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segunda-feira, 25 de julho de 2011

Schopenhauer defende que a vida é uma cadeia de desejos insatisfeitos

  

O mundo é apenas uma cadeia de desejos insatisfeitos. Afirmava Arthur Schopenhauer (1788-1860). Nascido em Danzig, Prússia, lecionou de 1820 a 1831, ano em que abandonou as salas de aula. Escreveu sua obra prima aos 30 anos, “O Mundo como Vontade e Representação”, mas não obteve sucesso na maior parte de sua vida. Mudou para Frankfurt, onde ficou até sua morte. Só obteve reconhecimento em seus últimos dias, o livro “Parerga e Paralipomena”, uma compilação de aforismos escritos de maneira cativante e popular, foi publicado.
De todos os seres, o homem é o mais necessitado: só tem vontades e desejos, um conjunto de centenas de necessidades.  Abandonando a si próprio, vive na terra sem segurança nenhuma a não ser sua miséria.  A luta pela vida, cada dia renovada, a necessidade que o constrange, e as imperiosas exigências materiais, preenchem a sua existência.
Ao mesmo tempo, outro instinto o atormenta; o de perpetuar a sua raça. Ameaçado por todos os lados pelos perigos que o rodeiam, usa de sua prudência sempre vigilante para poder escapar.  Com passo inquieto, lançando em volta olhares angustiosos, segue o seu caminho em luta constante com os casos e com seus inúmeros inimigos.  O homem não se sente seguro entre os da sua raça e nem nos mais longínquos desertos. 
 A necessidade imperiosa do homem é assegurar a existência, e feito isto, já sabe o que fazer.  Portanto, depois disso, o homem se esforça para aliviar o peso da vida, torná-la agradável e menos sensível: "matar o tempo", isto é, fugir ao aborrecimento.
Livres da preocupação de assegurar a existência, e livres seus ombros de todo fardo moral ou material, eles mesmos constituem sua própria carga, e sentem-se felizes porque viveram uma hora desapercebida, embora isto significa que sua vida a qual se esforçam com tanto zelo para prolongá-la, ficou encurtada pelo mesmo espaço de tempo.  O aborrecimento merece tê-lo em conta; ele se reflete na fisionomia.
O aborrecimento é a origem do instinto social, porque faz com que os homens, que pouco se amam, se procurem e se relacionem.  O Estado considerado como uma calamidade pública, e por prudência toma medidas para o combater.
O aborrecimento como o seu extremo oposto, a fome, pode impelir o homem aos maiores desvarios; o povo precisa panem et circenses.
A miséria é sofrimento pungente do povo; o desgosto é para os favorecidos.  Na vida civil, o domingo significa o tédio, e os seis dias, o desgosto. 

 

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