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segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Literatura e cinema exploram a pedofilia atenuando o escândalo



Pedofilia é crime. No entanto, nem por isso tem deixado de ser tema recorrente na literatura e no cinema com grande sucesso, além de casos que voltam e meia atingem pessoas da Igreja e da Música (que Deus tenha compaixão da alma de Michel Jacqson e de seus detratores). Foi na Grécia Antiga que se formou um conceito de que muitos meninos e meninas gostam e sentiriam frustrados se um adulto não se aproveitassem delas.
Ninguém esquece que Vladimir Nabocov, em Lolita, explorou com um claro pendatismo intelectual o fetiche pela ninfeta e um homem culto, "um artista desprovido de arte". A estranha história de amor teve um valor literatário que fez com que varresse o lixo para baixo do tapete. Isto é, o escândalo, saído de um desejo sexual de um homem de meia idade por uma adolescente, ficou relegado a um segundo plano.
Recentemente, vi Educação (An Education, de 2009), com Carey Mulligan.
Aqui é uma situação inversa. Trata-se de uma menina culta, de 16 anos, que se apaixona por um homem de meia idade, vulgar, voluptuoso e doente. Seduzida pelas viagens, passeios, jantares em restaurantes de luxo, questiona o que é uma luta de tanta dedicação aos estudos para chegar a Oxford, quando os prazeres encontram-se noutra vertente.
A trama consiste em mostrar qual é o ponto certo em que a menina passa a ser mulher ou que a fantasia cede lugar a realidade. Essa transição pode custar caro, mas no cinema tem seu glamour, quando deveríamos balançar a cabeça negativamente, para dizer que a arte não precisa se rebaixar tanto.
Pelas leis brasileiras, se aproveitar de menores de 14 anos trata-se de estupro presumido. Acima dessa idade, até os 16 anos, há diversas interpretações, várias jurisprudências e contestações tão eloquentes que às vezes até se esquece que o constrangimento, na sua forma menor, e o dano psicológico irreparável se divide por uma tênue e arbitrária linha de interpretação. Afinal, ninguém pode dimensionar o grau de manipulação que um adulto pode exercer, quer seja um doente ou não, sobre um jovem em formação.

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