Marcus Peixoto |
Caro Herbert,
Tua carta de 5 de abril, recebida durante minhas curtas férias em Baden-Baden, deixou-me
extraordinariamente surpreso e, franqueza contra franqueza, magoado. Como sei
muito bem que a controvérsia entre nós só se resolve oralmente, não gostaria de ficar até
lá devendo a resposta.
Antes de mais nada, não entendo como a situação mudou decisivamente para ti depois de
uma conversa, pois, segundo confirmas expressamente, ela não contradiz em nada
minhas informações e não pode conter quase nada de novo. Pelo menos, penso, deverias
ter me comunicado algumas divergências no relato e dado a possibilidade de exprimir-me
sobre elas. Parece-me realmente impossível formar um juízo sobre a questão à distância
de seiscentas milhas. Tu fizeste-o sem nem sequer me ouvir.
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