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terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Orgias, drogas e estupros são vendidos pela indústria cultural



Um bom exemplo, e oportuno, de se bigbrotherlizar como orgias, drogas e estupros são vendidos pela indústria cultural. A Mostra História do Rock exibe nesta semana, o filme “Quase Famosos” (Almost Famous, 2000), do diretor norte americano Cameron Crowe. A sessão acontece na próxima sexta (20), a partir das 18h30, na Vila das Artes (Rua 24 de Maio, 1221, Centro). A entrada é gratuita. O longa traz a história de um garoto de 15 anos que consegue um trabalho na revista Rolling Stone para acompanhar a banda Stillwater em sua primeira excursão pelos Estados Unidos. Porém, quanto mais ele vai se envolvendo com a banda, mais vai perdendo a objetividade de trabalho e logo estará fazendo parte do cenário do rock dos anos 70.
Segundo o realese da Vila das Artes, a trilha sonora conta com nomes como Led Zeppelin, The Who e David Bowie. A obra ganhou Oscar de Melhor Roteiro Original (trailer). O 24 Quadros reúne-se todas as terças-feiras do mês, às 18h30, na Vila das Artes, para refletir sobre questões do universo audiovisual. As atividades são abertas aos interessados.
No entanto, vamos discutir o tema central. Carl Gustav Jung (1875-1961) enunciou o homem dividido em um quadrante: o sentimento, que diz respeito ás paíxões. Se desenvolver demais esse item, torna-se um sujeito passional, capaz até de matar por amor; há o lado intelectual, que se for demasiado também adquire a neurose de racionalizar tudo; há o lado instintivo, que diz respeito a comer demasiado, beber demasiado, fazer sexo demasiado. O excesso também leva a uma morbidez. E, por fim, o intuitivo, que faz acreditar no sobrenatural. O excesso leva ao fanatismo, também capaz de se matar e matar terceiros por uma religião, por exemplo.
O filme Quase Famosos fala de duas obsessões: o instintivo exagerado, que leva homens e mulheres a orgias, drogas e manipulação sexual de adolescentes e o fanatismo. Este se constitui na forma como cega seus seguidores, capaz de odiar e lutar até o homicídio quem ousa questionar os valores de seu ícone.
Tanto Jung quanto Freud estudaram muito profundamente esse tema. Enquanto o último manifestava uma visão pessimista do homem de um modo geral (no caso do fã de Rock, também poderia ser um fã de Charles Mason. No caso de um drogado, também poderia substituír a droga por uma religião. Tudo não passava de preencher um vazio), já o primeiro via uma solução no equilíbrio do quadrante.
a iniciação do adolescente no mundo adulto, como revela Quase Famosos, acontece de forma cruel e destrutiva. Não se sucede apenas pelo niilismo ou hedonismo, mas, sobretudo porque a direção é quase famosamente equivocada e poucos se dão conta de recuperar o verdadeiro rumo. Não precisa se optar por uma ou duas alternativas do quadrante formado pela intuição,intelecto, paixão ou o instinto, assim como não pode se prescindir de cada uma dessas unidades naturais.

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