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terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Pasquim diz que importante não é competir. Mas sair vivo.



"Não acho que que tenha sido o humor, por si, que tenha vendido tanto o Pasquim. Foi a censura que vendeu o jornal. Censurados, não podíamos espinafrar o regime, logo tivemos da dar asas à imaginação, como dizem, e não cair em reclamações monocórdicas típicas de esquerda". Assim se referiu Paulo Francis sobre a historia do jornal, na Folha de São Paulo, na edição de 17 de junho de 1989.
Neste pequeno trecho do documentário feito pela TV Câmara temos o prazer de rever os rostos heróicos dos que resistiram bravamente e com muito humor aos anos de chumbo. Ao mesmo tempo, por ser tão breve, não temos o desprazer de acompanhar o fim de seu ciclo, suas intrigas, traições e a imensa covardia que foram feitas com alguns de seus empregados.
Vamos nos contentar pelo que representou positivamente. A graça de manchetes, que marcou minha geração e que se tornou uma Bíblia do jornalismo combativo para muitos. "Jacqueline não apenas nasceu com o rabo virado para a lua, como soube usá-lo". 'Tesoura sim. Alicate não". Para bom entendedor, poucas palavras bastam.
Segundo o Wikipedia, o Pasquim foi um semanário brasileiro editado entre 26 de junho de 1969 e 11 de novembro de 1991, reconhecido por seu papel de oposição ao regime militar.
De uma tiragem inicial de 20 mil exemplares, que a princípio parecia exagerada, o semanário (que sempre se definia como um hebdomadário) atingiu a marca de mais de 200 mil em seu auge, em meados dos anos 1970, se tornando um dos maiores fenômenos do mercado editorial brasileiro.
A princípio uma publicação comportamental (falava sobre sexo, drogas, feminismo e divórcio, entre outros) O Pasquim foi se tornando mais politizado à medida que aumentava a repressão da ditadura, principalmente após a promulgação do repressivo ato AI-5. O Pasquim passou então a ser porta-voz da indignação social brasileira

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