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sexta-feira, 4 de novembro de 2011

O ressentimento e ódio também se imortalizam na fotografia


Christiano Câmara me ensinou que a fotografia acabou com a morte. De certo modo, há imagens que se imortalizam, muito mais do que na pintura, uma vez sujeita a manipulações por parte dos poderosos, que faziam com seus retratos oficiais. Pessoas feias, como Dom João VI, apareciam garbosa e bonitas nos quadros. Dizem que o rei fugido para o Brasil era muito mais feio do que aparece nas gravuras etc.
No entanto, temos aqui um flagrante da década de 1950, na Carolina do Norte, fotografia de Elliott Ervitt. Mostra os tempos da segregação racial nos Estados Unidos, antes da luta pelos direitos civis, tendo à frente Martin Luther King.
É bem verdade que o Brasil nunca teve grandes líderes negros como Luther King, Samora Machel, Nelson Mandela ou até mesmo o poeta comunista Agostinho Neto. Também não chegamos ao extremo do apartheid. Na fotografia, há uma distinção entre bebedouros para brancos e negros. Não obstante ambos equipamentos serem obsoletos para os dias de hoje, é evidente que há qualidade melhor oferecida para o grupo caucasiano.
Por esse motivo, elogiamos o retrato feito pelo filme sem manipulação (embora não seja contra o photoshop) como arte. Elogiamos o Brasil, por ser um País mestiço e, que apesar de todo o racismo introvertido, não chegamos à raia do ódio e do ressentimento. Esses não se apagam. São eternos e se imortalizam como na fotografia.

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