É do mundo exterior que o conhecimento precisa vir a nós, pela leitura, audição e contemplação. Wendy Beckett
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quinta-feira, 7 de julho de 2011
Belo e elegante, Dürer polemiza na suposta imitação de Cristo
Albrecht Dürer (1471-1528) jamais causa indiferença para quem observa esse seu auto-retrato. De imediato, se percebe uma semelhança das imagens medievais do Cristo idealizado. Isso porque traduz todo um estudo na observação, no pormenor, na altivez, o olhar piedoso... enfim, não há como não associar a uma imitação de Cristo. Não há como manter o desdém para uma postura elegante e bela.
Para os estudiosos da obra de Dürer, há uma orgulhosa consciência que o pintor possui em torno desse retrato. O cabelo elegantemente ondulado assemelha-se a uma cascata até o seu ombro. Há uma dificuldade de se explicar o significado da posição dos dedos na mão direita, mas certamente pode ser um gesto banal como de prender o casaco de couro, ou algo transcendental, como assim se expressavam as mãos nos quadros de meados do século XV, denotando gestos reflexivos.
Dürer pintou vários auto-retratos, tema pouco comum na sua época e que pode ser visto como prestígio do artista na sociedade em que vivia. Gravador, antes de ser pintor, matemático e humanista, estudou todos os fenômenos e cultivou todas as ciências. Homem universal como Leonardo da Vinci, a sua preocupação de perfeição técnica alia-se ao gosto do fantástico e do misterioso. É considerado como o grande pintor alemão que pode ser comparado aos grandes mestres italianos da Renascença. Deixou obras emblemáticas, como o o Auto-retrato com casaco de peles (1500) e uma série de quadros com inspiração religiosa como Natividade (Munique), Adoração dos Magos (1498), Adoração da Santíssima Trindade (1511, Viena).
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