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quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Bertrand Russell explica porque não vê sentido em acreditar em Deus


"O fato de que uma crença tem um bom efeito moral sobre um homem não é uma evidência qualquer em favor de sua vedade". A afirmação é do filósofo e matemático Bertrand Russell (1872-1970), durante o debate transmitido em 1948, pela rádio BBC, com o padre jesuíta F.C. Copleston. Parte do debate se encontra disponível na Coleção Os Pensadores, da editora Abril. O religioso inicia definindo Deus como um ser pessoal supremo - distinto do mundo e criador do mundo. A definição é aceita.
Nesta entrevista tramistida pela televisão em 1959, também pela BBC, praticamente repete o que comentou anteriormente, tendo como foco de que seria uma grande desornestidade e traição à integridade intelectual aceitar uma religião somente porque ela é útil.
Nesse sentido, Russell torna mais claro qual é o papel da crença do que a aposta de Pascal. "Se você diz que não acredita em Deus e se Ele existir, então você pode se dar mal. Se você diz que Deus não existe e Ele não existe, ninguém perde e ninguém ganha. Se você diz diz que Deus existe e Ele realmente existe, então todos saem ganhando. Se você diz que Deus existe e Ele não existe você não perde nada".
Esse é o conceito oportunista que Russell encontra e acha que a moral pode vir de uma postura lógica, assim como preconizava Kant. No entanto, o que ele descarta, e é vital para o crente, é a graça, que se manifesta como um milagre ou não na vida das pessoas. Como uma força sobrenatural, essa independe de religiões e está acima do bem e do mal que essas podem fazer, ao contrário do que o filósofo inglês afirma.

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