É do mundo exterior que o conhecimento precisa vir a nós, pela leitura, audição e contemplação. Wendy Beckett
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sábado, 11 de fevereiro de 2012
Haendel nos mostra as palavras que choram e as lágrimas que falam
Palavras que choram. Lágrimas que falam. Assim diz esse comovente oratório de Handel, ao tratar de Judas o Macabeu ("Judas, o Martelo"). Semelhante a uma ópera, a obra tem um profundo sentido religioso ao retratar passagem do primeiro livro de Macabeus, narrando a guerra de libertação comandada pelo líder fervoroso pela inviobilidade do santuário e dos costumes hebreus. Ele era filho do sacerdote judeu Matatias. Ao liderar a revolta dos Macabeus contra o Império Selêucida (167-160 a.C.), se faz uma pregação sobre a intevenção de Deus na solução das contendas e na premiação dos justos contra os ímpios, tal como afirmam os primeiros versículos do livro dos Salmos.
As ações ocorrem quando Antíoco IV Epifanes chegou ao trono do Império Selêucida e subjulgou os povos dominados. Ele determinou a helenização e impôs os rituais religiosos aos Judeus em Jerusalém, profanando seus templos, e ameaçando-os de pena de morte. A guerra de libertação comandada por Judas Macabeu é sustentada por aparições celestiais e vencida graças à intervenção divina.O oratório nos chama a uma reflexão religiosa, querendo nos lembrar que mesmo a perseguição e a ira do inimigo podem ser compreendidas como permissão de Deus, ainda pleno de sua misericórdia, para aperfeiçoar o homem do pecado.
Na Bíblia, aparece outro Judas, o Iscariores, que traiu Jesus. Este deu fim à sua vida e ao lado de Sansão são os dois únicos suícídios revelados no Antigo e Novo Testamentos. O primeiro condenado por Deus o segundo abençoado.
Ao lado de Bach, Händel foi o grande compositor dos oratórios, que embora pontuados com coros e solos, a exemplo do estilo operísticos, não são encenados. Aqui temos uma versão completa transmitida pela televisão espanhola.
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