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domingo, 15 de janeiro de 2012

Cupido e Psique e a clássica história do amor que nunca satisfaz

Há uma curiosa história de amor entre Psique (Alma) e Cupido (Eros). Psique era uma linda mulher, que não somente despertava o ciúme de suas duas irmãs, como de Vênus. Esta não compreendia como os mortais poderiam render tantas homenagens e reverência àquela mulher, quando na verdade ela era de fato a grande deusa. Portanto, ordenou a seu filho Cupido, que lhe atingisse com uma de suas setas, de sorte que se apaixonaria pelo mais feio dos homens.
Ocorreu que, deslumbrado pela formosura e encanto de Psique, Cupido se atrapalha e acaba se ferindo com a ponta de uma de suas lanças. Apaixona-se pela mulher e, para fugir dos castigos de sua mãe, ele a leva para seu palácio, onde desfruta de luxo e de mágicas noites de amor.
No entanto, Cupido nunca poderia deixar ver seu rosto. Certo dia, curiosa para saber que tipo de amante havia desposado, Psique acende a lamparina e deixa ver o homem louro e igualmente belo tomado pelo sono e pela fadiga após a noite de intensa paixão. Sem querer deixa que o azeite caia sobre o corpo do amado, que o acorda e, então, foge, deixando-a só e desprovida de todos os bens materiais.
Por fim, pede a Zeus, que intervenha e conceda a imortalidade a Psique, o que é atendido pelo pai, pois entende que o filho muito lhe ajudou em suas conquistas e que também poderia ser útil no futuro.
A história também reflete bem a distinção que Freud faz entre o amor genital e o amor oriundo da "finalidade inibida". O primeiro é que se materializa entre o casal na sua plenitude. O segundo provém das relações familiares e os deveres para com esses laços. Ambos tipos de amores, para Freud, são insatisfatórios para causar o bem estar, embora propiciem grandes prazeres e a necessidade de se fazer parte do tecido social ou do rebanho, respectivamente.
O casal é o tema da escultura em mármore de Antonio Canova (1757-1822), intitulada Cupido e Psique, que se encontra no museu do Louvre, em Paris. Chama a atenção que as asas do amante ainda não estão recolhidas, o seu olhar apaixonado e a suavidade e delicadeza dos corpos. Canova ficou notório em fazer monumentos públicos, túmulos e estátuas.

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