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Foto: Luiz Eduardo |
Reflexão acadêmica de Matilde Gonçalves, sobre a relação de Robson Crusoé e o nativo Sexta-feira. Há referêcias iniciais a Weber:
"sobre o dia da tristeza. Neste dia, Sexta-feira fica em um lugar abaixado e durante aquele momento não fazia nada. Só podia olhar a terra e meditar a tristeza a qual ele estava sentindo naquele instante. Era costume de sua tribo, a qual ele mantinha.
A obra de Nietzsche é um esforço para vencer a razão “frente fria da cultura ocidental, quebrando aqueles valores e reestimulando uma corrente quente” que ele denomina vida. Ele defende a eternidade do efêmero contra a eternidade atemporal ou agora eterno, contra a utopia no futuro. Para ele, deve-se esquecer o passado, reiniciar a vida e recomeçar com coragem e alegria. Ele recusa os pilares da cultura ocidental, a piedade religiosa, a objetividade do cientista, o igualitarismo socialista.
Para ele, a decadência do ocidente começou com Sócrates, que teria desviado a humanidade de seus instintos fundamentais, desvitalizando-a, tornando-a fraca e submissa.
Nietszche é pra mim uma espécie de guru e concordo com mais essa reflexão. Mas culpar diretamente o Sócrates já não sei. Prefiro atribuir a culpa as religões monoteístas, que ao centrarem tudo num só deus, afastaram o homem da sua relação com os elementos, considerando 'pecados' os instintos naturais. Sobre esse pilar então, está plantada a civilização ocidental. Bom, é só uma reflexão minha, não sei se concordas.
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