Arte."
Eis um motivo  como Henri Cartier-Bresson elevou a fotografia à categoria de arte. Duas mulheres despidas repousam, sem que se vejam seus rostos. O que prepondera é o bom gosto, a estética, a representação anônima do nu. Não faz da fotografia um circo, o que tem sido comum entre aqueles que a manipulam como um meio de subsistência, muitas vezes banal e longe de ser memorável. 
Ou, como é muito comum, uma linguagem inconsequente, não importando se cai no ridículo ou não. Se os objetos da lente são ridículos ou não. Essa é a diferença do artista. É muito difícil encontrar trabalhos que consigam materializar a fantástica comunhão do nu com a arte.  A beleza e sensualidade do nu, por muitas vezes confundida com o vulgar, é a própria essência da arte. 

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