Pesquisar este blog

Olá

Muito me alegra pela sua visita. É um blog pretensioso, mas também informativo

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Ministério da Cultura propõe ações em defesa do livro sem apoio popular



Será que em menos de 20 anos a maconha será liberada no Brasil, como profetizou o traficante Nem, e isso poderá resultar num evento que virá primeiro do que a aprovação da Vale Cultura e do livro popular a R$ 10,00? Meu caro leitor, a intenção não é chocar e nem manifestar o pessimismo. O fato é que ninguém mais tem uma convicação porque a leitura deixou o imaginário das pessoas, não somente as pobres, mas tambem os universítários e aqueles com alto poder aquisitivo.
Há pouco tempo vimos as classes C e D frequentarem os shoppings e compartlharem de produtos jamais sonhados. O celular, a televisão de plasma deram novo alentos àqueles que trabalhavam sofridamente apenas para comer e muitos sem ter a certeza se teria a comida no dia seguinte.
O livro não entrou na relação de novos produtos de consumo. Na classe média, torna-se cada vez mais comum aparelhos e subprodutos eletrônicos ocuparem prateleiras e espaços que antes pertenciam aos livros.
Também há pouco tempo o Minitério da Cultura deparava-se com o questionamento se o livro caro era causa ou consequência do afastamento do leitor. Daí se concebeu a criação do livro popular de qualidade que seria vendido a R$ 10,00. O projeto encontra-se em tramitação na Cãmara Federal, assim como o vale cultura, no valor de R$ 50,00. Com o livro custando R$ 10,00, se poderia comprar até cinco unidades.
Poderia, mas não é bem assim que a carruagem anda. Com a crise econômica que retrai o investimento público e inibe os cofres públicos não será agora que esses dois dispositivos ganharão celeridade e prioridade pelo parlamento. Não adianta o deputado federal Artur Bruno, vice-presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Leitura, mobilizar assembleias e câmaras quando o povo não se sente motivado a se debruçãr numa publicação impressa. Muito prefeitos relutam em formar bibliotecas, porque alegam que os recursos são insuficientes para as necessídades básicas de seus municípios. Prefeituras que apostam no projeto Agente de Leitura prorrogam prazos para atrair pessoal e há uma briga ferrenha contra o desinteresse.
Não é agora que esse fenômeno nos atinge e muito menos o Brasil é um caso isolado de retração da leitura. O filósofo Marshall McLuhan previu revoluções com o advento da televisão, na chamada etapa pós Gutemberg, e é bem provável que essa forma de expressão cultural se extinga.
Para o romancista, o escritor, aquele que não é apenas um apaixonado pela leitura, mas faz da escrita seu ofício e seu apostolado, a perda de público, por mais que possa ser exagerada, preocupa. Também não deveria. Afinal, a revolução artística torna irrelevante o sucesso ou fracasso, se a iniciativa é séria. Além disso, logo logo, talvez não tão rápido como a profecia de Nem, alguém vai se dar conta, que nesse mundo competitivo, ter dois olhos que enxergam ainda não o tornará rei (e viva a República!), mesmo em terra de cego. Será preciso muito mais. Muito mais informações que a obtida de forma liner pelas luzes da televisão ou da tela do computador.
(Foto: Marshall McLuhan)

Nenhum comentário:

Postar um comentário