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Aula inaugural na Unilab. Fotos: Marcus Peixoto |
A Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), com um campus instalado em Redenção, a 63 quilômetros de Fortaleza (CE), deverá estar recebendo 300 novos alunos estrangeiros de países africanos e do Timor Leste. As aulas começam no segundo semestre deste ano. A instituição se propõe a abrir espaço para o livre e amplo intercâmbio de conhecimento e cultura entre o Brasil e os países de expressão portuguesa.
A experiência, que chega ao seu segundo ano, demonstra o quanto tem valido os esforços de cooperação solidária, em oferecer a outros países, principalmente africanos, o desenvolvimento por meio de "formas de crescimento econômico, político e social entre os estudantes, formando cidadãos capazes de multiplicar o aprendizado", assim como é dito no site oficial da Unilab.
A escolha por Redenção, um Município localizado na chamada região do carrasco do Maciço do Baturité, teve uma simbologia própria. Trata-se da primeira cidade brasileira a abolir a escravidão. Só não fica bem claro este ponto de vista para os alunos assim que chegam porque não ha cidadãos negros, não apenas naquela localidade quanto em todo o Ceará. No caso de Redenção, há de se lembrar quando houve a abolição, existia apenas um escravo cativo, numa rara senzala da região onde se instalaram engenhos de cana de açúcar.
No caso do Ceará, a explicação é que não houve uma migração africana expressiva por conta da própria condição econômica do Estado, onde as estiagens frequentes, não permitiam a prosperidade da agricultura e, desse modo, a aquisição da mão de obra escrava tornava-se inviável.
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