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quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Bruckner gargalhou para os seus demônios, que teimavam arrastá-lo para a morte



Pode-se afirmar que muitos gênios são loucos. Mas não é o fato de alguém ser louco que pode ser gênio. Do mesmo modo vale para os espíritos atormentados. Muitos desses deixaram a marca de seu talento, como a lembrar que esse foi produzido a partir de seu sofrimento e dos conflitos interiores. Nem todo atormentado foi gênio.

O caso do austríaco Anton Bruckner (1824-1896), considerado como uma das figuras mais fascinantes e estranhas da história da música, aponta para o artista sublime. De origem rural modesta, o jovem Anton aprendeu órgão com o pai, vindo mais tarde a ser o organista de St. Florian, em 1851.
Inseguro, com obra influenciada por Wagner (quem admirava muito), era conhecido por sentar-se numa cadeira sozinho e dar gargalhadas com o tempo. Ao concluir a 8a. sinfonia, essa que acompanhamos um trecho, chegou a tentar o suicídio, porque não era compreendida.
Tempos depois, foi considerada como a sua mais importante obra, embora a 4ª Sinfonia tenha sido a mais popular, chegando a obter um sucesso estrondoso.
Porém, o tormento foi a marca da carreira de Bruckner, como músico e compositor, sobretudo, de obras sacras. Humilde e inseguro, reescreveu algumas das sinfonias (em particular extensão a Terceira e a Oitava), o que teve como consequência não ter podido terminar a Nona.
Esse tormento da alma, que alguns conseguem sublimar pela arte, é algo parecido com o que aconteceu com Beethoven e suas paixões platônicas. Ou ainda com Picasso, atingindo pela importência sexual (nos tempos em que não havia as pílulas azuis) dedicava-se a extravasar seus traumas na arte, especialmente na deformação e mutilação dos modelos femininos.
A Oitava sinfonia, que destacamos agora, acabou por ser também um sucesso.

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